Aplicações da Ecologia Humana da Teoria à Prática

 

Aplicações da Ecologia Humana da Teoria à Prática

Aplicações da Ecologia Humana da Teoria à Prática: os arquétipos Guerreiro, Curador, Visionário e Mestre em casa, na rua e no trabalho

Vagner Luciano Coelho de Lima Andrade (¹)

Apresentam-se aqui reflexões adaptadas do texto de Carlos Solano, “Criando um espaço sagrado”, publicada na Revista Bons Fluídos, nº 115, de outubro de 2008, editada em São Paulo, pela Editora Abril, onde o autor na página 34, confabula sobre os arquétipos do Guerreiro, do Curador, do Visionário e do Mestre, que foram aqui reaplicados numa perspectiva de ecologia humana. A proposta é aplicar os quatro arquétipos em casa, na rua e no trabalho, permitindo aos atores sociais entrelaçar subsídios e ocasiões de ponderações sobre a Ecologia Humana, bem como uso de seus princípios, convertendo-os em atuações diárias e, assim, atos mais expressivos do ponto de vista do papel social que compete ao habitante citadino e a coletividade de modo geral. O mundo padece de Ecologia Humana e é preciso reverter esta situação.

Assim, visa indicar métodos que instiguem a autonomia, a responsabilidade e constituição de cidadania, bem como meditações acerca dos problemas encarados em casa, na rua e no trabalho, em relação a alterações ambientais; buscando ao mesmo tempo, instrumentalizar os atores de mudanças locais com condutas, conteúdos e conhecimentos imprescindíveis ao entendimento das questões socioambientais, e desenvolvimento de atitudes de cooperação, respeito, solidariedade e capacitando-os nas opções de vida que fazem. Todos guerreiam por qualidade de vida, todos buscam curar seus males e defeitos, todos visionam uma cidade melhor e todos podem ser mestres na busca de soluções coletivas.

Carlos Solano concebe um conjunto de palavras-chave relacionadas a uma determinada figura simbólica (Guerreiro, Curador, Visionário e Mestre). Com base nestas palavras, vislumbra-se uma figura ecológica simbólica e o conjunto de elementos que a compõe que regem o interior de cada um, sua casa e suas relações com o outro, no trabalho e demais instituições. Para Carlos Solano “podemos ativar a lembrança do sagrado em nossa casa, coração e mente e, com isso, fortalecer a vida. A casa pode se enriquecer com a presença do Guerreiro, do Curador, do Visionário e do Mestre – as quatro faces fundamentais do ser humano”.

GUERREIRO: impulso – evolução – movimento – respeito – proteção – essência – concretização – honra – coragem – ligação – celestial – lembrança – momentos – elevação – inspiração – florescimento – verdade

CURADOR: presença – bondade – abertura – coração – valorização – cuidado – vida – saúde – generosidade – acolhida – limpeza – serenidade – descanso – renovação – ecologia – ajuda – pureza– inclusão – nutrição – acalento – afetividade – cura

VISIONÁRIO: representação – anseio – beleza – propósito – criatividade – convite – luminosidade – verdade – positividade – recebimento – alimento – oração – perfeição – mudança – atração – sentido

MESTRE: ensinamento – simplicidade – paciência – compaixão – paz – suavidade funcionalidade – melhoria – ritmo – facilidade –– criação – ordenação – quietude – benção – evolução.

O texto de Carlos Solano, apresenta de maneira bem didática, as características da figura simbólica e seus desdobramentos em palavras-chaves da Ecologia Humana para serem discutidas e aplicadas na realidade. A Ecologia Humana traz a transição ente o ser interior, a casa e o nível mais próximo de relações pessoais, ampliando-os para uma dimensão socialmente mais ampla, preparando o indivíduo como participante ativa na diferentes estruturas e instituições que compõe a sociedade contemporânea. Mas o que cada arquétipo traz, em termos de ecologia humana:

GUERREIRO – discutir a correlação com a ida para a rua, com a luta, com o dia-a-dia, o trabalho.

CURADOR – discutir a correlação com a cidade, seus problemas e soluções.

VISIONÁRIO – correlacionar a janela da casa como mecanismo de ampliar a visão de mundo.

MESTRE – correlacionar ofícios que se encontram em extinção como meios de aprendizagem e conhecimento.

O incremento das ações de ecologia humana marcham para o afirmação de parcerias com outros estabelecimentos de outras urbes e outros países, e parcerias com companhias, corporações e empreendimentos para viabilizar a coleta seletiva tanto em casa, como na rua e no trabalho, em especial nos condomínios, cuja produção de lixo é majoritariamente maior; todos esses atos são colocadas em exercício por grupos representantes da sociedade civil, debatendo questões sobre meio ambiente, principalmente, o impacto urbano e os princípios constantes da Ecologia Humana em determinadas localidades. O método é fundamentalmente coletivo, onde as sugestões e projetos são decididos participativamente, a partir, de atores sociais escolhidos como representantes. Tendo como indicador, a Ecologia Interior, a Ecologia Ambiental e a Ecologia Social, edificamos através de arquétipos, alguns organismos de avaliação do processo socioambiental, tanto na pessoalidade, quanto em meio a grupos. Envolvidos, cada um da casa ao trabalho, passando pelas ruas, estabeleçamos metas que estarão sendo analisadas (no nível pessoal), não somente de princípios, mais uma agenda mas pautada de ações concretas, com a participação (nível social). Se cada um se empenhar chegaremos aos todos e teremos uma Agenda Coletiva Cooperativa, uma das primícias da Ecologia Humana.

[ Se você gostou desse artigo, deixe um comentário. Além disso, compartilhe esse post em suas redes sociais, assim você ajuda a socializar a informação socioambiental ]

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

A manutenção da revista eletrônica EcoDebate é possível graças ao apoio técnico e hospedagem da Porto Fácil.

 

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate com link e, se for o caso, à fonte primária da informação ]