Como escolher espécies corretas para plantio de árvores nativas e exóticas
Como escolher espécies corretas para plantio de árvores nativas e exóticas
Cuidado na hora de plantar árvores nativas e exóticas
Por Ana Claudia Proença
Plantar árvores é fundamental para a preservação do meio ambiente. Porém, não basta comprar mudas aleatoriamente e começar o plantio. É preciso saber qual é o objetivo e quais espécies podem ser cultivadas no local.
Caso contrário, espécies erradas podem ser plantadas em uma região e, assim, trazer mais problemas do que soluções.
“Plantar uma espécie de árvores exótica em um projeto de reflorestamento pode acabar com o equilíbrio local. Algumas espécies podem se multiplicar e virar uma praga, dizimando um reflorestamento inteiro. Além disso, espécies exóticas podem se tornar invasoras, competindo pelo espaço e pela água com as espécies nativas e chegam até a matar árvores ao redor”, alerta Suzana Aleixo, diretora do Árvores Brasileiras Viveiro de Mudas Nativas.
Por isso, é fundamental fazer um estudo anterior ao plantio e buscar mudas certificadas, o que ajudará muito na qualidade da arborização. Além disso, é importante saber quais espécies são ideais para cada bioma, pois assim o equilíbrio será mantido.
Árvores nativas
Árvores nativas são espécies de um local, endêmicas para a região e, ao longo das décadas, passaram por rigorosa seleção natural. Entre as árvores nativas, Suzana explica que elas são divididas em:
1. Pioneiras: nascem primeiro em geral crescem rápido, mas não vivem tanto tempo, nem ficam muito grandes. Fazem sombra, dando mais condições para outras espécies nascerem e se desenvolverem melhor.
2. Secundárias iniciais e secundárias tardias: crescem mais lentamente, porém ficam maiores.
3. Clímax: crescem preferencialmente na sombra e levam mais tempo para se desenvolver. A madeira é bem dura e o porte é maior; são chamadas árvores de madeira de lei.
Entre as espécies de árvores nativas, destacam-se: copaíba, ipês (amarelo, branco etc.), jacarandá e pitanga.
Porém, Suzana, informa que, dentro das espécies nativas, estão as consideras vulneráveis ou quase extintas, de acordo com a resolução SMA 08/08, SMA 32/14 e anexo as SMA 08/08, como: embaúba, erva mate, mogno, pau-brasil, entre outras.
Árvores exóticas
Já as espécies exóticas são introduzidas de outras regiões ou de outros países; como não passaram pela seleção natural não devem ser usadas como substitutas para a flora nativa, pois não desempenham a mesma função dentro do ecossistema.
Algumas espécies exóticas são exploradas comercialmente e muito utilizadas para produção de celulose; nesse caso será um plantio apenas para fim comercial. Exemplo: 730 espécies de eucalipto (gênero Eucalyptus) , Acacia (Acácia Mangium), mogno africano (Khaya grandifoliola), teca (Tectona grandis), entre outras com potencial madeireiro.
Alguns exemplos de exóticas frutíferas:
Cherimoia (Annona cherimola Mill),
Lichia (Litchi chinensis Sonn)
Longan (Dimocarpus longan),
Physalis (Physalis angulata)
Pitaya (Hylocereus undatus)
Romã (Punica granatum)
Jaca (Artocarpus altilis)
Jambo (Syzygium malaccense)
Abacate (Persea americana)
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 11/08/2020
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