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Para professor, programas policialescos reforçam visões negativas sobre moradores de comunidades mais pobres

Ver TV reúne especialistas para uma conversa sobre os chamados “programas policialescos.”

 

 

Em diversos programas de TV com fundo policial, a notícia se transforma em espetáculo mórbido. Isso, muitas vezes, desrespeita códigos de ética, direitos humanos e legislação.

Este Ver TV recebe a gerente do núcleo de qualificação de mídia da Andi – Comunicação e Direitos, Suzana Varjão; o jornalista Pedro Caribé, coordenador da Rede de Mídia Livre Bahia 1798; e a jornalista Ana Cláudia Mielke, coordenadora do coletivo Intervozes.

“Que limiar de violência, de tolerância à violência nós estamos construindo no país? O que isso vai repercutir em termos de construção de mentalidade?”, questiona Suzana Varjão.

O jornalista e professor da PUC-Rio, Carlos Nobre Cruz é autor do livro Direto do front, a respeito das ações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. O programa traz o comentário do professor quanto ao impacto dos programas policialescos sobre os moradores dessas áreas.

A jornalista Maria Carolina Trevisan, do coletivo Jornalistas Livres, tem se preocupado com a falta de continuidade das coberturas jornalísticas sobre casos policiais que ganham manchetes e rapidamente são esquecidos.

Diversas críticas direcionadas a abusos praticados pelos programas policialescos foram tachadas como tentativa de censura pelas emissoras que os transmitem. A jornalista e pesquisadora Bia Barbosa, coordenadora-executiva do Coletivo Intervozes, discorda e lembra que a liberdade de expressão não é um valor absoluto.

Apresentador / Editor-Chefe: Lalo Leal
Produtor Executivo: Vitor Chambon
Apoio à Produção: Patrícia Lima
Jornalista: Renato Fanti
Editora de Imagens: Mariana Velozo

 

Da TV Brasil, in EcoDebate, 04/11/2015


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Alexa

One thought on “Para professor, programas policialescos reforçam visões negativas sobre moradores de comunidades mais pobres

  • O policial quando chega numa comunidade pobre tem consciência de que ali, o estado há muito se faz ausente. Cidadãos e cidadãs mesmo esperando que o próximo governo seja melhor frustram-se de quatro em quatro anos. E olha que nas campanhas eleitorais, os candidatos mais parecem anjos da guarda e talvez até sejam, porém ludibriadores da boa fé.

    Nas comunidades mais pobres, nem todos são bandidos, mas grande parte vive à margem dos direitos. Por exemplo, direito a uma moradia digna, a uma educação de qualidade, pronto atendimento à saúde, transporte público decente, religião séria, onde o principal não seja o dízimo e o principal que seria emprego e renda digna.

    Na ausência desses direitos, alguns são assediados, partem para o crime, e pronto se deparam com a polícia.

    Concluindo, a polícia na medida que intervem, aguça os dóceis corações daqueles que defendem os direitos humanos e passa a ser grande culpada em face do fracasso das políticas públicas.

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