Tufão Haiyan obriga as nações a refletirem sobre o clima, diz autoridade da ONU
Danos no centro do Arquipélago das Filipinas após a passagem do Tufão Haiyan. Foto: Agência Lusa / ABr.
O Tufão Haiyan, que matou milhares de pessoas nas Filipinas, é “uma realidade que obriga a refletir” sobre os efeitos das alterações climáticas, disse, na terça-feira (11), a responsável da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Clima, Christiana Figueres, na abertura da Conferência de Varsóvia, capital polonesa.
“O que acontece aqui, neste estádio, não é um jogo. Não há duas equipes, mas toda a humanidade. Não há vencedores nem vencidos, todos vamos vencer ou ser vencidos consoante com o futuro que construirmos”, ressaltou Figueres na abertura da Conferência Mundial sobre Alterações climáticas.
“Reunimo-nos hoje sob o peso de muitas realidades graves”, acrescentou, referindo-se ao recorde batido no início deste ano de 400 partes por milhão de dióxido de carbono emitidos na atmosfera.
“A segunda é o impacto devastador do Tufão Haiyan, um dos mais poderosos tufões”, disse. “Os nossos pensamentos e as nossas orações estão com as populações das Filipinas, do Vietnã e de todo o Sudeste asiático”, acrescentou Christiana Figueres.
As Nações Unidas estabeleceram como limite para o aquecimento global os 2 graus centígrados, abaixo do qual os cientistas consideram que é possível controlar os piores efeitos das alterações climáticas.
Para tornar este objetivo uma realidade, os países têm de reduzir bastante as emissões de gases causadores do efeito de estufa, recorrendo as formas de produção de energia mais limpas que a produzida por combustíveis fósseis.
Representantes de 190 países estão reunidos a partir de hoje, em Varsóvia, para tentar um acordo global de redução das emissões de gases causadores do efeito de estufa que seria assinado em 2015 e passaria a vigorar a partir de 2020.
Matéria da Agência Lusa / ABr, publicada pelo EcoDebate, 13/11/2013
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