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Artigo

A interferência humana nas mudanças climáticas, artigo de Leila Teresinha Maranho

 

Referência: Conrad Wasko et al, Global assessment of flood and storm extremes with increased temperatures, Scientific Reports (2017).
Avaliação global de inundações e tempestades extremas com temperaturas aumentadas – Precipitação e de vazão de escala com a temperatura para os 99 ° percentil. ( A ) dimensionamento precipitação. ( B ) Escala de fluxo de fluxo. ( C ) Densidade de probabilidade dos coeficientes de escala para a América do Nordeste. ( D ) Densidade de probabilidade dos coeficientes de escala para a Alemanha. ( E ) Densidade de probabilidade dos coeficientes de escala para o sudeste da Austrália – Referência: Conrad Wasko et al, Global assessment of flood and storm extremes with increased temperatures, Scientific Reports (2017).

 

A interferência humana nas mudanças climáticas, artigo de Leila Teresinha Maranho

O fato é que a mudança climática é um problema global com graves implicações: ambiental, social, econômica, política – e representa um dos principais desafios que a humanidade

[EcoDebate] Estima-se que o planeta Terra tem, aproximadamente, 4 bilhões de anos. Durante esse período, ele passou por diferentes transformações que foram divididas em eras geológicas. Essas eras correspondem a grandes intervalos de tempo que foram divididos ainda, em períodos.

Evidências demonstram que, durante todos esses períodos, aconteceu extinção em massa, isto é, o decréscimo da biodiversidade devido à extinção de vários grupos de seres vivos ao mesmo tempo. As causas dessas extinções podem variar, porém, são fortes as evidências que indicam que elas não sejam resultado de um fato isolado, mas da combinação de vários fenômenos. Entre os principais acontecimentos podem ser citados choques de asteroides, erupções vulcânicas, alterações climáticas, entre outros.

A história do clima da Terra nos mostra que as eras do gelo vêm e vão e são causadas por mecanismos naturais que a humanidade é incapaz de controlar. E que, ao longo da história, a extinção de espécies e mudanças climáticas são comuns. A raiz de muitos problemas ambientais, se não todos, nos coloca diante do problema “o tamanho da população humana”. Erroneamente, se diz que a população global tem crescido exponencialmente. No entanto, em uma população que cresce exponencialmente, a taxa de aumento por indivíduo é constante. Mas a população humana cresce a uma taxa em aceleração. Mais pessoas significa o aumento por demanda de energia e maior consumo de recursos não renováveis, como combustíveis fósseis, petróleo, carvão e gás natural. Esses combustíveis se originaram a partir de restos de seres vivos que foram se depositando ao longo de milhões de anos em camadas muito profundas da crosta terrestre e transformados pela ação da temperatura e pressão e, em curto prazo de tempo, o homem explora e os queima, liberando para a atmosfera grandes quantidades de carbono, quantidades estas que foram acumuladas há cerca de 65 milhões de anos.

Sem dúvida nenhuma, o uso de combustíveis fósseis tem fornecido energia para transformar grande parte do nosso planeta por meio do desenvolvimento industrial, da agricultura intensiva e da urbanização. Entretanto, é evidente a interferência das ações humanas sobre uma diversidade de problemas ambientais, entre eles, as mudanças climáticas. A compreensão das mudanças climáticas envolve muitos fatos, a evidência é bastante clara a partir de observações e análises, mas os fatos não são suficientes.

O papel dos cientistas é apresentar os fatos, as perspectivas e as consequências, mas a decisão sobre o que fazer com eles envolve todos. Assim, os valores, a equidade entre nações e gerações, os interesses, o princípio da precaução, a ideologia e muitos outros fatores entram em jogo para decidir se não devemos fazer nada e sofrer as consequências, ou se devemos agir.

O fato é que a mudança climática é um problema global com graves implicações: ambiental, social, econômica, política – e representa um dos principais desafios que a humanidade se depara nos dias atuais e, certamente, enfrentará em um futuro não muito distante.

Os cientistas têm dois desafios urgentes: avançar no conhecimento científico e envolvê-lo integralmente nas políticas locais, nacionais e globais.

*Leila Teresinha Maranho, bióloga, doutora em Engenharia Florestal, é coordenadora do Mestrado Profissional em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (UP).

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 03/11/2017

[cite]

 

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2 thoughts on “A interferência humana nas mudanças climáticas, artigo de Leila Teresinha Maranho

  • Vicente Lassandro Neto

    Prezada Leila
    Não há a mínima interferência humana no clima da Terra e, pelo contrário, as ações humanas agem no sentido de esfriar e não de aquecer. O aquecimento global é causado pelas plantas e as glaciações, jamais existiram. Para se falar e dar opiniões sobre o planeta Terra é preciso saber a história da Terra, fato que a humanidade, menos 5 pessoas, não sabe.

  • Então, falando sério. Eu esperava que o artigo fosse avançar trazendo informações atualizadas sobre a influência do ser humano no processo de aquecimento que estamos vivendo. Não há hoje mais nenhuma dúvida que estamos em um impulso de aquecimento, não se sabe a quanto irá e o quanto durará esse impulso. E não se sabe também sobre o quanto as ações humanas sobre o planeta influenciam esse impulso. Este é hoje o principal foco das atenções dos pesquisadores do tema. Por prudência vale reduzir qualquer ação que possa colaborar para o aquecimento,

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