ESG: Liderança em sustentabilidade corporativa
ESG: Liderança em sustentabilidade corporativa
Com a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade, as empresas estão sendo pressionadas a demonstrar seu compromisso com ações responsáveis, investindo internamente e apresentando métricas que respaldem seus resultados.
No contexto de intensas mudanças culturais, sociais e climáticas, em 2004 a ONU lança o programa “Who Cares Wins” que apresenta, entre outros conceitos, o ESG. Visando a união entre empresas e sociedade civil, o Pacto Global da ONU começa a pautar a necessidade de empresas mais responsáveis com três critérios essenciais:
-
Meio Ambiente (Environmental) Social (Social) e Governança (Governance)
Critérios ambientais, sociais e de governança que têm sido cada vez mais adotados por investidores e empresas para avaliar o desempenho de negócios responsáveis. Os objetivos ESG não são mais apenas uma “opção” para as empresas, mas sim necessidades de negócio e servir como um suporte e resistência avançado para ajudar investidores.
ESG devem render R$ 53 trilhos até 2025
Esse foi o valor levantado pelo mais recente relatório ESG Radar 2023 da Infosys, uma empresa global líder em consultoria e serviços digitais. Valor que se refere a potenciais ganhos que as empresas podem
-
Inovação e eficiência: A adoção de práticas ambientais sustentáveis frequentemente leva a inovações em processos e tecnologias, resultando em maior eficiência e redução de custos. Por exemplo, ao adotar fontes de energia renovável, as empresas podem diminuir sua dependência de combustíveis fósseis e reduzir seus custos operacionais a longo prazo.
-
Retenção e atração de talentos: Colaboradores estão cada vez mais interessados em trabalhar para empresas que se preocupam com questões sociais e ambientais. A adoção de práticas ESG pode melhorar a cultura organizacional e aumentar a satisfação dos funcionários, resultando em maior retenção e atração de talentos.
-
Redução de riscos: Empresas que adotam critérios ESG são mais propensas a identificar e gerenciar riscos relacionados ao meio ambiente, questões sociais e governança, evitando problemas legais, regulatórios e de imagem. Isso pode resultar em menor volatilidade financeira e maior estabilidade para os negócios a longo prazo.
-
Acesso a novos mercados: Ao adotar práticas ESG, as empresas podem se adaptar às mudanças nas demandas dos consumidores e explorar novos mercados, como produtos e serviços ecologicamente corretos e socialmente responsáveis. Isso pode resultar em maior crescimento e expansão dos negócios.
Além disso, segundo o relatório, empresas que priorizam iniciativas de ESG têm melhor desempenho financeiro. Um dos motivos: o aumento no número de mulheres em cargos de liderança e um foco maior em iniciativas de ESG para funcionários.
Em relação à concorrência, o relatório da Infosys relata que empresas que promovem suas credenciais de ESG criam pressão sobre seus pares para fazer o mesmo, criando um ciclo de feedback.
As 10 melhores empresas de ESG, segundo a Morningstar
No final de 2022, a empresa de análise financeira Morningstar publicou uma lista ao seus investidores interessados em ESG, sobre as 53 empresas consideradas as melhores investir em 2023. Quer saber quem são elas? A seguir, o ranking da Morningstar.
1º. Keysight Technologias Inc.
2º. Accenture PLC
3º. Moody’s Corporation
4º. ASML Holding NV
5º. Lowe’s Companies Inc
6º. Experian PLC
7º. The Home Depot Inc
8º. Cisco System Inc
9º. Ansys Inc
10º. Thermo Fisher Scientific Inc
Vale destacar que se trata de um ranking para investidores, que considerada o ESG, mas também o potencial de risco. As empresas listadas a seguir receberam as notas mais baixas de risco ESG pela Morningstar.
Brasil e o ESG
Da lista elaborado pela Morningstar, não há nenhuma empresa brasileira. De fato, o país ainda está engatinhando em relação ao tema do ESG.
Apesar de existirem na internet muitas listas sobre quem são as empresas brasileiras com maior pontuação de ESG, o último estudo sobre o tema foi elaborado pela KPMG sendo chamado de “Chegou a hora – Relatórios de Sustentabilidade 2020”.
A pesquisa analisou relatórios de sustentabilidade de 100 das maiores empresas brasileiras, com receita entre 1 bilhão e 20 bilhões de dólares, em 25 setores da economia.
Os resultados mostram que 85% das empresas elaboram relatórios de sustentabilidade e 72% delas utilizam as normas da GRI. Ainda, 33% declaram que se trata de um relatório integrado.
O estudo também aponta que as mudanças climáticas são consideradas um risco para os negócios por quase metade (46%) das empresas e a maioria não identifica claramente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relevantes para seus negócios.
A sócia líder de ESG, Nelmara Arbex, declarou na época que as práticas de gestão ESG são uma forma de avaliar a qualidade da liderança das empresas e as que ainda não publicam esses dados arriscam perder competitividade.
Agora, restar aguardar um novo estudo que possa tratar de um tema tão sensível ao futuro dos brasileiros para descobrir as empresas nacionais que respeitam o ESG.
[.]