É preciso medir mais que o crescimento econômico para melhorar decisões sobre desenvolvimento
É preciso medir mais que o crescimento econômico para melhorar decisões sobre desenvolvimento, afirma um documento lançado por diversas agências das Nações Unidas. O estudo destaca que é preciso privilegiar a coerência das políticas mundiais, comércio justo, transferência de tecnologia, reforma financeira internacional e novos mecanismos de financiamento para fomentar a cooperação Sul-Sul e fortalecer os instrumentos de participação social.
“Desenvolvimento Sustentável na América Latina e no Caribe: Seguimento da Agenda das Nações Unidas para o Desenvolvimento Pós-2015 e Rio+20” foi publicado para estimular os debates sobre a nova agenda para o desenvolvimento pós-2015 e apoiar as discussões da região e da comunidade global sobre as ações necessárias para obter um novo paradigma de mudança, concentrado no desenvolvimento sustentável, na igualdade e na mudança estrutural.
Segundo o estudo, países da América Latina vivem momentos históricos, ostentando “progressos socioeconômicos, estabilidade política e liderança internacional” e compreendem que, para que o desenvolvimento sustentável possa ser atingido, é necessário uma mudança estrutural que priorize a igualdade e a sustentabilidade ambiental. Por isso, a região “aposta na construção de uma única agenda, universal, irreversível, de desenvolvimento sustentável e com igualdade”.
Apesar de a América Latina e o Caribe terem feito progressos significativos na redução da pobreza e da mortalidade infantil, dois dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o relatório aponta que a região precisa se esforçar mais para acabar com as desigualdades baseadas no gênero, etnia e território, melhorar a educação, os direitos trabalhistas, participação política informada e a integração na sociedade.
“A região deve crescer com menos heterogeneidade estrutural e mais desenvolvimento produtivo, e igualar potenciando capacidades humanas e mobilizando energias a partir do Estado. No horizonte estratégico do longo prazo, igualdade, crescimento econômico e sustentabilidade ambiental têm que caminhar juntos. Além disso, este horizonte estratégico somente será provável, pertinente, realizável, se for compartilhado pela sociedade civil”, afirma a publicação.
Para acessar o documento, clique aqui.
Fonte: ONU Brasil
EcoDebate, 14/02/2014
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