Cigarro eletrônico e tabaco são igualmente prejudiciais
Cigarro eletrônico e tabaco são igualmente prejudiciais
O cigarro eletrônico também causa dependência, e seus diversos compostos químicos, que são altamente irritantes para o trato respiratório
Vigitel mostra queda de 38% no hábito de fumar
O cigarro eletrônico ganhou espaço no Brasil entre os fumantes com a desculpa que poderia ser menos prejudicial à saúde quando comprado ao tabaco. Mas especialistas apontam que tanto o tabaco como o eletrônico são igualmente nocivos, e o último pode levar a um quadro de pneumopatia aguda grave (EVALI), pneumonia de hipersensibilidade, e a precipitação e agravo de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva crônica (DPOC).
“O cigarro eletrônico também causa dependência, e seus diversos compostos químicos, que são altamente irritantes para o trato respiratório, levam a um aumento da inflamação da asma e sua piora clínica, inclusive podendo evoluir para um quadro de asma grave. Se o paciente desenvolve DPOC associada à asma, faz-se necessário o aumento da dose de broncodilatadores para o tratamento ser mais eficaz”, explica o Dr. José Elabras Filho, membro do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), professor de Imunologia da Faculdade de Medicina e médico do Instituto de Doenças do Tórax, da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ).
Dado positivo – No Dia Nacional de Combate ao Fumo há um dado a ser comemorado. Um levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostra que o hábito de fumar teve uma queda de 38% no período de 13 anos.
“O tabagismo é uma doença. O paciente deve ser motivado a cessar a sua prática e buscar auxílio médico. Várias especialidades tratam o tabagismo, inclusive temos centros especializados em algumas instituições. O tratamento psicológico e medicamentoso é bastante eficaz, mas sempre aliados à motivação do fumante”, comenta Dr. Elabras Filho.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 28/08/2020
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Não há dúvida de que está havendo uma retração no número de fumantes. No entanto, essa diminuição é bem menos do que poderia se esperar em virtude do acesso que todos têm às notícias da Internet.
A meu ver, somente haverá uma queda significativa no consumo de cigarros e de outros produtos similares quando for proibida a propaganda a adolescentes e a crianças.
É inaceitável que as padarias, supermercados e locais abertos ao público de todas as idades exponham as diversas marcas de cigarro com os respectivos preços.