Monitoramento do IBGE revela que o país perdeu 7,5% de suas florestas entre 2000 e 2016
Desmatamento – A nova versão do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil, publicação divulgada hoje pelo IBGE, mostra que o país perdeu 7,5% de sua vegetação florestal em 17 anos. No ano 2000, essa área, equivalente a 4.017.505 km2, passou para 3.719.801 km2, em 2016.
O estudo mostra também que, de 2014 a 2016, mais de 62 mil km2 do território nacional sofreram algum tipo de alteração. Nesse mesmo período, houve redução das áreas de vegetação natural e expansão das áreas agrícolas e da silvicultura, porém em um ritmo mais lento que o verificado em levantamentos anteriores.
As novas áreas de pastagem se concentram principalmente nas bordas do bioma amazônico. Já a expansão da área agrícola aconteceu no sudeste de Rondônia, na região de Paragominas (PA), no eixo entre os municípios de Campo Grande (MS) e Cassilândia (MS), e na região da campanha gaúcha (RS).
Evolução da cobertura e uso da terra em Mato Grosso – 2000 e 2016
Segundo a supervisora de Cobertura e Uso da Terra do IBGE, Ana Clara Alencar, a partir dos dados de uso e cobertura da terra é possível conhecer a dinâmica de ocupação e utilização da terra, bem como acompanhar a evolução e a transformação do território brasileiro. “Além disso, pode permitir a integração com todos os outros indicadores sociais e econômicos”, complementou.
Os resultados divulgados nesta edição trazem dados para os anos 2000, 2010, 2012, 2014 e 2016.
Repórter: Raquel de Paula (estagiária sob supervisão)
Imagem: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
Arte: J.C. Rodrigues
Do IBGE, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 13/11/2018
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O interessante nestas comparações dentro de um intervalo de tempo, é você poder correlacionar o PIB ou o VAB (Valor Adicionado Bruto) por atividade econômica dos municípios com maior índice de desmatamento.
Se, por exemplo, você olhar o VAB de Paragominas, uma cidade conhecida pelo alto índice de conversão de floresta em campo para o agronegócio, ou Campo Grande MS, dentro do mesmo período de tempo, nota-se que a indústria e o setor de serviços é que contribuíram para a melhoria do PIB nestas regiões, e não o agronegócio. Ou seja, justificar a conversão das florestas em maiores áreas para o agronegócio, em detrimento de crescimento econômico fica inconsistente e claramente beneficia interesses particulares e não coletivos.
A saída não é expandir área, e sim investir em tecnologia para produzir mais em um menor espaço e, assim, harmonizar, produção e conservação, garantindo o crescimento econômico coletivo.