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Países ricos devem investir no combate a mudanças climáticas, dizem entidades

 

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Os países ricos precisam fixar um preço para o carbono, uma taxa, um imposto, defendeu Rachel Kyte, do Banco Mundial. Foto: Agência Brasil/Arquivo 

Especialistas, cientistas e instituições comprometidas em debater mudanças climáticas são unânimes em defender que é preciso investimentos das nações mais desenvolvidas em ações que reduzam os impactos do aquecimento global.

“Temos que mudar rápido e temos oportunidade para utilizar nossas energias de conhecimento e financeiras para ajudar os países em desenvolvimento e pobres. As nações ricas precisam ajudar, porque têm responsabilidade. As consequências vão afetar a todos, pobres e ricos, sem distinção”, disse Jonh Gummer, presidente honorário de Globe Internacional, organização que promove a 2ª Conferência Globe Internacional para Mudanças Climáticas, na Cidade do México. Participam do encontro, 275 parlamentares de 65 países.

Segundo ele, os países mais ricos precisam assegurar que o desenvolvimento ocorra de maneira sustentável. “[Eles têm de] empoderar os países pobres e emergentes para que possam usar energias renováveis”, concluiu o representante da Globe internacional – entidade apartidária que reúne legisladores de todo o mundo e apoia iniciativas de avanço nas leis e modelos de desenvolvimento sustentável.

O vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Jean-Pascal, lamentou a ausência de representantes da Austrália e do Canadá e disse que há muito tempo para tratar o tema. “A natureza não espera. Vemos todos os dias os efeitos das mudanças climáticas. O gelo está derretendo muito mais rápido do que pensávamos. Uma quantidade de efeitos está sendo agravada”, alerta o especialista.

O Banco Mundial faz parte da Globe Internacional e neste momento tem um departamento específico para tratar do tema mudanças climáticas. De acordo com Rachel Kyte, vice-presidenta da instituição, e representante de Mudanças Climáticas no encontro, os países ricos precisam fixar um preço para o carbono, uma taxa, um imposto. No entanto, ela afirma que, apesar de já existirem muitas alternativas mostradas pelos parlamentares presentes, a maioria dos políticos não tem ideia do que se passa no mundo.

“É preciso envolver não só os ministros de Meio Ambiente, mas também os ministros de Economia e Finanças para elevar o patamar de investimentos. O setor privado, a sociedade civil organizada estão pedindo soluções”, informou Rate.

Segundo ela, o importante é a troca de experiências e o desenvolvimento de ações conjuntas e específicas nos países. “O que estamos fazendo é desenvolver sistemas financeiros para investir em crescimento de sistema de transporte, edifícios verdes, crédito para essa infraestrutura, ajudando os municípios a desenvolver um plano, uma carteira de projetos viáveis e vemos os créditos mais baratos.”

O presidente da Academia de Ciência mexicana, José Franco Lopez, disse que as autoridades, os gestores que tomam decisões importantes nas questões de clima e meio ambiente em todo o mundo, precisam levar em conta as informações técnicas e científicas já existentes. “De que adianta se nós produzimos informações, e os países mais desenvolvidos não fazem nada. Se a temperatura global continuar subindo no ritmo atual, provocando o desiquilíbrio climático que tem consequência específica na elevação do nível do mar, provocará fenômenos já conhecidos, com as populações deixando seus estados e nações.”

*A repórter viajou a convite do Banco Mundial

Por Cida Rezende*, da EBC.

EcoDebate, 09/06/2014


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Alexa

One thought on “Países ricos devem investir no combate a mudanças climáticas, dizem entidades

  • Hoje em dia não são apenas os países ricos que precisam investir no combate às mudanças climáticas. Países “em desenvolvimento” como o nosso (que, não se enganem, está melhor do que boa parte do mundo) também precisam fazer isso, pois do mesmo jeito que o trabalho não se incomoda com quem o faz, a atmosfera não se preocupa de onde vem o CO2.

    Nós estamos até que indo bem (o Brasil foi um dos poucos países do mundo que reduziu as suas emissões de CO2 na última década, principalmente devido à diminuição do desmatamento na Amazônia), mas não podemos deixar o sucesso subir à cabeça. O problema não é só dos outros, é nosso também.

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