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Ações da atividade ‘Lixo que vira tudo’

 

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Ações da atividade ‘Lixo que vira tudo’

Escola Municipal União Comunitária, Brasil Industrial, Belo Horizonte – MG: descrição das ações da atividade “Lixo que vira tudo”

Vagner Luciano Coelho de Lima Andrade (1)

O Projeto Manuelzão da UFMG, dentro do eixo Saúde e Ambiente, angustiado com as reivindicações da população referentes às indisposições provocados pelas queimadas no inverno, ocasião de acentuada dispersão de poluentes, implantou um programa agenciando a educação ambiental em Belo Horizonte, numa das extensões de maior assiduidade desse conflito, com o desígnio de fazer fluir nos cidadãos e na coletividade, a ponderação sobre as questões ambientais cooperando, para o aumento da responsabilidade pública e para a futura formação ética das comunidades.

A região escolhida foi Brasil Industrial, Chácara Nova Esperança, Conjunto Getúlio Vargas, Miramar, Parque Ferreira Cardoso, Parque Santa Cruz, Pongelupe, Solar do Barreiro, Urucuia, Vila Sales, Vila São Sebastião, vizinhos do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, que também sofre esporadicamente com os incêndios florestais.

O programa contou com parceria de órgãos do Poder Público, para a sua efetivação, em especial escolas. Foram fixadas faixas educativas pelos bairros, despertando para a questão do lixo e queimadas. A Semana de Meio Ambiente da Escola Municipal União Comunitária, sob a coordenação de Tamara Angélica Félix Lana, atingiu três turnos da escola de ensino fundamental dos bairros Brasil Industrial, Cardoso e Miramar, envolvendo a Gerência de Ensino da Regional Barreiro, Superintendência de Limpeza Urbana, Administração Regional Barreiro, Gerência de Parques e Jardins.

Foram realizadas palestras para 250 alunos no período de 05.06.2002 a 09.07.2002, abordando Dengue, Lixo, Meio Ambiente, Qualidade de Vida, Saúde e Queimadas. Propendendo a ampliação do saber dos alunos, para que arrolasse o desenvolvimento urbano e meio ambiente, e prepará-lo para a apreensão dos problemas básicos do seu bairro, e para o seu incremento com a expectativa de aprimorar e resguardar o meio ambiente, concretizou-se visitas “in loco” à áreas críticas de disposição de lixo, com distribuição de cartilhas temáticas aos moradores.

O público alvo das adolescentes e crianças, ou seja, a comunidade em geral, foi muito bem aceita. Os alunos foram divididos em setores mapeados e contaram com a presença e orientação de dez escoteiros. Posteriormente foram apresentados “slides” e vídeos conexos aos temas abordados.

Doação de materiais de apoio para a formação de uma ecoteca. Parceria com a cooperativa de catadores de materiais recicláveis. Houve plena integração entre as escolas, comunidade e órgãos envolvidos. Foram exibidos pelos alunos, trabalhos com maquetes, posters, redações. Foi implantada a coleta seletiva na escola, com operação de limpeza nas escolas, praças públicas, terrenos baldios. Cobertura por parte da imprensa escrita no Jornal Manuelzão da UFMG.

Conclui-se que uma ação conectada crescida por várias esferas da sociedade pode provocar implicações significativas. Os escopos escolhidos foram abrangidos. O programa não teve continuidade, mas, esta etapa trouxe credibilidade quanto as ações futuras da Escola Estadual União Comunitária e de outras da região.

1 Educador e Mobilizador da Rede Ação Ambiental. Bacharel-licenciado em Geografia e Análise Ambiental (UNI-BH), Licenciado em História (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Cultural (Filosofia da Arte e Educação, Metodologia de Ensino de História, Museografia e Patrimônio Cultural, Políticas Públicas Municipais). Licenciado em Ciências Biológicas (FIAR), Tecnólogo em Gestão Ambiental (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Natural (Administração escolar, Orientação e Supervisão, Ecologia e Monitoramento Ambiental, Gestão e Educação Ambiental, Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas). CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3803389467894439

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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