Importância da prevenção da hipertensão arterial em tempos de pandemia
Importância da prevenção da hipertensão arterial em tempos de pandemia
Quando se fala em hipertensão arterial, o Brasil tem uma nação à parte de pessoas que convivem com o problema: nada menos do que 25% da população adulta no país é hipertensa – algo em torno de 26 milhões de pessoas.
A informação é da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que classifica nessa condição pessoas que possuem pressão arterial igual ou superior a 140 x 90 mmHg.
Por André Manteufel
Os principais riscos para a comunidade hipertensa são a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), arritmia cardíaca, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. A ausência de sintomas na maior parte dos casos faz com que muitas pessoas só descubram o problema quando ocorre um desses problemas, que podem ser fatais.
Em tempos de pandemia provocada pelo novo coronavírus, a atenção deve ser redobrada por quem sofre de hipertensão arterial. Isso porque já há evidências de que doenças cardiovasculares são potenciais complicadores em pacientes com quadro de covid-19.
Além da doença em si, outros fatores típicos do período de quarentena tornam-se ocorrências de alto risco para os hipertensos, como ansiedade, estresse e má alimentação. Ou seja, há fortes recomendações para que os cuidados sobressaiam somente à prevenção contra o vírus.
“Quem sofre de hipertensão precisa considerar todas as variantes que podem acarretar um problema mais grave. E isso sobressai ao próprio vírus”, explica o presidente do Grupo First e idealizador da operadora de planos de saúde You Saúde, Rodrigo Felipe.
“É claro que o coronavírus requer que nos mantenhamos em casa, mas no ambiente doméstico também é necessário manter um hábito de vida razoavelmente saudável para restringir o risco de AVC ou de um infarto, que pode ser ainda mais fatal do que o próprio vírus”, complementa.
Ele sugere a prática de exercícios físicos em casa, alimentação saudável, o controle do consumo de medicações e a adoção de atividades interativas que permitam reduzir a tensão natural de quem se submete a ficar confinado no ambiente doméstico.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 28/04/2021
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