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Atitudes e Ações Resilientes no VII CNEA & IX ENBio

 

VII CNEA & IX ENBIO

Atitudes e Ações Resilientes no VII CNEA & IX ENBio

O tema geral desde ano “Atitudes e Ações Resilientes para o (re)Equilíbrio dos Sistemas Socioambientais”

Atitudes e Ações Resiulientes no VII CNEA & IX ENBio

Profa. Dra. Thaís de Oliveira Guimarães

Geógrafa. UPE – Campus Petrolina

thais.guimaraes@upe.br

 

Entre os dias 15 e 18 de setembro ocorreu o VII Congresso Nacional de Educação Ambiental e IX Encontro Nordestino de Biogeografia. Os eventos ocorrem simultaneamente a cada dois anos e, neste ano, excepcionalmente, de forma remota, reunindo palestrantes do Brasil e também da América do Sul.

O tema geral desde ano “Atitudes e Ações Resilientes para o (re)Equilíbrio dos Sistemas Socioambientais”, foi apresentado na Conferência Master, na manhã do primeiro dia, pelo idealizador do evento, o Prof. Dr. Giovanni Seabra. Como convidada externa, a ativista ambiental e escritora chilena Hema”ny Molina ministrou uma concorrida palestra na Mesa Redonda “Saber Tradicional, Patrimônio Natural e Etnocultural”. .

A solenidade de abertura do CNEA foi conduzida pelo Prof. Dr. Paulo Sérgio, da Universidade de Uberlândia, palestrante e cerimonialista do evento. Na ocasião, o ator e radialista Osvaldo Travassos narrou o texto “Outras Palavras”, de autoria do Professor Giovanni Seabra, discorrendo sobre os fenômenos socioambientais recorrentes desde a realização do I Congresso Nacional de Educação Ambiental, em 2009. Na primeira conferencista do dia, o Prof. Dr. Genebaldo Freire Dias da UCB suscitou questões e promoveu diálogos e debates sobre a Percepção Ambiental e Estesia, conduzindo os participantes a uma profunda reflexão sobre o “existir”.

O primeiro dia do evento foi marcado por temas complexos e importantes para o cenário ambiental brasileiro. Tratou-se das questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável na economia do consumo, educação ambiental no mundo atual, água – saneamento e qualidade de vida. O encerramento do dia foi marcado por duas conferências, a primeira com o título: “Monitoramento da Amazônia e seu Desenvolvimento Sustentável”, que teve como conferencista o Prof. Dr. Ricardo Galvão da USP e ex-diretor do INPE/Brasil.

O professor Galvão destacou a importância da Floresta Amazônica e dos benefícios econômicos e socioambientais a partir da manutenção da floresta e das comunidades tradicionais. Demonstrou grande preocupação com os avanços das queimadas e do desmatamento na região e destacou a credibilidade dos dados de satélites coletados e disponibilizados pelo INPE. Questionando a eficiência no trato com o meio ambiente deste governo federal e dos anteriores, enfatizou a importância dos investimentos em pesquisas e na ciência, principalmente em um cenário negacionista como o atual.

Os trabalhos do primeiro dia foram finalizados com a conferência: agroecologia crítica e transformadora apresentada pelo Prof. Dr. Afonso Peche Filho (IAC).

A partir do segundo dia de evento teve início os Grupos de Trabalho, divididos em eixos temáticos e envolvendo desde alunos de ensino técnico, de graduação, pós-graduandos e professores, compartilhando seus trabalhos e experiências no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Durante todo o evento foram apresentados dezenas de trabalhos, distribuídos em 22 eixos temáticos. Destes, aproximadamente 200 artigos comporão os livros em fase de editoração, a ser publicado em breve, pela Editora Barlavento, no início de 2022.

Além das apresentações de trabalhos, as mesas redondas e conferências aconteceram em todos os dias de eventos. No dia 16, ocorreram exposições e debates acerca da “Saúde Ambiental e Humana na Sociedade Desigual”, “Soberania e Segurança Alimentar”, “Dinâmica da Paisagem na Caatinga – algumas reflexões”, e, para encerrar as atividades do segundo dia, a conferência “Vulnerabilidades e Desafios na APA Aldeia-Beberibe e a armação do Arco Viário Metropolitano do Recife”, proferida pelo Engenheiro Eletricista Herbert Tejo.

O terceiro dia de evento foi marcado por discussões em torno da “Reciclagem e Reutilização de Produtos na Economia Circular”, assunto atual e de extrema preocupação, principalmente nos grandes centros urbanos, uma vez que o descarte de resíduos tem crescido cada vez mais, acompanhando uma lógica de consumo capitalista. Além da reciclagem e reutilização de produtos, ainda foram discutidos a questões envolvendo o Mundo Animal, com ênfase na educação, esporte e segurança, um tema inédito no CNEA & ENBio e que trouxe grandes contribuições ao evento.

Com um olhar voltado mais para a biodiversidade, os debates da sexta-feira se encerraram com duas grandes conferências: o “Cultivo de Rosas do Deserto em Tempos de Pandemia”, ministrada pelo Prof. Dr. Hermeson Cassiano de Oliveira (UESPI), que destacou o reflexo da pandemia em nosso cotidiano e o debate sobre a “Ecologia Aplicada à Restauração de Ecossistemas Aquáticos”, proferida pela Profª. Dra. Maria Cristina Basílio Crispim da Silva (UFPB).

O último dia de evento foi destacado pelas apresentações de trabalhos pela manhã e à tarde uma mesa redonda e a conferência de encerramento. A mesa redonda abordou as questões indígenas, ambientais e territoriais. Teve como título “Saber Tradicional, Patrimônio Natural e Etnocultural”, e os debatedores trouxeram suas experiências e vivências na Floresta e nos territórios indígenas. Participaram do debate o jornalista e pesquisador Éder Rodrigues dos Santos (UFRR), a Prof.ª Dra. Márcia Teixeira Falcão (UERR), a geógrafa Neidinha Suruí (Associação Kanindé) e a ativista ambiental Hema’ny Molina Vargas, explanando a luto dos povos Siky’nan da Terra do Fogo.

O encerramento do evento teve como atividade a conferência apresentada pelo Prof. Dr. Marcos Sorrentino da UFBA, que apresentou o tema “Políticas Públicas na Educação Ambiental”, trazendo ao debate acadêmico uma realidade desafiadora do “fazer a Educação Ambiental”, de como e por quem. O conferencista nos fez refletir sobre questões cotidianas e o desafio de transformá-las em políticas públicas.

O CNEA VII teve como ponto alto do encerramento a exposição do Prof. Dr. Giovanni Seabra sobre as questões ambientais, sociais, econômicas e políticas relacionadas ao governo federal e as contribuições dos monitores e organizadores que conseguiram reunir 350 participantes nos dois eventos virtuais.

Diante do cenário ambiental apresentado durante os quatro dias de atividades do VII CNEA & IX ENBio, fica a esperança em dias melhores e a certeza de que estamos trabalhando no caminho certo, que mesmo com todas as dificuldades somos um número expressivo de professores, pesquisadores, alunos e acima de tudo, cidadãos, caminhando com um objetivo em comum, a manutenção da nossa saúde e acima e a saúde do planeta, nossa grande e dinâmica casa.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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One thought on “Atitudes e Ações Resilientes no VII CNEA & IX ENBio

  • Parabéns pela iniciativa.
    Para os interessados sugiro acessar http://www.nepas.com.br e acompanhar os resultados de pequisas de avaliação da percepção ambiental e social em segmentos formadores de opinião.

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