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Plantas nativas: quais são e como cuidar

 

Plantas nativas: quais são e como cuidar

Descubra as espécies nativas, os frutos, como irrigar e fazer a limpeza das folhas

Conheça as plantas nativas do Brasil!

O Brasil é conhecido mundialmente pela sua natureza exuberante e pelas milhares de espécies de animais e plantas que podem ser encontradas por aqui, mas, o que muita gente não sabe é que diversas plantas encontradas em solo brasileiro são nativas daqui mesmo e, algumas delas, podem ser inclusive criadas em casa.

Antes de escolher uma planta nativa brasileira para o cultivo, é importante estudar bem a espécie, além de suas necessidades e especificidades, para que a planta cresça saudável e para que a manutenção do local em que ela vai ser cultivada seja feita de forma correta.

Pensando nisso, reunimos neste artigo as principais dicas sobre plantas nativas do Brasil e como cuidar delas da maneira mais correta possível. Continue lendo e não perca nenhum detalhe!

Plantas nativas do Brasil

Antes de você escolher uma planta nativa brasileira para cultivar, é importante saber quais existem e quais os cuidados necessários para cada tipo. Confira a seguir as principais plantas nativas do Brasil e suas características mais importantes!

Abacaxi

O abacaxi é um autêntico produto de regiões tropicais e é originário da floresta amazônica, tendo sido espalhado pelos índios por todas as Américas. Em tempos remotos, além de ser degustado, o fruto também era utilizado para a produção de bebidas alcoólicas, como o licor e o vinho, além de partes de sua composição serem usadas na fabricação de remédios.

A variedade mais comercializada é a MD-2, ou Gold – como é mais conhecida –, por apresentar sabor mais adocicado e aparências interna e externa mais comercializáveis. As outras variações de abacaxi são Smooth Cayenne – também conhecida como Caiene, havaiano ou ananá –, Singapore Spanish, Pérola, Queen, Española Roja e Perolera.

Abóbora

As abóboras já eram cultivadas no Brasil muito antes dos portugueses chegarem por aqui e isso se deve à versatilidade que esse alimento tem, já que ele pode ser consumido ainda verde, já maduro, em broto e até mesmo suas sementes.

Mesmo que muitos acreditem que se trate de uma verdura ou um legume, a abóbora é considerada uma fruta e faz parte da família das cucurbitáceas – a mesma do melão e da melancia. Algumas das espécies mais conhecidas são a abobrinha, a abóbora-moranga, a abóbora-pescoço, a abóbora-paulista, a abóbora-cheirosa, a abóbora-menina e a abóbora-gigante.

Mandioca

A mandioca é super conhecida no mundo inteiro por ser uma grande fonte de amido – importante fonte de energia –, e ela está entre os produtos mais comercializados mundialmente. No Brasil essa planta recebe nomes diferentes a depender da região, e você pode encontrá-la sendo chamada também de macaxeira, aipim, castelinha, maniva ou uaipi.

Além da grande concentração de amido na mandioca, a raiz da planta também apresenta nutrientes como fósforo, cálcio e vitamina C, além de ser usada na fabricação de farinha e polvilho. E não é só para a nossa alimentação que a mandioca tem finalidade. Ela também pode ser usada na indústria durante a fabricação de etanol, de plásticos biodegradáveis, de cosméticos, de ração animal, de madeira compensada e em tecidos.

Açaí

açaizeiro
Açaizeiro. Foto: Embrapa

O açaí é um fruto que se dá em uma palmeira chamada Euterpe, ou açaizeiro, tipicamente encontrada na região amazônica. Ele ganhou o gosto não só das pessoas da região Norte do país, mas como também de todo o Brasil, se tornando um doce muito comercializado em terras tupiniquins em formato de polpa.

Geralmente, esse fruto é consumido na tigela – que é uma mistura batida do açaí com xarope de guaraná, frutas (como morango e banana) e cereais. Além do consumo da polpa, também é possível encontrar versões do açaí em picolés, sorvetes e sucos. Em algumas regiões, a polpa é utilizada em pratos típicos como peixes assados e camarão.

Uma das vantagens do açaizeiro é que ele é uma planta que pode-se aproveitar tudo: o açaí – que é o fruto; a semente – utilizada para fabricação de cosméticos e em artesanato; as folhas – usadas na construção de telhados e produtos trançados; e a raiz – usada na medicina natural.

Cabeludinha

A cabeludinha é uma planta de clima quente e úmido e tem o costume de florescer entre o outono e o inverno. Ela se caracteriza por apresentar pelos brancos sobre seus frutos e em, basicamente, em todos os seus órgãos novos.

Apresenta pouca quantidade de polpa, mas extremamente sucosa e é muito rica em vitamina C. O fruto é, geralmente, de cor amarelo-canário, pode ser consumido in natura e possui entre uma ou duas sementes.

