Ministério Público Federal no Pará acusa madeireiras de certificação socioambiental enganosa
Por Graziele Bezerra, da Radioagência Nacional
O Ministério Público Federal no Pará briga na Justiça Federal, em Brasília, contra uma decisão do Judiciário de Santarém que negou a suspensão de certificação socioambiental concedida a duas madeireiras da região.
As madeireiras Ebata e Golf receberam do Imaflora – o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, o selo FSC. As empresas que tem esse selo são consideradas socioambientalmente corretas. Mas nesse caso, o MPF diz que a certificação é “enganosa”, porque as madeireiras estariam provocando uma série de impactos ambientais e sociais nas áreas próximas às empresas.
Entre os impactos apontados estão obras que reduziram a trafegabilidade de um rio considerado vital para o oeste paraense e a poluição dessas águas, utilizadas para uso doméstico.
O MPF pediu a suspensão da certificação sociambiental das madeireiras, mas a Justiça em Santarém negou. Por isso, o caso veio parar em Brasília.
A secretária executiva do Imaflora Laura Prada reconhece a existência de impactos a 26 comunidades que vivem da exploração madeireira. Os certificados das madeireiras chegaram a ser suspensos em 2014, mas foram retomados em 2015. Laura Prada afirma que são constantes os diálogos para a resolução de conflitos.
Sonora: “Desde então uma série de trabalhos foram feitos pelas empresas inclusive a criação desse comitê de resolução de conflitos que foi um ponto chave nesse processo todo pra encaminhar esses problemas e rabir rabrir um diálogo de comunicação e resolução de conflitos entre as empresas e as comunidades.”
O Imaflora garante ainda que toda certificação obedece as regras estabelecidas pelo selo FSC. Ainda de acordo com o instituto, as certificações das empresas podem ser retiradas a qualquer momento, com ou sem ação judicial.
A nossa equipe não conseguiu contato por telefone com as madeireiras. Nós também encaminhamos e-mails para as empresas, mas ainda não obtivemos retorno.
Da Radiogância Nacional, in EcoDebate, 27/01/2017
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