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Como está o ar que respiramos? artigo de Sandra Maria Lopes de Souza

 

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Como está o ar que respiramos? artigo de Sandra Maria Lopes de Souza

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Dados fornecidos pela ONU Meio Ambiente — a agência ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU) — demonstram que 9 em cada 10 pessoas no mundo estão expostas a altos níveis de poluição do ar, excedendo os padrões considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem prematuramente ao ano acometidas de doenças ocasionadas pelo mesmo problema. Em grandes cidades, onde o parque industrial e concentração urbana são maiores, as emissões nocivas se mostram mais elevadas, comprometendo a saúde da população e ambiental.

A poluição do ar reflete também na poluição do solo por meio da emissão do gás ozônio. Até 2013, houve uma redução na produção de cultivos básicos em 26%, dados que nos fazem pensar em como podemos contribuir para minimizar esses problemas.

A comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) é justamente para sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre a utilização e preservação dos recursos naturais, garantindo a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. Essa data representativa foi criada em 5 de junho de 1972 pela ONU com a abertura da Conferência de Estocolmo, na qual vários países decidiram lutar juntos, a favor da preservação do ecossistema e pelas ações em prol do meio ambiente.

Assim, o uso do solo, da água e a qualidade do ar são temas atuais e polêmicos. A grande indagação que se faz é: até quando esses recursos naturais estarão disponíveis sem comprometer a vida no planeta? Vários são os casos de uso do solo irregular causando desmoronamento e erosão, assim como de corpos hídricos contaminados por substâncias tóxicas. Há necessidade urgente de repensarmos a forma da sua utilização para que não aconteçam desastres ambientais em que não só o ambiente sofre, mas também as pessoas.

A ONU propõe instigar governos, indústrias, comunidades e indivíduos a pensar em alternativas sobre a exploração de energia renovável e tecnologias verdes, conseguindo assim uma melhoria na qualidade do ar, começando pelas cidades e abrangendo o mundo.

Essa é uma chamada ousada, pois o planeta é muito diverso e possui necessidades diferentes, mas ao mesmo tempo similares no que diz respeito às consequências da poluição do ar. Ações antrópicas, aquelas realizadas pelo homem, se mostram mais influentes em relação à poluição do ar.

Que ações podem ser praticadas como forma de minimização desse problema? Algumas dessas ações podem ser viabilizadas, por exemplo, na educação ambiental nas escolas e comunidades sociais, na utilização de bicicletas e patinetes, na redução de geração de resíduos, no uso racional dos recursos naturais, na implantação de modalidades de transportes alternativos, em carros movidos a combustíveis mais limpos e elétricos, entre outras. Esses meios auxiliam na melhoria da mobilidade urbana, na saúde dos seres vivos e do próprio meio ambiente. Assim, haverá redução na queima de combustíveis fósseis e também menos riscos no comprometimento da qualidade do ar, do solo e corpos hídricos.

As ações implantadas por governantes, pelas indústrias e pela população em geral (mesmo que a princípio sejam consideradas ações de pouco impacto positivo) contribuirão de forma significativa para a qualidade de vida do planeta e dos seres vivos quando somadas e vistas em longo prazo.

Sandra Maria Lopes de Souza é professora, mestre em gestão ambiental e coordenadora de cursos de pós-graduação no Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Colaboração de Lorena Oliva Ramos, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 05/06/2019

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