Prefeitura do Rio reconhece Trilha Transcarioca como corredor ecológico
Com 180 quilômetros de extensão, a maior trilha urbana da América Latina, localizada na capital fluminense, foi reconhecida como corredor ecológico pela prefeitura do Rio de Janeiro. O trecho, conhecido como Trilha Transcarioca, vai do Morro da Urca, na zona sul, até Barra de Guaratiba, na zona oeste. Os corredores de biodiversidade, como também são chamados, são áreas que unem partes de florestas ou unidades de conservação separados por interferência humana.
Pelo menos 40 dos 180 quilômetros da trilha ficam dentro do Parque Nacional da Tijuca, cruzando áreas verdes e unidades de conservação na cidade do Rio de Janeiro. O trabalho de sinalização envolveu servidores da unidade, que é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e de voluntários que atuam no parque.
O coordenador de Uso Público do ICMBio, Pedro Menezes, elogiou a iniciativa da prefeitura e disse que a trilha vem se consolidando como opção de lazer, esporte e turismo na natureza, para cariocas e visitantes. “A Transcarioca é uma construção coletiva e faz parte dos nossos esforços no sentido de oferecer à sociedade um meio ambiente equilibrado, direito de todos, previsto na Constituição brasileira.”
Menezes apresentou a ideia de criação da trilha em seu livro Transcarioca: todos os passos de um sonho, publicado no ano 2000. Ele se baseou em exemplos bem sucedidos de trilhas de longo curso, como a Appalachian Trail (EUA), Huella Andina (Argentina), Hoerikwaggo Trail (África do Sul) e Te Araroa Trail (Nova Zelândia).
Segundo o coordenador, a implantação do corredor ecológico durou anos, e envolveu mais de mil voluntários e dezenas de reuniões, oficinas e ações de manejo. O projeto ganhou força com a instituição do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, criado oficialmente pelo Ministério do Meio Ambiente, em julho de 2011.
O corredor ecológico, além de ajudar na conservação de ecossistemas da Mata Atlântica, funciona como ferramenta de desenvolvimento sustentável, por meio do ecoturismo e da educação ambiental, em áreas de restinga, manguezal, praia, costão rochoso, floresta de baixada e floresta de montanha. Ele surge como via de reconexão entre áreas preservadas que têm, entre si, zonas já destituídas de suas características naturais.
Por Flávia Villela, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 09/06/2017
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