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Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI): cuidados e prevenção

 

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI): entenda os riscos e previna-se

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) – A campanha foca na prevenção e as possíveis sequelas causadas pela doença

Por Lívia Davanzo

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é a segunda maior causa de mortes e a primeira de incapacidade no Brasil. A cada 5 minutos um brasileiro morre em decorrência do AVCI, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano.

Por isso, ficar alerta aos sinais é fundamental para prevenir a doença. No dia 29 de outubro, Dia Mundial de Combate ao AVC, são realizadas campanhas em todo o mundo para conscientizar a população a respeito dos problemas causados pela doença, hoje considerada uma epidemia global.

A campanha deste ano “Não Deixe que Seja Você” (Don’t be the One), foca na prevenção ao AVC e tem o objetivo de explicar o risco individual e também de informar ao máximo as pessoas sobre ferramentas que possam prevenir e salvar vidas. Uma análise recente da World Stroke Organization (WSO) mostra que o risco de AVC ao longo da vida aumentou e agora é de 1 em cada 4 indivíduos. Já o estudo Interstroke aponta que cerca de 90% dos casos de Acidente Vascular Cerebral estão associados a um pequeno número de fatores de risco facilmente abordados com instruções preventivas.

Na contramão dos dados negativos, 78% dos pacientes atendidos no Hospital Anchieta, em 2018, tiveram alta sem sequelas ou com sequelas mínimas. O resultado positivo se deve à especialização nos atendimentos neurológicos, neurocirúrgicos e de neurointervenção – expertise da NeuroAnchieta, aliado a adoção de protocolo de AVCI, incluindo equipe de sobreaviso 24h para garantir cobertura completa dos pacientes.

Desde o início do ano, o Hospital passou a ter consulta na especialidade de Neurologia no Pronto-Socorro. O Pronto-Atendimento Neurológico é o primeiro do Distrito Federal e mais um diferencial proporcionado pelo Anchieta, onde um especialista em Neurologia fica à disposição em consultório de segunda a sexta, das 9h às 19h. “A equipe dentro do pronto-socorro traz mais eficiência no serviço que já oferecemos hoje. Com a presença do neurologista de plantão, é possível proporcionar um tratamento cada vez mais especializado aos nossos pacientes”, reforça a coordenadora da Neurologia do Hospital Anchieta/NeuroAnchieta, Dra. Priscilla Proveti.

Vida após o AVC

O reconhecimento dos sinais de alerta do AVC e o rápido tratamento de urgência em um centro especializado diminui a chance de sequelas.

Atualmente, 80 milhões de pessoas são sobreviventes da doença e para muitos, a vida pode ser diferente. “Aceitar e ajustar suas vidas após o AVC é fundamental para a recuperação e qualidade de vida. Encontrar o seu “novo normal” não acontecerá de uma hora para outra. Com um trabalho intenso com a equipe de saúde, desenvolvendo novas rotinas e atingindo os objetivos um de cada vez, o paciente obterá o progresso desejado”, explica a neurologista.

Exames auxiliam o diagnóstico

Os exames de imagem possuem como finalidade, entre outras, a exclusão de sangramentos e a avaliação da extensão do AVC. De acordo com o responsável técnico do Anchieta Diagnósticos, Dr. Anderson Benine Belezia, tanto a tomografia computadorizada quanto a ressonância magnética podem ser utilizadas e a escolha depende do protocolo de cada serviço.

Cada exame possui uma vantagem específica. “A tomografia, por exemplo, consegue captar mais rapidamente as imagens, enquanto a ressonância magnética possui maior sensibilidade, ou seja, maior capacidade de detectar isquemias recentes, principalmente as menores”, explica o médico. Ainda segundo o especialista, no Anchieta Diagnósticos o protocolo indica que os pacientes realizem primeiramente o estudo por ressonância magnética com posterior avaliação da circulação arterial pela angiotomografia.

Novidades na área

De acordo com o responsável técnico do Anchieta Diagnósticos, um dos novos recursos na área da neuroradiologia é a avaliação da parede vascular. O especialista falou sobre o tema durante o XII Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares, realizado entre os dias 16 e 19 de outubro. “Essa avaliação é feita pela ressonância magnética dos vasos cervicais e/ou intracanianos em aparelhos de alto campo (3 Tesla) e é capaz de fornecer informações a respeito do comprometimento da parede das artérias em diferentes processos vasculares, tais como doença aterosclerótica, vasculites e aneurismas, que podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de AVCs, tanto hemorrágicos quanto isquêmicos”, explica.

A novidade, segundo ele, é que anteriormente só havia informações a respeito do interior dos vasos e a parede arterial só podia ser avaliada por meio de biópsias ou em estudos de autópsia/necropsia. Agora, com as recentes publicações científicas sobre o tema, a técnica vem ganhando espaço. “A avaliação pode ser realizada em pacientes com suspeita de vasculite tanto para diagnóstico quanto para acompanhar o tratamento, em pacientes com comprometimento por doença aterosclerótica para verificar risco de desenvolvimento de trombos e êmbolos que podem levar a AVCs e em estudos de aneurismas indicando maior ou menor risco de roturas e sangramentos”, aponta.

Prevenção ao AVC

– Faça atividades física e evite o sedentarismo

– Tenha uma alimentação saudável

– Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso

– Procure sempre um médico para fazer check-up e saber como andam as taxas de colesterol no sangue, pressão e verifique possíveis doenças cardíacas.

Sinais de alerta do AVC

– Boca torta, peça para a pessoa dar um sorriso e observe se ela consegue

– Perda de força, peça para elevar os braços e tentar abraçar

– Dificuldade na fala, peça para a pessoa repetir a frase de uma música

– Alteração na visão, perda repentina da visão em um ou nos dois olhos

– Formigamento no rosto, braços ou pernas de um lado do corpo, vertigem ou dificuldade de caminhar, desmaios ou convulsões também devem ser observados.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 12/01/2021


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