EcoDebate

Plataforma de informação, artigos e notícias sobre temas socioambientais

Notícia

Governo e parceiros construirão o Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul na Caatinga

 

 Brasília - O representante do MMA, José Carlos Oliveira da Costa (E), o ministro Sarney Filho e o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, na assinatura de parceria em defesa da ararinha-azul (José Cruz/Agência Brasil)
Representante do MMA, José Carlos Oliveira da Costa (E), o ministro Sarney Filho (ao centro) e o presidente do ICMBio, Rômulo Mello (D), na assinatura de parceria em defesa da ararinha-azul. Foto: José Cruz/Agência Brasil
 

Parceria assinada ontem (12) entre o Ministério do Meio Ambiente e instituições internacionais prevê o investimento de R$ 5 milhões para construção do Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul na Caatinga. A previsão da pasta é que a espécie, considerada em extinção, possa retornar a seu habitat natural a partir de 2019.

O centro será construído na Fazenda Concórdia, município de Curaçá, na Bahia, às margens do riacho Melancia, uma área cercada de 2.380 hectares, pertencente a uma das instituições parceiras, Lubara Breending Cener – Al Wabra (AWWP), do Catar.

A instalação permitirá a ampliação do manejo da espécie em cativeiro e a devolução da espécie ao habitat. Na última avaliação publicada pelo ministério, a área onde será construído o centro foi escolhida como de extrema importância para a conservação e é prioridade de criação no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Recuperação

“Esse país cresce de maneira significativa hoje, quando a gente, de forma prática, para de falar e simplesmente relatar à sociedade sobre espécies e parte para uma ação conjunta entre nós e atores internacionais para um processo objetivo e pragmático de recuperação de uma espécie da natureza. A expectativa é que, em 2019, possamos ter de volta esses animais à natureza. Nada é maior do que isso, do ponto de vista de recuperação de uma espécie”, afirmou o presidente do ICMBio, Rômulo Mello.

Segundo o ministério, o recente crescimento populacional da ararinha azul em cativeiro permite o avanço para reintrodução da espécie na natureza.

“Há mais de 15 anos a caatinga sofre com a falta das ararinhas. Sabemos que todas as espécies, desde as mais exuberantes às mais singelas, são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas. A dedicação de tantas pessoas de diferentes origens para chegarmos até aqui simboliza a compreensão de nossa responsabilidade comum”, disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante a solenidade de assinatura da parceria.

Criadouro

O ministro defendeu a existência dos criadouros para preservação ambiental. “Outra questão ainda vista de forma preconceituosa é a importância dos criatórios para proteção das espécies ameaçadas. Os criatórios que participam desse trabalho estão salvando as ararinhas-azuis. Temos de aprender com as experiências que já ocorreram no Brasil e multiplicá-las em nossos vivos vermelhos, que indicam a fauna e a flora em situação de risco e que estão cada vez mais volumosos”, ressaltou.

Além da AWPP, o projeto conta com a parceria de mais três instituições internacionais: Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), da Alemanha, Parrots International (PI), dos Estados Unidos, e a Jurong Bird Park, de Singapura. No Brasil, tem o apoio do ICMBio e da Fazenda Cachoeira.

A ararinha-azul, considerada extinta desde 2000, é uma espécie nativa da caatinga brasileira. Os animais existentes no mundo estão em criadouros particulares. Atualmente, 120 animais estão distribuídos em instituições particulares do Catar, Alemanha e Brasil.

Especialistas que integram o Grupo de Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-Azul (PAN Ararinha-Azul) ressaltam a importância do “manejo das ameaças”, ou seja, ações como a redução dos perigos do tráfico ilegal de animais silvestres e o risco de uso do solo por mineradores.

Por Heloisa Cristaldo, da Agência Brasil, in EcoDebate, 13/07/2016

 

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate

Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta enviar um email para newsletter_ecodebate+subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.

O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

Remoção da lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate

Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para newsletter_ecodebate+unsubscribe@googlegroups.com ou ecodebate@ecodebate.com.br. O seu e-mail será removido e você receberá uma mensagem confirmando a remoção. Observe que a remoção é automática mas não é instantânea.