MMA lança o Catálogo Taxonômico da Fauna Brasileira, que reúne dados de mais de 116 mil espécies
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou ontem (21) o Catálogo Taxonômico da Fauna Brasileira, que reúne dados de mais de 116 mil espécies de animais. A construção dessa lista atende umas das 20 metas de conservação, chamadas de metas de Aichi, estabelecidas pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas.
Prevista para ser alcançada até 2017, a meta objetiva dar a base científica para tomada de decisão sobre uso da biodiversidade. “Desde 2010 nós internalizamos essas metas, e uma delas fala da importância de termos bases sólidas, científicas, sistematizadas e disponíveis para o público. Por isso o módulo de consulta pública, onde qualquer pesquisador ou interessado pode entrar na base de dados e ter todas as informações disponíveis”, disse a secretária de Biodiversidade e Florestas, Ana Cristina Barros.
Durante dois anos, mais de 500 cientistas trabalharam na organização da lista, que conta com seres vivos de 28 ramos de categorias. “Quantificamos um dos principais patrimônios do país, e descobrir nisso que temos 30% das aves do planeta, mostra o valor das nossas matas e dos nossos campos”, disse a secretária, contando que 9% da fauna do mundo está no Brasil.
A lista pode ser acessada pelo site do MMA, pelo Portal da Biodiversidade e pelo Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. Ela foi desenvolvida em uma parceria entre os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Convenção da ONU foi estabelecida em 1992, durante a ECO-92 – a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.
Em dezembro de 2016, será realizada, no México a 13º Conferência das Partes da convenção que, segundo o secretário-executivo da Convenção, Bráulio Dias, vai tratar da biodiversidade e os setores de desenvolvimento. “A questão da biodiversidade na agricultura, em florestas, pesca e turismo, são os quatro principais, mas também estamos discutindo as relações entre biodiversidade e saúde humana. Espero que a COP13 seja um marco para consolidarmos o tratamento da biodiversidade nesses outros setores”, disse.
Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil, in EcoDebate, 22/12/2015
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