Violência contra a mulher na universidade: um problema invisível
Violência contra a mulher na universidade: um problema invisível
Comparação entre dados revela subnotificação de casos de violência contra a mulher em ambiente universitário
Foram dez denúncias de estupro, que resultaram em três aberturas de sindicâncias e em apenas uma punição.
Os números acima fazem parte do levantamento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Trote, instaurada na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para investigar abusos em instituições de ensino do estado, e reforçam a tese de que a violência contra a mulher em universidades brasileiras segue sendo uma questão invisibilizada. A afirmação ganha força sobretudo se esses números forem comparados com os achados de uma recente pesquisa sobre o assunto.
Publicada em dezembro de 2015, a pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, realizada em parceria do Instituto Avon com o Data Popular, apontou que ao menos 56% das universitárias do país já sofreram assédio sexual. A enquete ouviu um total de 1.823 graduandos e pós-graduandos, sendo 1.091 mulheres e 732 homens.
Seguindo a mesma linha de trabalho, a ARTIGO 19 também buscou levantar dados sobre o tema. Dois pedidos de informação feitos pela entidade em setembro e outubro do ano passado junto a duas das mais prestigiosas universidades públicas do estado – a Unicamp e a Unifesp – receberam respostas reveladoras sobre a atual estrutura das instituições de ensino superior para lidar com a violência contra universitárias.
Os pedidos buscavam saber o número de denúncias de estupro recebidas pelas instituições nos anos de 2012, 2013 e 2014¹, questionando ainda se os denunciados foram penalizados e como o foram².
Tanto a Unicamp quanto a Unifesp, que possuem 15.580 e 9.772 alunos respectivamente³, responderam que apenas dois casos foram registrados durante todo o período em cada uma das universidades – sendo que em nenhum deles houve a abertura de processo administrativo e muito menos algum tipo de punição. Em sua resposta, a Unicamp chegou a dizer que “não é prerrogativa da Prefeitura Universitária a instituição ou aplicação de penalidades seja a alunos ou servidores”.
A enorme discrepância entre esses números e aqueles produzidos pela pesquisa do Instituto Avon e Data Popular apenas comprova, de um lado, a existência do fenômeno da subnotificação, no qual um número muito reduzido de vítimas realiza denúncias formais às instâncias universitárias, e, de outro, a falta de canais efetivos nas universidades para o acolhimento de vítimas.
Para a eficácia de qualquer política pública, seja preventiva ou reativa, é indispensável a existência de uma consistente base de dados que venha a servir de norte para gestores públicos responsáveis pela sua formulação. No caso da Unicamp e da Unifesp, os baixos números de casos registrados claramente não condizem com a realidade, demonstrando a necessidade urgente de se rever a forma como as instituições de ensino superior têm lidado com a questão da violência contra a mulher.
“Apesar da frequência com que os crimes de violência contra a mulher acontecem nos campi universitários, a maior parte das instituições de ensino superior brasileiras ainda não criou políticas adequadas para combater a questão”, diz Bárbara Paes, assistente de projetos da área de Acesso à Informação da ARTIGO 19. Segundo ela, a subnotificação e a falta de dados detalhados, com a falta de canais institucionais preparados para lidar com a questão, geram um cenário de impunidade quando o assunto são crimes sexuais contra as mulheres.
“A realização de pesquisas como a do Instituto Avon e do DataPopular servem de alerta para que as instituições de ensino superior passem a construir políticas de combate à violência contra a mulher. É importante que essas instituições estejam preparadas para receber denúncias, para criar campanhas preventivas eficazes e para conduzir os eventuais casos apropriadamente”, afirma.
Para a ARTIGO 19, mais e melhores informações e dados sobre os casos de violência contra mulheres em universidades são uma necessidade urgente. Além disso, qualquer política universitária adotada na área deve ter como requisito indispensável a transparência sobre os processos de recebimento e encaminhamento das denúncias.
¹ Veja a íntegra do pedido de informação sobre a quantidade de denúncias de estupros entre os anos de 2012 e 2014 feito à Unifesp e à Unicamp
² Veja a íntegra do pedido de informação sobre a penalização a denunciados por estupros entre os anos de 2012 e 2014 feito à Unifesp e à Unicamp
³ Segundo números do Ranking Universitário da Folha
Sobre a ARTIGO 19
A ARTIGO 19 é uma organização não-governamental de direitos humanos que trabalha pela promoção da liberdade de expressão e do acesso à informação. O escritório brasileiro é responsável pelos trabalhos da organização no país e na América do Sul.
in EcoDebate, 12/01/2016
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Um dos grandes problemas ao combate à violência à mulher dentro da Universidade (e ao combate de outros crimes também, como furtos de carros, furtos e roubos em geral e outros, que também têm estatísticas muito piores dentro dos Campus) é a mentalidade de ditadura que resta no nosso imaginário coletivo, especialmente nos meios universitários.
