Mudanças climáticas influenciam avaliação de risco das seguradoras
As mudanças climáticas estão tornando mais frequentes e imprevisíveis os eventos climáticos extremos, obrigando as seguradoras a mudar a forma como avaliam o risco de desastres naturais que afetam uma área específica, alertou esta segunda-feira o ‘think tank’ (centro de pesquisas de políticas públicas) Geneva Association. Matéria da AFP, no UOL Notícias, com informações adicionais do EcoDebate.
“As abordagens tradicionais, que são exclusivamente baseadas em dados históricos, falham cada vez mais em estimar as probabilidades de riscos atuais”, alertou o ‘think tank’ especializado em questões de gestão de risco e seguros em áreas estratégicas.
“É necessária uma mudança de paradigma dos métodos de avaliação de risco”, reforçou, acrescentando que a indústria de seguros precisa apoiar a pesquisa científica para obter uma compreensão maior de quando e onde ocorrerão os desastres relacionados ao clima.
Segundo um relatório das Nações Unidas divulgado na semana passada, as catástrofes naturais custaram ao mundo US$ 2,5 trilhões até agora neste século, o que é muito mais do que o estimado anteriormente.
O diretor da Geneva Association, John Fitzpatrick, afirmou na segunda-feira que o aquecimento dos oceanos do mundo e a elevação do nível do mar foram um gatilho crucial para eventos climáticos extremos.
No relatório de 38 páginas, intitulado “Aquecimento dos Oceanos e Implicações para a Indústria do (re)seguro”, a Geneva Association reforçou a necessidade de que as seguradoras não observem apenas dados históricos, mas também compreendam as “mudanças nas dinâmicas dos oceanos e a complexa interação entre o oceano e a atmosfera”.
Essa interação, destacou, é “a chave para compreender as mudanças atuais na distribuição, frequência e intensidade dos eventos extremos globais relevantes para a indústria dos seguros, tais como ciclones tropicais, inundações e tempestades de inverno extratropicais”.
O estudo, liderado por Falk Niehorster, da Iniciativa de Previsão de Risco do Instituto de Ciência Oceânica das Bermudas, admitiu que o principal gatilho dos custos de seguro em alta está relacionado a fatores sócioeconômicos, como o número crescente de moradias para os mais ricos construídas em áreas costeiras e planícies alagadiças.
Contudo, destacou que a falta de dados históricos para prever catástrofes no futuro, assim como teorias concorrentes entre cientistas sobre quando e onde elas vão ocorrer, também dificulta aos seguradores estimar precisamente os riscos.
A melhor forma de assegurar que “riscos ambíguos” permaneçam assegurados, destacou o estudo, é que a indústria dos seguros ajude a promover a mitigação hoje.
Ela também deveria “desempenhar um papel ativo em aumentar a conscientização para os riscos das mudanças climáticas através da educação”, concluiu.
EcoDebate, 25/06/2013
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Mesmo o IPCC no seu relatório SREX não conseguiu apontar nenhuma evidência de que eventos extremos aumentaram devido ao “aquecimento global”. Nenhum indicador confirmou isto.
Mas, ieste meme está servindo para as companhias de seguro aumentarem seus prêmios. Elas fazem parte do grupo que ganha com o pânico e com a histeria sobre a questão fazem parte da indústria do aquecimento global por razões óbvias. Mais pânico, mais dinheiro.
Sim, hoje temos satélites varrendo o mundo, redes de televisão, internet, celuares com cameras etc etc. Coisas que até 40 anos atrás não tinhamos. A foto de uma chuva de granizo no interior do RS chega na China em segundos. Antes era por radiofotos… E assim, a percepção das pessoas é de que estes eventos aumentaram.
Do Relatório:
“FAQ 3.1 Is the Climate Becoming More Extreme? […]None of the above instruments has yet been developed sufficiently as to allow us to confidently answer the question posed here. Thus we are restricted to questions about whether specific extremes are becoming more or less common, and our confidence in the answers to such questions, including the direction and magnitude of changes in specific extremes, depends on the type of extreme, as well as on the region and season, linked with the level of understanding of the underlying processes and the reliability of their simulation in models.”
IPCC Special Report on Extreme Events and Disasters
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