Rio+20 e a proteção dos oceanos: ‘Economia verde precisa de espinha dorsal azul’, defende Greenpeace
O Greenpeace defendeu hoje (14/06) a proteção dos oceanos para o alcance do desenvolvimento sustentável. “Uma economia verde precisa de uma espinha dorsal azul” foi o mote da organização no debate de um Plano de Resgate dos Oceanos. As propostas discutidas pelo Major Group Oceanos podem ser acrescentadas no documento final da Conferência das nações Unidas sobre desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Pesquisadores de várias organizações levantaram as principais medidas necessárias para a proteção dos mares. Fonte de biodiversidade, alimento e desenvolvimento econômico para bilhões de pessoas, os ecossistemas marinhos estão sob constante ameaça por causa de pescas ilegais, industriais e predatórias, lacunas no sistema de governança e poluição.
Segundo os especialistas, um dos grandes desafios é a integração dessas distintas áreas em apenas um instrumento internacional de implementação sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS).
Da esquerda: Kristina Gjerde, International Union for the Conservation of Nature; Tony Haymet, Scripps Institution of Oceanography; Richard Page, Greenpeace International; Matthew Sebastian, International Collective in Support of Fishworkers (UNIC Rio / André F. Kishimoto)
“É preciso deixar claro que os diversos setores que precisam ser protegidos são integrados, da pesca predatória ao combate à poluição”, disse Richard Page, Coordenador de campanha Oceanos, do Greenpeace.
Para ele, outro ponto fundamental é basear essa proteção nos direitos humanos, já que milhões de pescadores artesanais e trabalhadores da pesca em pequena escala dependem dos mares para viver. “A proteção dos oceanos é um imperativo ambiental, econômico e social”, afirmou Page.
Atualmente, segundo a International Union for the Conservation of Nature, 64% das águas internacionais não estão protegidas por diretrizes globais.
Fonte: ONU Brasil
EcoDebate, 15/06/2012
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