Justiça do Mato Grosso abre mais de 130 processos por crimes ambientais
Madeira apreendida pelo Ibama. Foto de arquivo
Os réus respondem por formação de quadrilha, desmatamento ilegal e furto de madeiras de áreas protegidas. As operações Juruparis da Polícia Federal são umas das maiores deste tipo em Mato Grosso.
No estado do Mato Grosso, 325 pessoas físicas e jurídicas vão responder na Justiça a 133 ações penais pelos crimes de formação de quadrilha, desmatamento ilegal, falsidade ideológica e furto de madeiras de áreas protegidas. No grupo estão madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, empresários e servidores públicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Eles estão sendo investigados pela Polícia Federal desde 2010 nas operações Jurupari 1 e 2, umas das maiores contra crimes deste tipo em Mato Grosso. Os danos ambientais causados pelo esquema chegam ao valor estimado de R$ 900 milhões, de acordo com a Polícia.
Na lista dos réus, estão Janete Riva, mulher do deputado estadual José Riva (PSD); Sílvio Corrêa, ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB); e o ex-titular da Sema, Luis Henrique Daldegan.
As investigações de 2010 apontavam que Daldegan, que era da secretaria do Meio Ambiente, teria alterado o zoneamento ambiental da Área de Preservação Ambiental da Chapada dos Guimarães. Corrêa é acusado de fazer uso do cargo para pressionar em processos de licenciamento. Já Janete Riva, anunciada no final de 2012 como futura secretária estadual de Cultura, é dona de uma fazenda identificada com prejuízos ambientais de R$ 38 milhões.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
EcoDebate, 11/01/2013
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