Gestão Ambiental e o Marketing Verde
GESTÃO AMBIENTAL E O MARKETING VERDE
EDUARDO MENDONÇA, LEANDRA DE MATTOS SPEZZANO, Rodrigo Pires Biasetto, AMANDA ROSSI MASCARO, cintia moreira marciliano da costa
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO
ABSTRACT
It is an object of study for the purpose of investigating, analyze and confirm that environmental management systems are only beneficial to the organizations, in terms of marketing, characterizing itself solely as another strategy of the company or, more broadly, if the concept of environmental management is imperative when related to the survival of humanity.
In the composition of this object of study information was raised inherent in the environment, aiming at understanding the composition of the matrix of life, environmental degradation, seeking a greater awareness of individuals, to own environmental management and, finally, the green marketing, with his stamp information.
The objectives were: to determine the extent of the use of environmental management within organizations, for them and for the environment, studying the possibility of minimizing the impacts of the performance of companies in the middle through environmental management; consider the relationship between development of humanity and the devastation of the environment, among others.
Referring to methodology applied in the preparation of the project was adopted inductive method, which comes from the study particular to the general, the use of techniques of qualitative research literature, which aims to explain a problem from theoretical references in published documents, such as: Books, academic journals, Web sites, articles, among others.
Keywords: environment, degradation, sustainability, preservation e awareness.
RESUMO
Trata-se de um objeto de estudo com a finalidade de apurar, analisar e confirmar se os sistemas de gestão ambiental são benéficos apenas para as organizações, do ponto de vista do marketing, caracterizando-se exclusivamente como mais uma estratégia da empresa ou, de forma mais abrangente, se o conceito de gestão ambiental se faz imperativo quando relacionado à sobrevivência da humanidade.
Na composição deste objeto de estudo foram levantadas informações inerentes ao meio ambiente, visando o entendimento da composição da matriz da vida, à degradação ambiental, visando uma maior consciência dos indivíduos, à própria gestão ambiental, e, por fim, o marketing verde, com seu cunho informativo.
Os objetivos foram: verificar a importância da utilização da gestão ambiental dentro das organizações, para as mesmas e para o meio ambiente; estudar a possibilidade de minimizar os impactos do exercício das empresas no meio através da gestão ambiental; ponderar sobre a relação entre o desenvolvimento da humanidade e a devastação do meio ambiente; entre outros.
Referente à metodologia aplicada na elaboração do projeto foi adotado método indutivo, que advém do estudo particular para o geral, com a utilização de técnicas de pesquisa qualitativa bibliográfica, que tem por finalidade explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos, tais como: livros, revistas acadêmicas, sites, artigos, entre outros.
Palavras-chave: meio ambiente, degradação, sustentabilidade, preservação e conscientização.
INTRODUÇÃO
Situar-se acima de exigências legais, mediante sistema de gestão ambiental, deixa de ser apenas uma estratégia preventiva para constituir-se mesmo em vantagem competitiva e diferencial no mercado. Isto porque a qualidade ambiental exige um uso mais racional e produtivo de insumos, reduzindo os custos de produção. Além disso, as mudanças podem gerar novas oportunidades de negócios.
De acordo com VALLE (1995), “a qualidade ambiental é parte inseparável da qualidade total ansiada pelas empresas que pretendem manter-se competitivas e assegurar sua posição em um mercado cada vez mais globalizado e exigente.”
Na medida que cresce a consciência da necessidade de se manter e melhorar a qualidade ambiental e de se proteger a saúde humana, organizações de todos os tamanhos estão cada vez mais orientando suas atenções para o possível impacto de suas atividades, produtos e serviços. Para as partes interessadas internas e externas de uma organização, seu desempenho ambiental é de importância crescente.
Empresas que tem como produto ou serviço à responsabilidade social e ambiental acabam ganhando a simpatia dos consumidores e formadores de opinião. Com isso atuam no mercado verde que ainda jovem está ganhando cada vez mais espaço. Tecnologias inovadoras, responsabilidade social e ambiental, atitudes e mudanças de hábitos são as decisões que vão nortear para o consumo consciente e sustentabilidade.
O marketing verde utiliza estratégias para determinar os menores impactos ambientais ao longo do ciclo de vida dos produtos.
Diante de um cenário crescente em âmbito mundial, grupos ambientalistas surgiram com a proposta de fiscalizar e pressionar as empresas quanto aos seus impactos ao Meio Ambiente, (principalmente as multinacionais que retiram da natureza matérias para produzirem seus produtos), e fazem com que essas empresas divulguem através da propaganda institucional, a prestação de contas sobre o trabalho produzido provando com que toda atividade seja refletida no cuidado com o Meio Ambiente
GESTÃO AMBIENTAL
“Gestão ambiental é o controle apropriado do meio ambiente físico, para propiciar o seu uso com o mínimo de abuso, de modo a manter as comunidades biológicas, para o benefício continuado do ser humano.” Ou ainda, a Gestão Ambiental consiste na administração do uso dos recursos ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e potenciais institucionais e jurídicos, com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade de recursos e desenvolvimento social (CAMPOS, 2002).
(SEBRAE, 2004) Inicialmente, nos anos 70 e começo dos anos 80 na Europa, os esforços concentraram-se no desenvolvimento das estruturas legislativas e regulamentares, reforçados por uma estrutura de licenciamento ambiental.
