Brasil fará o primeiro leilão de energia solar do país em novembro
O Brasil fará seu primeiro leilão público de energia com a participação de fontes solares no dia 18 de novembro. São 119 projetos, distribuídos em nove estados, sendo 109 fotovoltaicos, para a produção de energia elétrica com base em painéis conversores, e 10 heliotérmicos, que aproveitam a energia térmica da luz solar para a produção de eletricidade.
O total chega a 2.729 megawatts (MW) fotovoltaicos e 290 MW heliotérmicos. O leilão é do tipo A3, que prevê a entrega da energia em até três anos após a oferta. Os dados foram divulgados hoje (5) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O maior número de projetos ofertados está na Bahia, com 72 projetos fotovoltaicos, totalizando 1.754 MW, e oito heliotérmicos, com 240 MW. Em segundo lugar, aparece Minas Gerais, com 11 projetos fotovoltaicos, correspondentes a 325 MW. Logo em seguida, está a Paraíba, com nove projetos fotovoltaicos (254 MW) e dois projetos heliotérmicos (50 MW).
Além de fontes solares, o leilão também receberá ofertas de outras fontes energéticas, totalizando 784 projetos, correspondentes a 19.413 MW. O destaque fica com a energia eólica, que aproveita a força dos ventos para a geração de eletricidade, com 629 projetos e 15.042 MW.
O estado com o maior número de projetos eólicos é a Bahia, com 199 projetos, totalizando 4.728 MW; seguido pelo Rio Grande do Sul, com 170 projetos e 3.837 MW; Rio Grande do Norte (119 projetos e 2.820 MW); Ceará (66 projetos e 1.539 MW); e Piauí (40 projetos e 1.131 MW). Outros quatro estados vão oferecer projetos eólicos, mas de menor capacidade.
Também participarão do leilão 15 termelétricas a biomassa, totalizando 504 MW, sendo a maior parte em São Paulo, com 10 projetos e oferta de 346 MW. Haverá ainda oferta de dois projetos de termelétricas a gás natural (469 MW), 16 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) (295 MW), uma hidrelétrica (45 MW) e duas termelétricas a biogás (39 MW). Outras informações podem ser acessadas na página da EPE (www.epe.gov.br).
Edição: Davi Oliveira
Reportagem de Vladimir Platonow, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 06/09/2013
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No que tange à Bahia a questão perpassa por vieses que não são configurados nas reportagens e propagandas feitas pelo governo. Na Bahia está atropelando até mesmo regiões de UCs de proteção integral, áreas prioritárias para conservação e nascentes inclusive das principais sub-bacias e microbacias das principais bacias da Bahia como ocorre no Parque Estadual Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina. Isto depois de leiloarem milhares de torres ao derredor, insistem em colocarem meia dúzia dentro do Parque Estadual ao arrepio da lei e contra o Estado Democrático de Direito do Meio Ambiente