Fiocruz e indústrias de fibrocimento fazem ação contra o uso do amianto
Uma ação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Fibrocimento (Abifibro) vai buscar conscientizar a comunidade sobre os males causados pelo amianto. O material usado na construção civil, para fabricar produtos como caixas d’água e telhas, pode provocar danos à saúde dos trabalhadores e consumidores.
A ação ocorreu durante a Feira Anual do Campus Fiocruz Mata Atlântica. A mostra, voltada para a população em geral, oferece oficinas, exposições, apresentações e informações sobre saúde, e ficará aberto até as 16h, no Pavilhão Agrícola do campus, que fica na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.
A ideia é mostrar que há alternativas no mercado que podem substituir o amianto e que seriam seguras à saúde humana, de acordo com a Abifibro, como o fibrocimento composto por fios de poliálcool vinílico (PVA) e polipropileno.
A Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) também vem desenvolvendo alternativas sustentáveis ao uso do amianto, como a fibra vegetal.
Segundo a Abifibro, a Lei 9.055/95 restringe e controla o uso do amianto. Além disso, cinco estados contam com leis que proíbem o uso do material: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Mas, mesmos em estados que proíbem o amianto, como o Rio de Janeiro, há ainda o uso do produto, de acordo com a Abifibro. Para o presidente da associação, é preciso intensificar a fiscalização e também educar a população para evitar que comprem produtos de amianto.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) lista o amianto como “reconhecidamente cancerígeno”. A exposição à poeira do mineral pode causar doenças como câncer de pulmão, de laringe, do trato digestivo e do ovário, mesotelioma (câncer raro da membrana pulmonar e outras membranas do corpo humano) e asbestose (doença que provoca o endurecimento do pulmão e afeta a capacidade respiratória).
Reportagem de Vitor Abdala, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 12/11/2012
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No meu entendimento o uso do amianto crisotila só faz mal à saúde humana se inalado o pó residual no fabrico ou uso.
As caixas d`água sempre estão úmidas e as telhas ninguém as arranha ou risca para liberar pó, salvo quem as instala e serra.
Pelo que sei e vi em uma fábrica da Eternit utiliza-se pouco amianto crisotila na confecção de produtos. Utiliza-se mais cimento, argilas específicas e pasta de papel jornal.
Os trabalhadores que estão diretamente em contato na mineração e na fábrica, estes sim, acredito que tenham ou em futuro terão problemas de saúde.
Como ficarão as pessoas pobres para montarem os telhados das suas casas? E qual material substituirá o amianto na indústria automobilística( freios, juntas etc.) e/ou outras?
Já pensaram nos pedreiros que trabalham com tijolos, cimento, cal, argamassas etc.? E os carpinteiros e marceneiros que serram madeiras de diversos tipos aspirando pó e os pintores de paredes com tintas de diversos tipos, contendo os mais variados produtos químicos?
É apenas uma reflexão e não guerra declarada a quem quer que seja.
Sou um mero aprendiz e morrerei aprendiz.
” Só sei que nada sei”.