Washington Novaes e a Incumbência de Despertar a Conscientização Socioambiental
Washington Novaes e a Incumbência de Despertar a Conscientização Socioambiental
Vagner Luciano Coelho de Lima Andrade
O jornalismo ambiental é um veículo de grande alcance e que pode se tornar ferramenta para a urgente preservação. E atualmente existem jornalistas dedicados à questão ambiental como André Trigueiro da TV Globo.
Esse artigo objetiva fomentar um projeto futuro que dê à denominação de Jornalista Washington Novaes [1934-2020] ao parque criado no Bairro São João Batista, Venda Nova na capital mineira.
Washington Luís Rodrigues Novaes, nasceu em Vargem Grande do Sul, nordeste do Estado de São Paulo, aos 03 de junho de 1934, tendo sido um grande jornalista brasileiro que discutiu com proeminência e especificidade, os tópicos de culturas indígenas e meio ambiente. É um dos grandes nomes do jornalismo ambiental.
Além de conscientizar e informar a coletividade, alguns outros objetivos do jornalismo socioambiental são: dar visibilidade a tópicos ignorados nos círculos de informação generalistas; instituir sinergias entre comunicadores, instituições, ONGs, público geral e quaisquer agentes entrelaçados com questões socioambientais; estimular a adesão e o progresso das políticas ambientais; provocar debate sobre contextos correlacionados com o meio ambiente; gerar na população, costumes de vida verdadeiramente sustentáveis.
Os principais assuntos abordados pelo jornalismo ambiental contemporâneo são: biodiversidade, desastres naturais, desenvolvimento sustentável, energias renováveis, hábitos sustentáveis, iniciativas e eventos, pesquisa, políticas ambientais, poluição e recursos hídricos.
Ultimamente, Novaes era colunista dos jornais O Estado de São Paulo, O Popular, Última Hora, bem como consultor de jornalismo da TV Cultura. Um de suas obras mais atuais foi a efetivação da série de documentários denominada “Xingu – A Terra Mágica”. Faleceu no dia 24 de agosto de 2020, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana, aos 86 anos.
Recebeu o Prêmio Nacional Golfinho de Ouro (1988), da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, pela obra na TV; o Prêmio Nacional Esso Especial de Ecologia e Meio Ambiente (1992), pela série de artigos sobre a Eco-92 publicados no Jornal do Brasil; a Medalha da Ordem do Mérito Cultural (1999) do Ministério da Cultura; o Prêmio Nacional da Câmara Americana de Comércio (2001) pelo documentário “Biodiversidade – Primeiro Mundo É Aqui”; o Prêmio Nacional Embratel (2003), pelo documentário “A Década da Aflição”, produzido para a TV Cultura de São Paulo e o Prêmio Nacional Professor Azevedo Netto (2004), conferido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.
Recebeu a Medalha de prata no Festival Internacional de Cinema e TV de Nova Iorque (1982), pela direção do documentário Amazonas, a pátria da água; a Medalha de ouro no Festival Internacional de TV de Seul, Coréia do Sul (1985), pela série Xingu – A Terra Mágica; uma Sala especial na Bienal Internacional de Veneza (1986) para a série Xingu – A Terra Mágica; a Medalha de ouro no Festival Internacional de Cinema e TV de Havana (1990), pela série Xingu – A Terra Mágica; o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha (1990), pela série de artigos A Amazônia e o futuro da Humanidade. Também obteve mérito como Melhor Filme na categoria “Educação Ambiental” no VIII Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente, na cidade de Seia, Portugal, com o documentário “Primeiro Mundo é Aqui” (2002) e o Prêmio Internacional Unesco de Meio Ambiente (2004).
Teve 14 Livros publicados, sozinho ou com outros autores: Xingu, uma flecha no coração, Editora Brasiliense (1985); A quem pertence a informação, Editora Vozes (1997, 3ª edição); Xingu, Edição Olivetti (1985); A Terra pede água, Edição Sematec (1992); A Década do Impasse, Editora Estação Liberdade (2002). Publicou conjuntamente com parceiros: Irã, a força de um povo e sua religião, Editora Expressão e Cultura (1979); TV ao Vivo, Editora Brasiliense (1988); Hélio Pellegrino – A-Deus, Editora Vozes (1989); Informação e Poder, Editora Record (1994); Índios no Brasil, Ministério da Educação e do Desporto (1994); Meio Ambiente no Século XXI, Editora Sextante (2003); Brasil em Questão – a Universidade e a Eleição Presidencial, Editora UNB (2003); Saúde nos Grandes Aglomerados Urbanos – Uma Visão Integrada, Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (2003)
Em Belo Horizonte a lei municipal nº 10.971, de 15 de setembro de 2016, autorizou o Executivo a criar o Parque Ecológico São João Batista, no Bairro São João Batista, em área localizada entre as ruas Augusto Franco, Professor Aimoré Dutra e Doutor Álvaro Camargo. A ideia para reavivar a memória de Washington Novaes é que seu nome seja dado ao novo parque como forma de homenagem e reconhecimento por seu grandioso legado. Para isso é necessário que algum parlamentar apresente a demanda como projeto de lei e que o mesmo tramite na câmara municipal respeitando todas as etapas e protocolos. outra demanda é dar seu nome à Escola Estadual Instituto Agronômico, que repete o nome do bairro onde se localiza, na Regional Leste da Capital, sendo os trâmites encaminhados via Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Vagner Luciano Coelho de Lima Andrade – Educador e Mobilizador da Rede Ação Ambiental. Bacharel-licenciado em Geografia e Análise Ambiental (UNI-BH), Licenciado em História (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Cultural (Filosofia da Arte e Educação, Metodologia de Ensino de História, Museografia e Patrimônio Cultural, Políticas Públicas Municipais). Licenciado em Ciências Biológicas (FIAR), Tecnólogo em Gestão Ambiental (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Natural (Administração escolar, Orientação e Supervisão, Ecologia e Monitoramento Ambiental, Gestão e Educação Ambiental, Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas). CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3803389467894439
PARA SABER MAIS
https://oeco.org.br/noticias/morre-o-jornalista-ambiental-washington-novaes-aos-86-anos/
https://www.iberdrola.com/cultural/jornalismo-ambiental
[ Se você gostou desse artigo, deixe um comentário. Além disso, compartilhe esse post em suas redes sociais, assim você ajuda a socializar a informação socioambiental ]
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
A manutenção da revista eletrônica EcoDebate é possível graças ao apoio técnico e hospedagem da Porto Fácil.
[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate com link e, se for o caso, à fonte primária da informação ]