A resposta da indústria foi amplamente reacionária. A indústria investiu em soluções tecnológicas superficiais para assegurar que estava de acordo com as regulamentações, sempre mais restritivas, e com as licenças de operação relacionadas a condicionantes ambientais, na busca de atender ao comando-controle da legislação ambiental cada vez mais rigorosa.
A implementação de sistemas de gestão ambiental em empresas permanece voluntária. No entanto, organizações em todo o mundo estão estimando cuidadosamente não só os benefícios financeiros (identificação e redução de desperdícios, melhora na eficiência da produção, novo potencial de marketing etc.) que podem surgi r de tais atividades, mas também os riscos de não empregar soluções organizacionais e técnicas para problemas ambientais (acidentes, incapacidade de obter crédito bancário e investimento privado, perda de mercado e da clientela).
Marketing Verde
O termo marketing verde, ecológico ou ambiental, surgiu nos anos setenta, quando a AMA (American Marketing Association) realizou um Workshop com a intenção de discutir o impacto do marketing sobre o meio ambiente. Após esse evento o Marketing Ecológico foi assim definido : “O estudo dos aspectos positivos e negativos das atividades de Marketing em relação à poluição, ao esgotamento de energia e ao esgotamento dos recursos não renováveis.” Posteriormente, o marketing ambiental também foi discutido por Kotler que o definiu como sendo : “(…) um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente”.
Dias (2007) expõe que o aumento da consciência ambiental acaba por afirmar um novo tipo de consumidores, os consumidores verdes, fazendo com que o meio ambiente passe a compor as preocupações e estratégias de marketing.
Esse novo consumidor manifesta suas preocupações inerentes ao meio ambiente no seu comportamento de compra, optando por produtos que causam menos impactos ao ambiente e valorizando as empresas social e ambientalmente responsáveis. Destarte, manifestará seu repúdio em relação àqueles produtos e àquelas empresas que contaminam o meio ambiente.
É este comportamento que se torna aos poucos um novo modelo de paradigma de consumo que obriga as empresas a visualizarem o marketing sob uma nova ótica, norteados também para um objetivo mais ecológico.
CONCLUSÃO
Depois de realizado o planejamento faz-se necessário colocar em prática o estabelecido, de forma eficiente e com eficácia, para que os objetivos sejam alcançados, entretanto é perceptível a carência da preparação, considerando que quando há uma pequena alteração em procedimentos de uma organização a possibilidade de erro já é grande, que dirá de uma mudança tão profunda nos valores e porque não dizer, na alma da empresa.
Com a organização preparada à implementação do modelo de gestão ambiental para auxiliar no alcance das metas propostas nas fases de planejamento, serão delineadas e postas em práticas as estratégias e métodos que serão comuns a todos os tipos de organizações como a introdução dos conceitos de redução, reutilização e reciclagem em suas atividades, além de estratégias intrínsecas a cada tipo de organização.
O marketing verde também tem grande importância, pois é a constatação e a demonstração por parte das organizações da consciência de que a necessidade por uma gestão voltada ao meio ambiente saudável está cada vez mais inserida dentro das prioridades organizacionais. Oferecendo informações sobre sua gestão aos consumidores, que possuem o poder da compra, sabendo cada vez mais como usá-lo de forma que não deixem de lado seus valores e lutam para que as empresas atendam não somente as necessidades pessoais como também as sociais.
O marketing ecológico também atende parcialmente ao quesito de educação ambiental, partindo do princípio de que há contato em tempo integral com tantos meios de comunicação com as organizações, e levando em consideração a facilidade do ser humano de se influenciar, e que, portanto, quanto maior for o apelo direcionado à questão ambiental e o desenvolvimento sustentável maior a conscientização da população e maior será a mobilização pelo atendimento da necessidade de minimização dos impactos no meio ambiente.
Conclui-se então, que a gestão ambiental implementada nas organizações pode e deverá ser uma ferramenta de marketing para a empresa, no sentido de ser um diferencial competitivo e não apenas mais uma moda que passará, sendo importante ressaltar que as instituições estão se conscientizando cada vez mais da possibilidade de se beneficiar do fator ambiental como também percebem que a destruição do meio ambiente vai levar a humanidade à extinção caso não sejam tomadas atitudes visando à preservação do ambiente, que é a base do desenvolvimento não por ser de onde extraímos as matérias-primas para produção, mas sim por ser o meio que possibilita a vida no planeta.
Bibliografia
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade Ambiental: Como ser competitivo protegendo o meio ambiente: (como se preparar para as normas ISO 14000). São Paulo: Pioneira, 1995.
KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro. Qualytmark, 1995.
EcoDebate, 25/10/2012
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“Empresas que tem como produto ou serviço à responsabilidade social e ambiental acabam ganhando a simpatia dos consumidores e formadores de opinião”.
Isso é o que mais me preocupa. Esse modismo cabide. Gostei da abordagem do marketing – Basicamente em linguagem simples achei que equivaleria dizer: Você pode ganhar dinheiro, mas tenha ao menos consciência do que está envolvido aqui em sua própria proposta. Parabéns pessoal lindo.