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Os resíduos sólidos na região Centro-Oeste do Brasil em 2016, artigo de Antonio Silvio Hendges

 

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Os resíduos sólidos na região Centro-Oeste do Brasil em 2016, artigo de Antonio Silvio Hendges

[EcoDebate] A Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais divulgou o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2016. Descreve a produção e destino final dos resíduos sólidos urbanos – RSU, resíduos de saúde – RSS, resíduos de construções e demolições – RCD e os previstos nos acordos de logística reversa. Este conteúdo está descrito nos meus artigos anteriores publicados no Portal EcoDebate.

Neste artigo e com base neste panorama da Abrelpe, estão as informações específicas sobre a geração de resíduos sólidos e sua destinação final na Região Centro-Oeste do Brasil em 2016. Esta região é composta de três Estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e do Distrito Federal e possui 467 municípios.

Em relação aos resíduos sólidos urbanos – RSU, a Região Centro-Oeste produziu 16.988 toneladas/dia com 8,2% do total do país e queda de 1,8%, sendo a produção per capita habitante/dia de 1,085 Kg com queda de 3,2% em relação ao panorama anterior. Os recursos financeiros aplicados pelos municípios do Centro-Oeste foram de R$ 3,10 por habitante/mês na coleta dos RSU e 3,25 nos demais serviços de limpeza urbana, com total de R$ 6,35 por habitante/mês. Os serviços de limpeza urbana movimentaram 1.185 bilhões com queda de 11 milhões em relação ao ano de 2015.

Ano

Toneladas/dia

Kg/habitante/dia

2015

17.306

1.121

2016

16.988 (-1,8%)

1.085 (-3,2%)

Tabela – Geração diária total e individual de RSU na Região Centro-Oeste do Brasil em 2016.

Fonte: Abrelpe.

Quanto à coleta dos RSU, 94% foram recolhidos, com queda de 1,4% no total e de 2,8% per capita. 69,7% correspondentes a 11.145 toneladas/dia foram destinados para lixões e aterros controlados sem tratamentos adequados.

Ano

Toneladas/dia

Kg/habitante/dia

2015

16.217

1.050

2016

15.990 (-1,4%)

1.021 (-2,8%)

Tabela 2 – Quantidade de RSU coletados na Região Centro-Oeste do Brasil em 2016.

Fonte: Abrelpe.

Em relação à coleta seletiva, 202 dos 467 municípios da Região Centro declaram que possuem iniciativas, mas não há informações sobre os números desta atividade. Na maioria dos municípios é provável que as iniciativas sejam de pequeno porte, sem uma influência significativa no conjunto da gestão dos RSU. A disposição final sem tratamentos em aterros controlados aumentou em 0,3% e em lixões diminuiu 0,1% em relação ao panorama anterior.

Ano

Aterro sanitário (ton./dia)

Aterros controlados (ton./dia)

Lixões (ton./dia)

2015

4.950 = 30,5%

7.755 = 47,8%

3.512 = 21,7%

2016

4.845 = 47,8%

7.690 = 48,1%

3.455 = 21,6%

Tabela 3 – Disposição final dos RSU na Região Centro-Oeste do Brasil em 2016.

Fonte: Abrelpe.

Resíduos de construções e demolições – RCD – coletaram-se 13.813 toneladas/dia com geração per capita de 0,882 Kg/habitante/dia. Houve diminuição no total coletado e na geração individual dos RCD.

Ano

Toneladas/dia

Kg/habitante/dia

2015

13.916

0,981

2016

13.813

0,882

Tabela 4 – Coleta de RCD na Região Centro-Oeste do Brasil em 2016.

Fonte: Abrelpe.

Resíduos sólidos de saúde – RSS – Foram produzidos 18.721 toneladas de RSS na Região Centro Oeste em 2016, com geração per capita média de 1,195Kg/habitante. Os tratamentos utilizados foram autoclave em 24%, incineração em 64% e outros destinos não especificados em 12%, possivelmente com disposição inadequada em lixões, aterros e valas sanitárias.

Estado

2015

(Ton./ano – Kg/habitante/ano)

2016

(Ton./ano – Kg/habitante/ano)

Goiás

7.830 – 1.184

7.810 – 1.166

Distrito Federal

4.118 – 1.413

4.024 – 1.352

Mato Grosso do Sul

3.665 – 1.382

3.535 – 1.318

Mato Grosso

3.432 – 1,051

3.352 – 1.014

Total

19.045 – 1.233

18.721 – 1.195

Tabela 5 – Geração de RSS na Região Centro Oeste do Brasil em 2016.

Fonte – Abrelpe.

No documento da Abrelpe não há informações específicas sobre a reciclagem e a logística reversa na Região Centro-Oeste.

No próximo artigo, os resíduos sólidos na Região Norte do Brasil em 2016.

Antonio Silvio Hendges – Articulista no EcoDebate, professor de biologia e educação ambiental, pós graduação em auditorias ambientais, assessoria e consultoria em educação ambiental. Email: as.hendges@gmail.com – Blog: www.cenatecbrasil.blogspot.com.br

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 21/11/2017

[cite]

 

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