Isso faz com que o acesso da polícia aos Campus seja considerado uma ação ditatorial, a ser veementemente combatida pelos “arautos da democracia”. O resultado é que uma garota pode passar duas horas sangrando sem conseguir pedir ajuda no Campus da USP após ter sido estuprada por um meliante, e quando colegas de classe a encontram e pedem ajuda à polícia, um bedelzinho de segurança na portaria se acha no direito de impedir o acesso do carro de polícia e da ambulância (fato acontecido durante a minha época de faculdade, em 2001).
O crime é uma equação entre resultado e risco. Quando há mais riscos para o criminoso (como ser pego pela polícia), é necessário que os resultados sejam mais tentadores. Campus de universidade congregam um grande número de mulheres (hoje em dia, somos maioria nas universidades), as quais muitas vezes têm mais tempo e dinheiro para gastar com aparência (não todas, e nem todas se importam, mas um número grande), ou seja, são bonitas, o tamanho dos campus e o fato de que muitos trabalhos universitários são feitos com poucas pessoas (estágios, trabalhos em laboratórios, estudar na biblioteca) fazem mulheres muitas vezes andar sozinhas pelo campus, em ruas que são vazias, especialmente em finais de semana. Há também uma mentalidade de permissividade em muitas festas nos campus, com pessoas de ambos os sexos se embebedando até quase perder os sentidos, e a cultura #$C¨*(@ brasileira de que ” de bêbado não tem dono”. Ou seja, vítimas e oportunidades abundam. Note bem: TODO mundo, homens e mulheres, bonito(a)s ou feio(a)s deveria ter a oportunidade de fazer um estágio, trabalhar em um laboratório, ir em uma festa sem problemas. Mas nem toda pessoa é boazinha, e tem gente (os estupradores entre eles) que não quer respeitar as regras de se viver em sociedade. É por isso que a sociedade tem o seu sistema imune, em que os primeiros anticorpos são a polícia.
Mas os Campus são como corpos com imunodeficiência. Não tem anticorpos. O estuprador pode atacar uma mulher com risco praticamente zero de ser preso. Não há patrulhas que possam surpreendê-lo, e depois que ele fizer o que quiser, a investigação… Que investigação? A polícia não é bem vinda nem para fazer a Perícia de Local de casos graves como esse (P.S.: é possível que as coisas tenham melhorado desde os tempos em que fiz faculdade. Espero que sim. Mas como as notícias de jornal só falam dos protestos de “arautos da democracia” reclamando da existência da polícia, minha esperança é pouca).
E depois disso surpreende que os maiores números de casos de estupro em São Paulo ocorram em Campus universitários? Fora os casos de estupros dentro do âmbito familiar (que ainda são a maioria, ao contrário do que se acredita, quem estupra normalmente não é um desconhecido), que, por motivos óbvios são mais espalhados, a oportunidade de ouro para um estuprador serial que esteja interessado em desconhecidas são os campus universitários.
Outros tipos de violência contra a mulher
Monitoramento e rastreamento remoto do cérebro humano por satélite
Os cérebros dos brasileiros estão sendo conectados à satélites para fins de tortura e assassinato e o governo continua ignorando os fatos. Essa tecnologia por satélite é controlada por uma rede global de criminosos, esses elementos adentram o cérebro humano 24 hs a conexão pode vir de várias pessoas ao mesmo tempo, leitura do córtex visual através da interface cérebro computador utilizando antenas de telefonia, satélite e o cérebro humano. Através dessa arma sonora é possível inserir sons, imagens e outros barulhos na cabeça do alvo com auxílio de ondas acústicas, vibracionais, ,sonoras de rádio frequência eletromagnética com o uso de implante ou assinatura cerebral. Os elementos que compõem o bando que estão ignorando às leis são formados por quadrilhas inteiras que estão usurpando estes corpos. O crime organizado utiliza essa tecnologia no tráfico de drogas e a gente, para fraudar concursos públicos e vestibular ou simplesmente para torturar pessoas. Enquanto às autoridades se preocupam com espionagem das ligações telefônicas e Internet a NSA Agência Nacional de Segurança dos EUA monitoram o cérebro humano de quem quiser e para piorar a situação essa tecnologia está em mãos de uma CORJA que utiliza para atormentar a vida de pessoas comuns que não fazem idéia de que isso exista. Leiam mais v2k technology, synthetic telepathy, voice to skull technology, nano implant brain radar, microwaves in remote neural monitoring, mind control an silent sound, mk ultra ,gang stalking world, remoto neural monitoramento por satélite terrorismo no Brasil. Já existem inúmeras vítimas no nosso país isto está acontecendo no mundo todo. Recentemente foi aprovada uma lei nos EUA contra o uso de armas geofísicas climática e controle mental, gostaria de saber a opinião da população e autoridades brasileiras à respeito desse tipo de crime no país.