Nível do Sistema Cantareira é o menor dos últimos 10 anos e Sabesp cria estratégia para baixar consumo de água
Sistema Cantareira: Representação Gráfica dos Reservatórios
Depois de mais de uma semana sem chuva e sob forte calor com os termômetros indicando temperaturas acima dos 30º Celsius (C), a capital paulista poderá ter áreas de instabilidade de forma isolada no final da tarde, segundo informa o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), órgão da prefeitura de São Paulo. Mas para os próximos dias, a previsão é de predomínio da estiagem, incomum para essa época do ano.
Além da falta de chuva, os moradores da cidade tem enfrentado temperaturas recordes. No sábado (1), o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) registrou o dia mais quente para um mês de fevereiro. A temperatura máxima chegou a 35,8º C, às 16h, na estação meteorológica do Mirante de Santana. Foi a marca mais elevada para o período em relação a média histórica e a temperatura mais elevada de 2014, ficando atrás apenas da medição feita , no último dia 3, quando atingiu 35,4º C.
Com o calor excessivo, o consumo de água aumenta, e como não tem chovido, dia a dia só tem baixado o nível do principal reservatório de abastecimento da cidade, o Sistema Cantareira, que atende a cerca de 10 milhões de pessoas, na Grande São Paulo. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível neste domingo estava em 21,7% do total da capacidade.
Para evitar transtornos, com risco de racionamento, a Sabesp lançou uma campanha oferecendo um desconto de 30% no valor da conta dos consumidores que conseguirem economizar 20% no consumo em relação ao gasto médio dos últimos 12 meses. Poderão participar os consumidores de residênciais, comerciais e industriais.
O Sistema Cantareira distribui água para a toda a zona norte e o centro de São Paulo, além de atender parte das zonas leste e oeste da capital e também os municípios de Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba. Já em Guarulhos e São Caetano do Sul,o atendimento ocorre por meio das prefeituras, que compram e distribuem o produto. Nos dois municípios, caberá à prefeitura adotar ou não a mesma estratégia da bonificação.
Segundo a Sabesp, os interessados poderão ter acesso à sua média de consumo no endereço eletrônico da empresa – https://www9.sabesp.com.br/agenciavirtual/ . Ainda conforme justificou a companhia, ao longo do ano passado na área das quatro represas que formam o Sistema Cantareira foi registrado 1.090 milímetros de chuva, bem abaixo da média histórica que é de 1.566 milímetros.
Além da medida de estímulo, a empresa recomenda o esforço coletivo para economizar água adotando comportamento como , por exemplo, o de tomar banhos mais curtos e sempre fechar o registro ao ensaboar ou usar o shampoo; de não lavar a calçada com mangueira e apenas limpar o local com vassouras; trocar a mangueira pelo balde na hora de lavar o carro; tirar o excesso de comida da louça a ser lavada e o de acumular as roupas para serem lavadas a um só tempo.
Moradora em um condomínio de apartamento no bairro do Tremembé, Vera Lúcia Barros, de 59 anos, considerou a medida válida. No entanto, ela contou que já segue uma rotina de economia que se encaixam nas recomendações feitas. “Eu nunca esvazio a caixinha de reservatório para a descarga do banheiro, sempre só uso a metade e deixo juntar as roupas para colocar na máquina de uma vez só”, disse. A consumidora relatou ainda que o edifício onde mora tem um sistema de captação de água de chuva para uso na limpeza e na regas do jardim e que o exemplo poderia ser seguido por muita gente.
Reportagem de Marli Moreira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 03/02/2014
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Talvez agora tomem sérias proviodências com relação a racionalidade, reuso etc.
Só quando o “bicho pega” é que tomam providências!
Concordo com o Luiz Dourado.
Como gosta de dizer o Prof. Ivanildo Hespanhol, se nao adotarmos a pratica generalizada de reuso da agua, vamos buscar agua cada vez mais longe. Ja ha um projeto em andamento para levar agua do rio Paraiba do Sul para a cidade de Sao Paulo.
Como diz o professor, estaremos imitando o Imperio Romano que, a medida que a populacao de Roma aumentava, construia novos aquedutos para transportar agua das provincias para a capital do Imperio.