RJ – Projeto quer conter o aumento do número de mulheres desamparadas socialmente
Projeto quer conter o aumento do número de mulheres desamparadas socialmente
O projeto Menina, Moça-Mulher foi pensado para preencher lacunas existentes na proteção integral de assistência social e saúde da população feminina carioca
De acordo com o último Censo, do ano de 2020, cerca de 7.200 pessoas vivem em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro. Com base nesse e em outros dados, o Menina, Moça-Mulher, iniciativa do Instituto Carlos Chagas, foi pensado para preencher lacunas existentes na proteção integral de assistência social e saúde da população feminina carioca.
O Menina, Moça-Mulher promove ações de intervenção e prevenção e acolhe, ouve e supre as principais necessidades de jovens a partir de 12 anos, adolescentes e mulheres adultas em situação de vulnerabilidade, que entram nessa estatística. O projeto promove atendimento médico clínico, ginecológico e psicológico, além de oficinas e palestras com o foco em qualificação para geração de renda.
“O Menina-Moça, Mulher é único, moderno e inovador e foi pensado para dar apoio a mulheres em situação de rua, profissionais do sexo, vítimas de abuso sexual e todas as mulheres que tenham dificuldade no acesso ao sistema de saúde e precisem de atendimento especializado. Promovemos também ações ligadas a direitos sexuais e reprodutivos, oferecer apoio jurídico e cursos de capacitação para a geração de trabalho e renda”, explica o cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti Ribeiro, presidente do Instituto Carlos Chagas e um dos idealizadores da iniciativa.
A sede do projeto, na Lapa, conta com salas muito bem estruturadas e voltadas para atendimento médico, auditório para o atendimento psicológico em grupo, oficinas e palestras educativas, criado para dar apoio às mulheres.
O projeto oferece também apoio jurídico e cursos de capacitação para a geração de trabalho e renda, suporte emocional e habilidades comportamentais. “O diferencial do projeto é oferecer uma equipe multidisciplinar qualificada para acolher as mulheres e construir um projeto de acompanhamento integral“, conta a assistente social da equipe, Bianca Capelli.
As mulheres contam também com a ajuda no requerimento de documentos como RG, Carteira de Trabalho e em outros tipos de processos. No campo da prevenção são desenvolvidas ações de educação em saúde, direitos reprodutivos e sexuais, acesso aos métodos contraceptivos e preservativos, serviços de contracepção e planejamento familiar e cuidado com os filhos.
A experiência do projeto será utilizada para o desenvolvimento de pesquisas vinculadas aos Programas Educativos do Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas e como metodologia social para outras regiões do Brasil.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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