ONU convoca países para ratificar Acordo de Paris no dia 21 de setembro
Líderes mundiais se reunirão no dia 21 de setembro, em Nova York, para ratificar o acordo de Paris sobre mudanças do clima. O encontro, convocado pelo chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, visa a acelerar o processo para restringir as emissões de gases do efeito estufa. No Brasil, o tratado ainda precisa do aval do Senado. Esse é o último passo para que o acordo tenha validade em território nacional.
O pacto firmado pelo país e mais 194 nações no final do ano passado, na capital francesa, quer limitar as mudanças climáticas ao estabelecer metas para frear o aumento da temperatura no mundo. O tratado tem força de lei internacional, com obrigações e recomendações aos países signatários. Cada país deve ter sua própria meta para reduzir emissões poluentes. Para entrar em vigor, é necessário que pelo menos 55 países, responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais, ratifiquem o texto.
O acordo estabelece que um valor mínimo de US$ 100 bilhões anuais deverem ser transferidos de países chamados “desenvolvidos” aos mais pobres até 2025, para custear ações de combate à poluição. Concluído em dezembro de 2015, o Acordo de Paris limita o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, além de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C.
Metas
Para atingir o objetivo, o tratado estabelece metas individuais de cada país para a redução de emissões de gases de efeito estufa. No caso do Brasil, o objetivo é reduzir 37% até 2025 e 43% até 2030 as emissões.
“Isso significa que deveremos, em 2025, ter níveis de contribuição per capta de 6,2 toneladas de carbono equivalente e até 5,4 toneladas de emissões per capta até o ano de 2030. A meta vale para o conjunto da economia”, explica o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Everton Frask Lucero.
Segundo a ONU, o acordo substitui outras metas referentes à diminuição da emissão de gases do efeito estufa estipulada no Protocolo de Kyoto e deve ser revisto a cada cinco anos. Não há previsão no texto de quando as emissões precisam parar de subir para que seja garantida a manutenção do aumento da temperatura entre 1,5ºC e 2ºC.
Brasil
De acordo com Lucero, o país prepara um detalhamento do método usado para cumprir as metas estabelecidas. O compromisso foi assumido após uma série de pesquisas e consultas aos diversos setores da sociedade. Criado para suceder o Protocolo de Kyoto, o tratado deve vigorar plenamente a partir de 2020, ano em que termina a validade do acordo anterior.
“Por exemplo, no setor de florestas e uso da terra, nós indicamos que até 2030 deveremos chegar a um desmatamento ilegal zero e à compensação pela supressão legal de vegetação – que é aquela autorizada pelo código florestal”, aponta.
Na agricultura, a meta brasileira é restaurar e reflorestar uma área de 12 milhões de hectares. Além disso, restaurar mais 15 milhões de áreas degradadas e aumentar em 5 milhões de hectares o sistema de integração lavoura pecuária e floresta. Já no setor energético, o objetivo é aumentar a 18% o uso de biocombustíveis sustentáveis.
“Nós devemos atingir 45% de energias renováveis na nossa matriz energética, sendo que desses 28 a 33% de fonte não hídrica, aí incluída energia eólica e solar. E também esperamos ter ganhos de eficiência energética no setor em torno de 10%”, detalha Lucero.
Segundo o secretário, o governo brasileiro deve divulgar as metas dentro dos próximos meses e viabilizar a implementação das estratégias no país. “Grandes países já indicaram que poderão ratificar o acordo ainda neste ano. Com a aprovação do Acordo pelo Senado, poderemos estar entre os primeiros grandes países a ratificar o acordo. Isso será uma sinalização muito importante para manter o Brasil na liderança dessa negociação e desse processo internacional.”
Por Heloisa Cristaldo, da Agência Brasil, in EcoDebate, 26/07/2016
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Enquanto o processo de destruição dos ecossistemas terretres evoluem e ganham maior velocidade, a ONU apresenta um rol de promessas ilusórias, com a esperança de que a maioria dos seres humanos, que hoje habitam a Terra, se mantenha alheia à realidade e, devidamente, acomodada, apesar das evidências inegáveis.
A ONU fala em combater o regime capitalista, empreendedor de todo esse processo de destruição, e em promover uma campanha favorável à implantação do Socialismo, a nível planetário? NÃO. Não fala.
A ONU fala na adoção de um projeto visando a redução da população humana na Terra, em pequeno espaço de tempo e através do controle da reprodução humana, em todo o planeta, a uma quantidade equivalente a 10%, ou menos? NÃO. Não fala, pois proposta de tal natureza contrariam os interesses capitalistas.
E assim, a ONU e todo o sistema capitalista vão tentando proseguir com o projeto de ‘desenvolvimento econômico sustentável’, o qual, na realidade, é um projeto de destruição total das condições de vida na Terra, em tempo recorde.
Finalmente, perguntamos: até quando essa farsa vai perdurar?????????????????????????????????????????
De fato, mais medidas ilusórias, mais metas de redução de carbono. Esperar que a onu pense em alternativas ao capitalismo também é conversa pra boi dormir. Acho chato mesmo é um portal sério como este acreditar nesses contos da carochinha. Acho que devemos dar mais visibilidade as alternativas já em construção, à agroecologia, como fonte principal de produção de alimwntos, água e recuperação ambiental digna é possível, mesmo dentro do capitalismo. De produção social de habitação e de cidades,.
Essas metas de redução de carbono só servem pra empresas ganharem isenção de impostos por estarem dentro da meta.