Obama defende exploração de petróleo em visita ao Alasca
Por Leandra Felipe
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou nesta segunda-feira (31) o Alasca em meio à polêmica sobre a permissão de exploração de petróleo na região.
Na visita, ele defendeu políticas para reduzir o impacto das mudanças climáticas e também a posição de seu governo de ter liberado a exploração petrolífera no Oceano Ártico, iniciativa bastante criticada pela comunidade ambientalista mundial.
Em vídeo divulgado nesse domingo (30), Obama reforçou o discurso que já vem defendendo sobre a necessidade de os Estados Unidos liderarem a luta para amenizar as mudanças climáticas.
Ele lembrou que os grandes glaciais do Ártico estão derretendo muito rapidamente, causando drásticas mudanças no volume de água dos oceanos e afetando a flora, a fauna e a população nativa do Alasca.
Obama vai defender ainda a permanência da multinacional petrolífera Shell, que recebeu do governo norte-americano este ano a permissão para perfurar seis poços de petróleo no Ártico.
A autorização para prospectar petróleo no Ártico foi tomada, apesar da resistência e campanhas contrárias lideradas por ongs ambientalistas.
Além dos Estados Unidos, outros países já teriam demonstrado interesse em explorar petróleo no Alasca. Anteriormente, a mesma empresa já havia iniciado o trabalho, mas há três anos as perfurações tinham sido interrompidas.
Ambientalistas afirmam que a atividade deverá afetar espécies e comunidades que habitam a região.
Na internet, ativistas usam as redes sociais para enviar mensagens e assinar abaixo-assinados para que Obama revogue a permissão concedida à multinacional.
Apesar da controvérsia sobre o caso específico da exploração no Ártico, a administração de Obama tem dado passos em relação à política de mudanças climáticas.
No começo deste mês, por exemplo, o governo lançou um plano para a redução de emissão de carbono. E o discurso em defesa de uma mudança na gestão de recursos energéticos tem sido constantemente usado pelo presidente Obama.
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Da Radioagência Nacional, in EcoDebate, 01/09/2015
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