Operação no Parque Nacional do Pau Brasil, BA, coíbe desmatamento
A ação, batizada de “Para-Zé”, também combateu a caça, incêndios florestais e outros crimes ambientais
O Parque Nacional do Pau Brasil (BA) iniciou no mês de julho uma série de operações para coibir o desmatamento na Unidade de Conservação (UC). A ação, batizada de “Para-Zé”, também combateu a caça, incêndios florestais e outros crimes ambientais. Houve apoio aéreo da Polícia Militar da Bahia e de equipes do Batalhão da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Cippa). Segundo Fábio Faraco, chefe do Parque, os voos de helicóptero detectaram as áreas mais afetadas. “A floresta é muito densa, o que impede que se detecte por terra os danos”, disse.
Depois dos voos, o trabalho de verificação é complementado por terra. Foi constatada uma grande quantidade de árvores derrubadas, principalmente exemplares de parajú, madeira muito utilizada na construção civil. “Os criminosos agem sempre da mesma forma. Reabrem antigos ramais madeireiros, desativados há mais de 20 anos, realizam o corte seletivo e processamento da madeira de dia, separam em tábuas e retiram o material à noite em um caminhão para burlar a fiscalização”, explicou Faraco.
Na operação, ficou constatado que mais de 20 hectares do Parque foram afetados pelos cortes seletivos, que se dão pela escolha de determinado tipo de madeira, no caso o parajú, para promover o desmatamento em grande escala. As construções irregulares nas áreas desmatadas foram derrubadas e oito trabucos de caça apreendidos. Com apoio da Cippa, a equipe do Parque Nacional fechou as áreas embargadas e autuou os responsáveis em mais de R$ 800 mil.
Agora, a operação prosseguirá para o bloqueio de todas as áreas afetadas, mapeamento dos ramais e apuração de todas as pessoas envolvidas. De acordo com o comandante da Cippa, em Porto Seguro, Maj Pontes, a parceria foi muito importante para o reconhecimento da área e dos ilícitos que ocorrem. “Continuaremos os esforços para coibir novos ilícitos e apoiar operações aéreas e terrestres. Podemos e melhoraremos nossa capacidade de ação e articulação, trocando informações e técnicas de abordagem”, destacou Maj.
A parceria com a Cippa também permite coibir a caça com barreiras montadas nas estradas de acesso à UC, além de contribuir para um monitoramento permanente. Todo material, nomes dos envolvidos e demais informações relevantes estão sendo consolidados em relatório e serão encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) para conhecimento, analise e providências.
Fonte: ICMBio
EcoDebate, 06/08/2014
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A luta para coibir a devastação ambiental é sempre válida, mas, infelizmente, ao final, os devastadores sempre são vitoriosos.
Ou se contém o processo desenvolvimentista, em todo o planeta Terra, do qual faz parte o crescimento da população humana, ou ficaremos “malhando em ferro frio”, e seguindo em direção à extinção da vida, aonde chegaremos, lamentavelmente, em algumas décadas.