Graviola

Além do Brasil, é possível encontrar plantas graviolas na América Central, África e Ásia. A gravioleira, que tem nome científico de Angiosperma, atinge cerca de 4 a 6 metros de altura e se adapta, principalmente, em regiões tropicais.

Na parte externa, a graviola é revestida por um tecido verde que tem projeções espinhosas, mas que não machucam. No interior, cerca de 65% é polpa – que tem textura macia, sabor agridoce e muitas sementes.

A graviola é uma excelente fonte de vitamina C e do complexo B, além de possuir alto teor de ferro, fósforo, carboidratos, cálcio e potássio. Além da fruta in natura, é possível desfrutar da graviola em forma de doces, sorvetes e sucos.

Pitangueira

A pitangueira é uma árvore nativa da Mata Atlântica Brasileira que dá origem à pitanga, uma fruta que mede entre 2cm a 3cm de diâmetro e que tem sabor agridoce. A polpa tem bastante água, sendo ótima para sucos e confecção de outros produtos como licores, vinhos, doces e sorvetes. É possível encontrar a casca da fruta nas cores vermelho-escuro, alaranjado e branco.

A pitangueira frutifica nos meses de outubro a janeiro e é muito usada para ornamentar as vias e ruas de cidades do Brasil, sendo o Pernambuco um dos seus principais produtores.

Cuidados com as plantas nativas

Agora que você já conheceu as principais árvores nativas do Brasil e suas frutas, que tal aprender um pouco mais sobre elas? Confira a seguir algumas dicas sobre essas plantas como a quantidade de água ideal para cada uma, como limpar as folhas, a importância da fertilização e muito mais!

Saiba a quantidade de água ideal para a planta nativa

Cada planta tem suas próprias necessidades e a quantidade de água é um fator imprescindível para a saúde e longevidade delas. Com isso, é importante você estudar bem a planta que vai cultivar bem como o local que ela vai ficar situada, porque caso seja em ambiente externo, a planta pode ser beneficiada pela chuva.

A abacaxizeiro, por exemplo, tem pouca transpiração, o que lhe confere bom uso da água, sem a necessidade de irrigações frequentes.

Verifique a iluminação para a planta nativa

Assim como a quantidade de água, a iluminação é outro fator muito importante para a saúde da planta e a intensidade de luz necessária vai variar de espécie para espécie. Sendo assim, é de suma importância que antes do cultivo você estude bem a planta que deseja cuidar para que este ponto – a iluminação – não seja negligenciado.

O pé de graviola, por exemplo, necessita de luz solar ao menos por seis horas diárias, sendo mais indicado colocar a planta em um local onde haja contato direto com a luz do sol e que seja possível fazer o controle do tempo de exposição.

Potencialize a saúde das plantas com fertilização

A fertilização de plantas, também conhecida como adubação, é um processo que consiste em repor os nutrientes que as plantas retiram do solo, o que prejudica o desenvolvimento delas.

Conforme o crescimento, as plantas absorvem cada vez mais nutrientes do solo, que pode ficar doente se não ocorrer o processo de fertilização. Somado a isso, a água das chuvas também retira nutrientes e minerais importantes do solo, o que reforça a necessidade da fertilização.

Plantas que são cultivadas em vasos ou canteiros precisam ainda mais de atenção quanto à fertilização, já que esses ambientes são artificiais – quanto se trata de solo, porque praticamente não existe reposição natural dos nutrientes.

Limpe as folhas regularmente

Manter as plantas e, principalmente, suas folhas limpas ajuda no crescimento rápido e saudável delas. Portanto, a higienização é um processo importante no cultivo de plantas.

A importância da limpeza está no fato de que as plantas podem acumular detritos, sujeiras e poeira, tanto em ambientes externos quanto internos da casa, e isso pode a afetar a quantidade de luz solar que a planta precisa absorver, o que acaba interferindo no processo de fotossíntese – imprescindível para a alimentação e nutrição das plantas.

O modo de limpeza depende da espécie da planta e do grau de sujeira. Em alguns casos, uma rápida limpeza com um pano úmido já basta, mas em casos mais drásticos de sujeira, é importante mais atenção ou até mesmo, a necessidade de corte, quando não há mais como recuperar a folha.

Mantenha o transplante da planta nativa em dia

O transplante é uma das etapas mais delicadas do cultivo de uma planta e o procedimento consiste em trocar o vegetal de local para que ele se acomode melhor, principalmente durante a fase de crescimento.

O transplante é essencial para que as plantas possam desenvolver as raízes de forma adequada e que não fiquem se enrolando em um vaso com tamanho menor que o delas

A transferência correta evita problemas relacionados ao crescimento e deficiências nutricionais – como amarelamento e folhas tortas. Outra dica é que não deixe de utilizar sempre ferramentas adequadas ao tipo de manutenção que for fazer em sua planta. Há sempre equipamentos certos que permitem o manuseio correto e seguro das mudas. Confira também os 10 melhores kits de jardinagem de 2022 e tenha o material completo para a sua jardinagem.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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