Rio de Janeiro Uranium Film Festival em Berlim e Carta Aberta da Organização
Prezados amigos,
o Uranium Film Festival em Berlim acaba de acontecer e mostra mais um vez o potencial de nosso projeto. O Uranium Film Festival – Urânio em Movi(e)mento – tem capacidade de quebrar fronteiras. A lista de convites para levar o festival é cada vez mais longa: EUA, Índia, Japão, Novo Zelândia, África do Sul, Tanzânia, Taiwan, Singapura, Hong Kong, Suíça, Canadá, Austrália, Itália, Finlândia e agora também Rússia. É claro que queremos levar o festival para todo planeta. É claro que queremos levar os filmes para todas as universidades e escolas do Brasil. Este é o projeto. Mas isto precisa de recursos!
O youtube ou vimeo está cheio de filmes antinucleares. Quem quiser pode usá-los a vontade. E todos os filmmakers que gostam de ver os seus filmes no youtube ou no vimeo já o fazem.
Nosso projeto tem um outro objetivo, o objetivo de trazer a temática nuclear da pequena esquina antinuclear para o mundo da Cultura, da Arte e dos Cineastas e também para o mundo “Mainstream”. O festival quer valorizar os filmes e os diretores de filmes nucleares que muitas vezes trabalham com um alto risco de perder seus empregos e suas próprias vidas. Por exemplo, graças ao nosso festival, pela primeira vez a cineasta e produtora brasileira Laura Pires conseguiu apresentar seus filmes sobre o césio 137 fora do Brasil.
Graças ao nosso festival, o grande jornal Times of India publicou pela primeira vez um artigo importante sobre o diretor indiano Shriprakash que já por mais de vinte anos vem filmando a grave situação da mineração de urânio na Índia.
Também graças ao festival e o prêmio Oscar Amarelo, o diretor sueco Marko Kattilakoski ganhou agora apoio do governo da Suécia para fazer novos filmes.
O mesmo com o diretor Rainer Ludwigs que conseguiu vender o seu filme para uma TV da Itália. O youtube não tem esse poder, só o trabalho sério de um festival que está crescendo cada vez mais pode fazer isso.
Claramente o projeto do uranium film festival / arquivo amarelo tem o objetivo de oferecer filmes / dvds para escolas, universidades e instituições sem fins lucrativos. Mas isto só é possível quando o projeto e a ONG arquivo amarelo tiverem recursos suficientes. A situação é esta: temos um grande projeto, uma grande demanda, uma repercussão na mídia – mas ainda não temos financiamento.
Todas as Ongs – pode ser Greenpeace, ISA, IBASE, SOS Mata Atlântica – só funcionam com dinheiro do Brasil e do mundo, certo? Alguém precisa pagar os custos do escritório, salários dos funcionários, contador, impostos e equipamentos. Sem dinheiro nenhuma ONG funciona!
E nós estamos na mesma situação. O Uranium Film Festival e o Arquivo Amarelo precisa de apoio e financiamento para funcionar. Os custos são altos. Até o momento empresas do mundo da energia alternativa ou outras empresas ecológicas não querem investir no nosso projeto. Isto é a triste realidade.
Precisamos de apoio de todos para convencer os empresários. Além disso existe uma fonte alternativa, que eu quero colocar mais uma vez na agenda do mundo antinuclear: Nos pedimos só um real por ano! Só um real de cada pessoa do Brasil que não gosta de energia nuclear é suficiente para fazer o uranium film festival e o arquivo amarelo ser um projeto com força, uma arma eficiente.
Abraços
Norbert G. Suchanek
Filmes brasileiros emocionaram em Berlim
Os filmes brasileiros sobre o acidente de Goiânia entusiasmaram e emocionaram o público em Berlim. A sessão com três curta metragens e um longa de Roberto Pires sobre o acidente em Goiânia com o Césio 137, ocorrido em Setembro de 1987, foi o destaque e um grande sucesso da Mostra Itinerante do Uranium Film Festival em Berlim, com a presença dos diretores Laura Pires, Luiz Eduardo Jorge e Ângelo Lima.
O festival “Urânio em Movi[e]mento”, internacionalmente reconhecido como Uranium Film Festival, nasceu no Rio de Janeiro em 2011. Ele é o único festival mundial dedicado a filmes sobre todo o complexo da energia nuclear, mineração de urânio e riscos radioativos.
A Mostra em Berlim, de 04 a 12 de outubro, exibiu mais de 60 filmes. Além dos três diretores brasileiros, também estiveram presentes e debateram com o público diretores da Itália, EUA, Índia, Suécia e Alemanha. O Diretor Shriprakash da Índia disse que sua presença no festival foi muito importante, porque foi a primeira vez que ele encontrou outros diretores “nucleares” para trocar experiências e ideias. Shriprakash: “O festival mostra com uma grande clareza que nós não estamos sozinhos.”
Berlim não é o final da viagem do Urânio em Movi[e]mento. A próxima parada está planejada para Janeiro de 2013, na Índia. E já está planejado para Maio de 2013 o terceiro Uranium Film Festival no Rio de Janeiro. Diretores podem se inscrever até 31 de janeiro de 2013.
Contatos e Inscrição:
Uranium Film Festival
info@uraniumfilmfestival.org
EcoDebate, 16/10/2012
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