Desperdício e demais aspectos ambientais da manutenção escolar
Desperdício e demais aspectos ambientais da manutenção escolar: observações na Escola Municipal Nirza Coelho de Andrade, Piracema – MG
A educação baseia-se na participação comunitária para a constituição de uma coletividade mais responsável, avaliando a problematização e a complexidade do ambiente escolar
Vagner Luciano Coelho de Lima Andrade (1)
Este texto trata de um assunto sério, porém o enredo é comum e corriqueiro em todas as instituições escolares do país. Por questões de homenagem póstuma, se passa em uma escola fictícia, evitando-se se assim citar instituições existentes, não isentando todas, é claro. E, visa, mover a população escolar rumo às mudanças necessárias.
Essa pesquisa se passa no cenário fictício da EENCA – “Escola Municipal Nirza Coelho de Andrade”, unidade escolar localizada na Tapera, município de Piracema – MG. Para se ter uma noção do enredo, a Tapera não existe mais, pois foi destruída por um megaprojeto minerário. Restam reflexões, memórias e homenagens.
No tocante a manutenção do prédio educacional da EENCA e materiais comuns: água, alimentos, luz, material de limpeza e papelaria, geralmente se constata um desperdício significativo. Constatar tal situação, tem por desígnio, ampliar capacidades e despertar atitudes e valores que apadrinhem o compromisso decisivo para a resolução das dificuldades socioambientais, patrocinando a instauração de uma nova percepção ambiental.
Os educandos apreendem os problemas pertinentes à manutenção do prédio da EENCA e materiais comuns do estabelecimento escolar e, permanece uma inquietação em resolver a péssima manutenção e estrago do ambiente escolar comum.
A percepção dos estudantes, quanto às dificuldades da manutenção do prédio da EENCA e bens escolares comuns, foi apurado por meio de reunião do Conselho Escolar Comunitário com chefes de classes e destes com suas respectivas turmas, onde esses condutores de classes entraram aceleradamente para constatar a situação de manutenção da sala (cartazes, cadeiras, janelas, mesas, pintura, quadro, ventiladores).
Após a análise, a discussão e a classificação das demandas relacionadas à educação ambiental na escola, retornaram a se congregar-se com o Conselho Escolar Comunitário e, conjuntamente, demarcaram as prioridades e disseminaram as atividades a serem realizadas. O Conselho Escolar Comunitário é formado por alunos, direção da escola, funcionários, pais, professores, e seus substitutos concernentes; e é a instância escolar deliberativa de extrema superioridade.
Os educandos estão compassivos ao problema e mostram-se zelosos em participar da manutenção e recuperação do prédio da EENCA e bens comuns escolares.
Os estudantes expuseram atividades a serem executadas por eles mesmos: construção de quadra de voleibol/futebol de areia; limpeza da área do perímetro escolar, pinturas da quadra poliesportiva, do muro da escola, do prédio da unidade escolar; reparo de bebedouros e ventiladores; restauração de cadeiras e mesas escolares;
A educação baseia-se na participação comunitária para a constituição de uma coletividade mais responsável, avaliando a problematização e a complexidade do ambiente escolar, dentro dos moldes de desenvolvimento humano, ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.
1 Educador e Mobilizador da Rede Ação Ambiental. Bacharel-licenciado em Geografia e Análise Ambiental (UNI-BH), Licenciado em História (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Cultural (Filosofia da Arte e Educação, Metodologia de Ensino de História, Museografia e Patrimônio Cultural, Políticas Públicas Municipais). Licenciado em Ciências Biológicas (FIAR), Tecnólogo em Gestão Ambiental (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Natural (Administração escolar, Orientação e Supervisão, Ecologia e Monitoramento Ambiental, Gestão e Educação Ambiental, Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas). CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3803389467894439
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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