Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) pretende monitorar desmatamento da Amazônia
A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) pretende instalar salas de observação nos oito países da América do Sul que tem parte da floresta amazônica em seus territórios para monitorar o desmatamento na região. O governo brasileiro pode ser um dos principais colaboradores da medida, mas cada nação vai poder adaptar o monitoramento às suas necessidades e a realidade da Amazônia presente em cada território.
Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que fazem parte da OTCA, também devem apresentar, ainda este ano, uma relação de empresas e instituições locais que podem contribuir com projetos desenvolvidos na região. A proposta é tentar atrair recursos domésticos e garantir a soberania do território verde que ainda depende do dinheiro de governos de outros países e de organizações internacionais.
Atualmente, a maior parte dos recursos utilizados pela OTCA para desenvolver ações de preservação ambiental, monitoramento de desmatamento e melhoria de serviços públicos básicos, como saúde e educação para os povos amazônicos, são custeados pelos governos da Alemanha e da Holanda.
Os dois países europeus apoiam a OTCA desde 2007, quando disponibilizaram US$ 9 milhões para serem utilizados em cinco anos. Em 2012, a contribuição financeira foi renovada por mais cinco anos no mesmo valor. Além dos recursos, a organização ainda depende de parcerias com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o banco alemão KfW, entre outras instituições estrangeiras.
“Criamos um grupo de trabalho para identificar estas empresas que atuam na Amazônia. Outra fonte possível é a Comunidade Andina de Fomento, mas ainda não estabelecemos um diálogo. Podemos ter estas respostas na próxima reunião”, disse o embaixador surinamês Robby Ramlakhan, secretário-geral da organização.
Ainda sem um calendário oficial, Ramlakhan diz que a expectativa é que um encontro da organização ocorra até abril no Equador. Hoje (19), em visita de cortesia à sede da OTCA em Brasília, o ministro das Relações Exteriores de Suriname, Winston Lackin, ratificou o apoio do país aos projetos da organização.
O Suriname é considerado o país mais verde da região, com mais de 90% do território coberto pela floresta. Apesar do cenário, apenas nos últimos anos o governo apresentou compromissos significativos com a população amazônica. “Todos os chanceleres da OTCA tomaram a decisão de estabelecer uma agenda social e temos [OTCA] o papel de implementar esta agenda. No caso do Suriname, o governo está melhorando o acesso a tecnologias como internet e serviços como educação e saúde. Estamos indo bem no Suriname, mas o quadro regional ainda é um pouco diferente”, disse o embaixador.
Ramlakhan explicou que a região amazônica é dividida por oito economias muito diferentes e com objetivos distintos, mas, segundo ele, existe um compromisso comum de investir na região com maior soberania. “A cooperação regional é muito importante. Todos os países concordam que o povo amazônico não pode estar excluído das políticas de saúde, de educação e de energia”, disse.
Edição: Fábio Massalli
Reportagem de Carolina Gonçalves, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 20/02/2013
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Legal, os cerrados mineiros foram monitorados efetivamente pelo ief,
hoje nao precisa mais monitorar,
nao existe mais cerrado.
A mata atlanticao foi muito estudada e monitorada, nao precisa mais, ela já nao existe.
Assim será amazonia, monitorada……ate a ultima arvore tombar.