Clima extremo é resultado do aquecimento global
Clima extremo é resultado do aquecimento global
Especialista em aquecimento global afirma que os polos estão sofrendo os efeitos do aumento da temperatura da Terra e as estações estão mais longas e instáveis
Por Sandra Capomaccio, Jornal da USP no Ar / Notícias / Rádio USP
Durante as últimas décadas, muito se discutiu sobre as possíveis consequências do aquecimento global por conta do aumento de emissões de gases causadores do efeito estufa, e como a elevação da temperatura média do planeta é uma ameaça para o futuro da humanidade. Em 2018, a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) identificou que a temperatura média do planeta foi a quarta mais alta em 140 anos.
Países da Europa, Estados Unidos e Ásia, estão enfrentando uma onda de altas temperaturas nunca antes registradas. A França fez um alerta à população sobre o calor extremo e incêndios mortais varreram Portugal, Espanha e outros países, forçando milhares de pessoas a deixar suas casas. Em meio às mudanças climáticas, as ondas de calor vêm ficando cada vez mais frequentes e intensas.
O professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP e especialista em mudanças climáticas globais, confirma que as temperaturas aumentaram em função do aquecimento global. Outro fato observado por especialistas é que as estações estão mais longas, sejam com ondas de calor, frio ou chuva, mostrando que o clima está cada vez mais instável.
Sérios problemas à saúde
Como têm potencial para se expandir por grandes áreas, essas ondas de calor acabam submetendo grande quantidade de pessoas a temperaturas que podem causar problemas sérios para a saúde que vão da desidratação à morte, como aconteceu este ano na Europa.
O corpo é o primeiro a sofrer, com as temperaturas elevadas, colocando em risco a vida de quem vive em locais onde existe o calor extremo. A queima de combustíveis fósseis e o desmatamento são as principais fontes de gases na atmosfera. Por isso essa emissão precisa ser reduzida imediatamente.
Artaxo explica que os polos Ártico e Antártica são as pontas mais frágeis do planeta, por isso são os que mais sentem os efeitos do aquecimento global, com o derretimento das geleiras. O especialista em mudanças climáticas globais da USP alerta para o futuro do planeta. As ondas de calor vão ser cada vez mais fortes e intensas, por isso é necessário imediatismo no controle da derrubada de florestas e matas, além de um conjunto de esforços para conter a redução da emissão da queima de combustíveis fósseis. Vale lembrar que o Brasil é signatário do Acordo de Paris e outros compromissos internacionais para diminuir a emissão de carbono e gases prejudiciais.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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O PODER PÚBLICO NÃO PODE SE FURTAR A ESTA DISCUSSÃO
Contato com o CNRH
Acreditamos que este assunto deveria ser analisado e deliberado através de uma reunião conjunta do CONAMA e do CERH, dado a afinidade da temática em análise.
Roosevelt Fernandes
roosevelt.consultoria@outlook.com
De: Roosevelt
Enviada em: domingo, 31 de julho de 2022 13:06
Para: ‘conama@mma.gov.br’
Assunto: SUGESTÃO DE PAUTA PARA O CONAMA
Prioridade: Alta
O Plano Estadual de Mudanças Climáticas (Espírito Santo) teve, no final do ano passado, sua aprovação no âmbito do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas.
No texto aprovado pela Comissão Estadual de Mudanças Climáticas, em regime bastante atribulado, entre outros aspectos, definia um cronograma e metas para que o Plano fosse implementado.
Não há, pelo menos ao meu nível de conhecimento, até o momento, informações disponibilizadas nos sites oficiais do Estado que indiquem o andamento deste processo.
Desnecessário enfatizar a importância e a prioridade da discussão do assunto frente a fatos observados em diferentes países no mundo e, também, no âmbito dos Estados.
Particularmente se levarmos em conta que – no Espírito Santo – o assunto vem sendo “discutido” desde o Governo Paulo Hartung (que tomou a atitude de desativar o Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas), seguido agora pelo Governo Casagrande, que se concentrou preferencialmente em posições junto à eventos internacionais, sem ainda ações concretas tenham sido implementadas, como, por exemplo, entre outras, a regulamentação da Política Estadual de Mudanças Climáticas, que seria a base de toda a discussão da temática de forma concreta.
Ao nosso ver, o CONAMA deveria consolidar a situação dos Planos Estaduais de Mudanças Climáticas nos diferentes Estados, analisar o (quase certo) retardamento que o assunto está sendo caracterizado, definindo recomendações de âmbito nacional (inclusive a ação das entidades federais) que deveriam servir de diretrizes para que o tema não continue apenas no estágio de “discussão”.
Roosevelt Fernandes, M. Sc.e
Ex membro do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas do ES e da Comissão Estadual de Mudanças Climáticas / gestão finda em 2021
Ex membro do CONSEMA e do CERH / ES – gestão finda em 2021
http://www.nepas.com.br
roosevelt.consultoria@outlook.com