Ministro do Supremo mandou avisar… artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)
[EcoDebate] Um Ministro do Supremo Tribunal Federal mandou um aviso para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): “preparem-se para dias difíceis”. O que será que ele sabe exatamente? Será que é para preparar o povo Brasileiro para o pior?
Mas, consumado esse golpe, o que pode vir de pior? A maioria das propostas já conhecemos: desmonte do SUS em favor da medicina privada; modificações draconianas para o povo na previdência social em favor da previdência privada; modificações dos tempos da revolução industrial na legislação trabalhista em favor do capital privado; entrega do Pré-Sal; desmonte da educação pública – inclusive universidades – em favor da educação privada; entrega das terras públicas aos estrangeiros; repressão dos movimentos sociais; supressão de verbas para pesquisas científicas; crescimento da intolerância fascista; assim ao infinito.
As políticas sociais ficarão apenas como marketing, não mais com a proposta da inclusão social. Fim dos 15 anos do desenvolvimento da política de Convivência com o Semiárido.
O pior para o povo brasileiro será essa falta de perspectiva, de futuro. O Brasil volta a ser de poucos e com políticas para poucos. Verdade, com apoio de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Cristovam Buarque, Marta Suplicy e outros que jurávamos democratas.
Com Dilma era difícil, pelas ambiguidades, pelo autoritarismo, pelo obreirismo e crescimentismo, mas havia contradições e, por elas, avançamos em alguma inclusão social, sobretudo aqui no Semiárido. Mas, agora o poder dominante tende a ser monolítico. As contradições internas do bloco que chega ao poder jamais porão em risco o projeto do Brasil farto para as oligarquias tradicionais que dominam esse país, embora tornem o Brasil menor para seu povo e perante as nações do mundo.
Há horizontes? Por hora nenhum, a não ser uma tormenta formada por nuvens escuras e carregadas. Mas, como dizia o grande místico João da Cruz em sua noite escura: “é por não saber por onde vou – e nem como – que eu vou”. Nós vamos.
Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.
in EcoDebate, 15/08/2016
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Estamos todos atentos às possíveis mudanças, algumas necessárias e um tanto tardias. Mas, ainda, a tempo.
O suspense é inevitável, mas não podemos penar em tantas maldades. Esse governo não é tão burro assim…
Ademais, a sociedade tem noção dos limites. Saberá abrir mão de certas coisas para manter as esperanças. Ela abrirá mão de tudo o que foi conquistado? Qual é o poder misterioso que a CNBB tem para ser alertada e preparar-se para o pior. Quem será atingido? E as outras forças da sociedade. Muito estranho.
Não podemos ser tão pessimistas….
Vamos acreditar em mudanças positivas. Que durem no momento, mas que coisas boas surjam no futuro.
Como décima economia do mundo deveríamos ter um país bem melhor para seus cidadãos. Só não estamos melhores em políticas públicas e justiça social por conta de uma elite burra e canibal. Portanto acredito no texto de Roberto Malvezzi.
Pessoal,
vamos para com as previsões fantasiosas. O Governo interino foi eleito, ou vocês se esqueceram de conferir quem era e de onde era o vice. Quem votou na chapa PT – PMDB merece!
Malvezzi, no curso de Engenharia existe a disciplina Direito, ministrada por um advogado. Lembro-me de que, quando ele tratava das leis sociais, disse uma coisa interessante: – Imgine que você fez promessa para Santo Antônio de que não iria receber o salário de férias. Ainda assim você tem que recebê-lo.
Certa vez, conversando com uma juíza do trabalho, perguntei-lhe se havia justiça nos trâmites trabalhistas. Ela me disse que não. Para ela, a Justiça do Trabalho nada mais é que um balcão de negócios.
Certa vez fui arrolado como testemunha de defesa do Banco Central. Uma empregada de uma empresa contratada fora demitida e não havia recebido as verbas a que tinha direito. Seu advogado julgou mais fácil tentar receber do Banco Central, isto é, de nós todos, que da empresa contratada.
Portanto, Malvezzi, não sou contra uma revisão das leis trabalhistas. A propósito, lembro-me de quando o ex-Presidente Lula disse:
– Vale transporte e vale refeição são muito úteis, mas seria muito melhor que o trabalhador pudesse ganhar um salário que pudesse fazer frente a essas despesas.
O articulista, como outros a serviço do comunopetismo, menospreza a inteligência do brasileiro. Omite, propositalmente, o quanto a economia deste País foi destruída por uma política econômica inconsequente e incompetente, que nos conduziu à pior recessão desde 1901!
E nos vem falar em elites e oligarquias, quando o poderoso chefão fez questão de se aliar ao que mais podre havia neste no País, como Sarney, Collor, MALUF, Antonio Carlos Magalhães, Jader Barbalho, etc, etc…
Felizmente, os políticos foram obrigados a ouvir a voz das ruas, e nós saberemos muito bem expurgar esta praga através do voto consciente e livre! Apesar de todo o atraso de décadas que nos foi imposto, saberemos superar as dificuldades e alcançarmos um País melhor para nossos filhos e netos!
O comunopetismo não engana mais ninguém com suas mentiras, e hoje é passado, condenado ao lixo da história!