Não existe tratamento preventivo para a covid-19, reafirmam especialistas
Não existe tratamento preventivo para a covid-19, reafirmam especialistas
Gonzalo Vecina Neto comenta que, entre as consequências do uso desses medicamentos sem necessidade e sem eficácia, pode-se citar o surgimento de superbactérias, no caso da azitromicina, e o uso da ivermectina que comprometeu o fígado dos pacientes, de acordo com relatos médicos
Você já ouviu falar em tratamento preventivo para covid-19? Na lista de medicamentos a serem tomados, citam ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina ou cloroquina, Annita… Mas será que isso funciona mesmo?
Sobre o uso desses medicamentos como tratamento preventivo contra a covid-19, Gonzalo Vecina Neto, médico e professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP e que também já foi secretário nacional da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e diretor da Anvisa, diz que as drogas não apresentaram eficácia.
Quando realizados os testes em um grupo de pessoas, os medicamentos não demonstraram nenhuma eficácia contra a doença. “Pelo contrário, no caso da cloroquina, há um aumento da probabilidade da ocorrência de arritmias cardíacas”, afirma o especialista.
Entre os casos da doença, em muitos, ela é desenvolvida de maneira muito leve. Nesses casos, as pessoas se curariam de qualquer forma, tomando ou não tomando os medicamentos levantados como tratamento preventivo. Nos demais casos, em que os pacientes precisam ir para o hospital por conta da gravidade, “não houve mudança na orientação da doença, porque tomou ou não os medicamentos. Os únicos medicamentos que fizeram diferença nesse grupo foram os anti-inflamatórios hormonais e, em uma fase um pouco mais avançada, os anticoagulantes”, explica.
Entre as consequências do uso desses medicamentos sem necessidade e sem eficácia, pode-se citar o surgimento de superbactérias, no caso da azitromicina. Além disso, recentemente médicos têm relatado casos em que o uso da ivermectina comprometeu o fígado dos pacientes.
Caso um médico prescreva esses medicamentos para alguém, Vecina recomenda que se troque de médico e seria o caso até mesmo de denunciá-lo para o Conselho de Medicina do Estado onde estiver.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 16/02/2021
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