Divulgada relação áreas contaminados por substâncias químicas no Rio de Janeiro
CADASTRO DE ÁREAS CONTAMINADAS E REABILITADAS – 1ª EDIÇÃO
A degradação ambiental é atualmente uma das maiores preocupações mundiais, o que tem gerado amplas discussões e inúmeras pesquisas científicas sobre a relação do homem com o meio ambiente e suas consequências para o século XXI.
Durante o último século o desenvolvimento da industrialização ocorreu em diversas áreas do Estado do Rio de Janeiro sem os devidos cuidados ambientais. As atividades potencialmente poluidoras não possuíam uma política ambiental adequada e o uso e a ocupação do solo urbano e rural ocorria sem planejamento e controle. Isto ocasionou a contaminação de solo e água subterrânea em diversas áreas, limitando os possíveis usos do solo e induzindo restrições ao desenvolvimento urbano.
Algumas destas áreas foram ou estão sendo investigadas e remediadas, contudo, a quantidade de áreas contaminadas no Estado é um problema de dimensões ainda não mensuradas como, por exemplo, propriedades abandonadas ou subutilizadas cuja reutilização é dificultada pela presença real ou potencial de substâncias perigosas, poluentes ou contaminantes.
Uma área com contaminação é definida pela presença de substância(s) química(s) no ar, água ou solo, decorrentes de atividades antrópicas, em concentrações tais que restrinjam a utilização desse recurso ambiental para os usos atual ou pretendido, definidas com base em avaliação de risco à saúde humana, assim como aos bens a proteger, em cenário de exposição padronizado ou específico;
Em dezembro de 2009, o CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE através da RESOLUÇÃO N° 420, que estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas, recomenda que os órgãos ambientais competentes deem publicidade, principalmente em seus portais institucionais na rede mundial de computadores, às informações sobre áreas contaminadas identificadas e suas principais características.
O INEA relata nas tabelas CADASTRO DE INDÚSTRIA E OUTROS e CADASTRO DE POSTO DE COMBUSTÍVEL a 1ª Edição do seu Cadastro de Áreas Contaminadas com 160 Áreas Contaminadas, e destaca as seguintes características dessas áreas: número de processo no INEA; razão social; endereço; município; atividade; situação; uso atual; meio impactado (solo e/ou água subterrânea); contaminantes prioritários; presença de fase livre de produto menos denso que a água (LNAPL) ou produto adsorvido no solo, situação de perigo iminente a saúde humana; medida de intervenção adotada; além da classificação conforme RESOLUÇÃO CONAMA n° 420/2009:
AI – Área Contaminada sob Investigação – área em que comprovadamente for constatada, mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação.
ACI – Área Contaminada sob Intervenção – área em que for constatada a presença de substâncias químicas em fase livre ou for comprovada, após investigação detalhada e avaliação de risco, a existência de risco à saúde humana.
AMR – Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação – área em que o risco for considerado tolerável, após a execução de avaliação de risco.
AR – Área reabilitada para o uso declarado – área que, após período de monitoramento, definido pelo órgão ambiental competente, foi confirmada a eliminação do perigo ou a redução dos riscos a níveis toleráveis.
NOTA: Todas as áreas listadas nas tabelas possuem como medida de controle de institucional a restrição quanto ao consumo de água subterrânea.
A partir dos dados coletados, foi gerado um MAPA TEMÁTICO com a localização e classificação das áreas classificadas como contaminadas e reabilitadas do Estado do Rio de Janeiro, que preliminarmente conta com 160 áreas distribuídas entre as atividades de indústria, aterro, postos de serviço e aterro.
Deve, também, ser destacada a iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONEMA), que sancionou em dezembro de 2012 a RESOLUÇÃO CONEMA 44 que dispõe sobre a obrigatoriedade da identificação de eventual contaminação ambiental do solo e das águas subterrâneas por agentes químicos, no processo de licenciamento ambiental estadual.
Os gráficos abaixo apresentam a distribuição das áreas contaminadas e reabilitadas no Estado do Rio de Janeiro, considerando a classificação acima descrita e as atividades de posto de combustíveis, indústria, aterro de resíduos e viação.
Clique aqui para download do relatório completo “Gerenciamento de Áreas Contaminadas do Estado do Rio de Janeiro – Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas 1ª Edição”.
Informe do Inea, publicado pelo EcoDebate, 27/06/2013
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