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Crescem os problemas ambientais na Austrália

 

Crescem os problemas ambientais na Austrália, artigo de Vivaldo José Breternitz

Animais e aves conhecidos em todo o mundo, como os coalas e cacatuas, estão entre as mais 200 espécies que estão cada vez mais ameaçadas, enquanto o país vê aumentadas as secas severas, incêndios florestais e inundações

Há cada cinco anos, cientistas australianos publicam um relatório acerca da situação ambiental do país, intitulado State of the Environment, cuja última versão tem duas mil páginas.

Essa edição traz informações alarmantes, mencionando mudanças climáticas, poluição, mineração e espécies invasoras como ameaças que não estão sendo gerenciadas adequadamente e que tendem a tornar a situação ainda mais grave.

Segundo o relatório, 19 ecossistemas estão à beira do colapso; no país há mais espécies de plantas não nativas do que nativas e ali aconteceram mais extinções de espécies do que em qualquer outra região.

Animais e aves conhecidos em todo o mundo, como os coalas e cacatuas, estão entre as mais 200 espécies que estão cada vez mais ameaçadas, enquanto o país vê aumentadas as secas severas, incêndios florestais e inundações.

Tem acontecido também danos de monta à Grande Barreira de Corais, o maior organismo vivo da Terra, visível até mesmo do espaço. O ecossistema de 2.300 km de extensão compreende milhares de recifes e centenas de ilhas feitas de mais de 600 tipos de corais e que abriga inúmeras espécies de moluscos, estrelas-do-mar, tartarugas, peixes coloridos, golfinhos e tubarões.

Autores do relatório disseram que em versões anteriores, falou-se amplamente sobre os impactos do clima no futuro, enquanto a versão atual documenta os impactos generalizados das mudanças climáticas já em andamento.

O relatório mostra que a Austrália carece de uma estrutura adequada para gerenciar seu ambiente, existindo ali sistemas confusos que abrangem diferentes níveis de governo; os gastos do governo federal com a manutenção da biodiversidade caíram, ao mesmo tempo em que os riscos aumentaram.

Afirma também ter havido uma década de inação do governo, que intencionalmente virou as costas para o assunto, inclusive retendo a divulgação do relatório, pronto desde 2021, até depois das eleições de maio passado, nas quais foi derrotado.

Ao quer parece, o governo atual está se preocupando um pouco mais com esses problemas, tendo prometido que até 2030 reduzirá as emissões de carbono em 43% em relação aos níveis de 2005; sob o governo anterior, a meta era de 26 a 28%.

Infelizmente nosso Brasil não é o único a gerenciar mal o meio ambiente.

Projeções de temperatura a partir de três cenários diferentes e de estufas de gases de efeito estufa
Projeções de temperatura a partir de três cenários diferentes e de estufas de gases de efeito estufa. Fonte: Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO)

 

Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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