Reaproveitamento de Óleo Vegetal para Confecção de Sabão em Pedra em Larga Escala
“REAPROVEITAMENTO DE ÓLEO VEGETAL PARA CONFECÇÃO DE SABÃO EM PEDRA EM LARGA ESCALA”
GRADUANDOS DOS CURSOS DE ENGENHARIA ELÉTRICA, AMBIENTAL E DE PRODUÇÃO
PROFESSORES ORIENTADORES: AMANDA ROSSI MASCARO, SUELY MEDEIROS ONÓFRIO GAMA, ROGÉRIO LUIS SPAGNOLO DA SILVA, MISTSUO NITTA
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO
CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
Atualmente, o mundo vem sofrendo com bruscas mudanças climáticas que ocasionam verdadeiras catástrofes ambientais. Essas, por sua vez, afetam tanto seres humanos, como toda a fauna, flora e crescimento econômico dos países. Grande parte do globo terrestre tem sido devastado por terremotos, vazamentos de óleo e radioativo, enchentes, maremotos e deslizamentos de terra. Esses eventos, ocasionados em grande parte pelas conseqüências das ações humanas, comprometem em grande escala a sustentabilidade de gerações futuras.
Neste momento crítico, o termo “sustentabilidade” corre o mundo e mobiliza tantos os grandes pólos tecnológicos, como as comunidades mais simples, já que diante das forças naturais, toda tecnologia conhecida pela humanidade até o momento se torna extremamente frágil e incapaz, equalizando os vários níveis sociais e culturais mundiais.
Nesse contexto, a política dos 3R’s (Redução, Reutilização e Reciclagem) [1] ganha um papel muito importante dentro das providências que estão ao alcance da população em geral para ajudar a minimizar os impactos descritos a médio prazo. A redução, reutilização e reciclagem se tornam palavras chave para retomar aos poucos a pouca sustentabilidade dos países e alavancar o que pode ser uma mudança, recuperação e reeducação ambiental mundial.
Podemos usar essa política em qualquer local onde há produtos que, se descartados inadequadamente, podem contribuir com as mudanças climáticas indesejáveis que estamos enfrentando [2]. É o caso das garrafas pet, pneus, pilhas e do óleo vegetal utilizado para o preparo dos alimentos. O último, particularmente, geralmente é descartado em pias e vai diretamente para o esgoto, impermeabilizando leitos de rios e contaminando lençóis freáticos, além de causar danos ao ambiente aquático. Se jogado no solo, torna o mesmo impermeável e contribui com enchentes, ou entra em decomposição, liberando gás metano durante esse processo, causando odor desagradável e agravamento do efeito estufa. Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de óleo vegetal (ABIOVE), no Brasil consome-se cerca de 19 litros per capta de óleo anualmente, sendo 12 litros absorvidos pelos alimentos e 7 litros descartados [3].
Segundo a literatura, a reação de um triéster de ácidos graxos e glicerol (componente principal do sabão) com soda cáustica (NaOH) na presença de água (reação de saponificação), forma sais de ácidos graxos, que são biodegradáveis, popularmente conhecidos como sabão [4].
Com base nesses dados e fazendo uma pesquisa sobre a forma que as pessoas descartam o óleo na comunidade local, chegou-se à conclusão que fazer um projeto em larga escala com reutilização de óleo de cozinha agregaria um grande conhecimento e conscientização ambiental tanto para os graduandos, como para a comunidade local. Com este projeto também estaríamos contribuindo para a sustentabilidade de gerações futuras, pelos motivos já descritos.
OBJETIVOS E METAS
Podemos dividir os objetivos do presente trabalho em linhas gerais e específicas.
Os objetivos gerais se resumem em integrar diversos setores da tecnologia (no caso, graduandos dos cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia Elétrica e Engenharia de Produção de campus diferentes para transformar 500Kg de óleo vegetal (de cozinha) em sabão em pedra e em pó (produto biodegradável) e, através da distribuição dessa quantidade para a comunidade local, promover uma conscientização ambiental.
Este trabalho também tem um amplo cunho técnico, já que para a transformação mencionada, precisaremos implantar uma linha real de produção, que abrangerá o projeto, processo de confecção e corte automatizado e a caracterização final do produto obtido.
O curso de Engenharia de Produção será responsável pela confecção de todo o organograma do processo, das formas para acomodação do sabão e do teste final de qualidade e aceitação do produto pela comunidade local.
A Engenharia Ambiental será responsável pela coleta do óleo de cozinha e pelo processo de transformação do mesmo em sabão e posterior análise química.
A Engenharia Elétrica será responsável pela confecção de esteiras automatizadas para corte das matrizes em dimensões similares aos padrões que são oferecidos no mercado.
Para o desenvolvimento do projeto, todos os cursos utilizarão o domínio técnico obtido até o presente momento, através da integração das disciplinas até aqui cursadas, segundo o Projeto Pedagógico dos cursos de Engenharia.
Um ponto de destaque do projeto , além do cunho tecnológico e ambiental, talvez seja a simplicidade geral dos processos escolhidos (que permitirá uma reprodução caseira, no caso de comunidades) e o trabalho em equipe e paralelo, em direção a um único objetivo final. Também destaca-se o pioneirismo em fazer um projeto integrado entre diferentes áreas da Engenharia e entre diferentes unidades.
METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO,PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
Para a confecção do trabalho e melhor conhecimento do produto final, todos os cursos fizeram um levantamento bibliográfico detalhado sobre impactos ambientais e processos químicos de transformação de óleo de cozinha em sabão, pela reação com soda cáustica.
A partir deste ponto, coube ao curso de Engenharia de Produção organizar todo o processo de transformação e também fabricar os moldes que seriam utilizados para a confecção do produto. Partindo do princípio que no projeto seriam utilizados 500 L de óleo e que cada 5L de óleo gerariam 7 matrizes e 21 pedras de sabão, foram construídos moldes em formato de colméias suficientes para acomodar 700 matrizes.
Por dentro de cada molde foi colocada uma caixa de leite longa vida, para dar um formato retangular às matrizes e também permitir que os moldes (feitos de madeira de reflorestamento) pudessem ser sempre reaproveitados. A Figura1 ilustra o formato dos moldes utilizados, fluxograma do processo e a receita a ser seguida para transformar óleo de cozinha em sabão. Esta etapa foi delineada pelos graduandos do curso de Engenharia de Produção:
Figura 1: Formato dos moldes utilizados, fluxograma do processo e a receita a ser seguida para transformar óleo de cozinha em sabão.
Finalizada esta etapa, o fluxograma e os moldes foram encaminhados aos graduandos do curso de Engenharia Ambiental, que foram responsáveis pela confecção do sabão, seguindo a receita colocada na Figura 1 e também por uma posterior análise química do produto obtido. A Figura 2 ilustra algumas etapas de processo:
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Figura 2: (a) Etapa de processo para confecção do sabão (matrizes) e (b) Medição do PH das amostras.
Após secagem e retirada das matrizes prontas das caixas de leite longa vida, todas elas foram encaminhadas aos alunos da Engenharia Elétrica, que confeccionaram duas esteiras automatizadas de corte de sabão. As duas são formadas basicamente por sensores que identificam e centralizam o produto e possibilitam que as matrizes sejam cortadas em 03 partes iguais, como mostra a Figura 3:
Figura 3: Esteiras automatizadas de corte de sabão, confeccionadas peloa graduandos do curso de Engenharia Elétrica.
Ao passo que as matrizes iam sendo cortadas, as pedras eram contabilizadas por contadores eletrônicos posicionados na parte final das esteiras e caiam em um cesto. Ao final do processo foram contabilizadas 2047 pedras de sabão.
Finalmente, o montante foi dividido em lotes e uma parte das amostras foi novamente encaminhada para os graduandos do curso de Engenharia de Produção, para análise de qualidade e pesquisa de aceitação da comunidade local.
As Tabelas 1, 2 e a Figura 3 mostram, respectivamente, a equipe de docentes responsáveis pelo projeto, a equipe de graduandos responsáveis pelo desenvolvimento do mesmo e o cronograma inicial do projeto:
Amanda Rossi Mascaro |
Sueli Medeiros Onófrio Gama |
Rogério Luiz Spagnolo da Silva |
Mitsuo Nitta |
Tabela 1: Docentes responsáveis pelo projeto.
Amauri de V. Dias |
Juliana Thais de O C |
Marcio F da Silva |
Luciana O Bonfim |
Anderson dos S. Batida |
Leandra M Spezzano |
Marcio R Dias |
Luiz Gustavo B Silva |
Anderson Moreira |
Lucas B de Souza Silva |
Marco Aurelio Gaspar |
Luiz Gustavao Vampré |
Katia Rosa |
Luciano S dos Santos |
Matheus F Cunha |
Marli Ap. O . Piccolo |
André L. Da Nóbrega |
Luiz Antonio B Souza |
Michel S Menezes |
Omar Pazzini Jr |
Cássia A G. Dos Santos |
Marcelo G Rosa |
Michel A G Abreu |
Osmar R Silva |
Cícero R. Rodrigues |
Marcos Aurelio Souto |
Patrícia Câmara |
Osmarino M F Mendez |
Alex Alves |
Mariana M Higa |
Rafael M Martins |
Paulo Henrique Gaúna |
Cristiano P. De Campos |
Marina B da Silveira |
Rafael p Giraldi |
Paulo V Ingegneri |
Eduardo S. Romão |
Michel R Sotelo |
Sergio H da Silva |
Renato Souza Mendes |
Eduardo Mota Costa |
Orlando P C Reimão |
Tiago L Godoy |
Valdir Pereira Chaves |
Eliane A P. Cardoso |
Patricia M Ikehara |
Washington S Dias |
Ailton R Silva |
Emannoela L. T. Motta |
Paulo César A Santos |
William S Souza |
Allan Carlos de Souza |
Evandro Mascarello |
Pedro Fabiano A Perez |
Ana Paula Godinho |
Anderson R Farias |
Filipe de Souza Silva |
Renata R de Menezes |
Andre B de Oliveira |
Andre Luis M Ribeiro |
Joilson C. Nunes |
Rodrigo P Biasetto |
Ariosvaldo R da Cruz |
Andre Luiz Eugenio |
Julio José de O Araujo |
Sergio Soares Jr |
Beatriz F Vollet |
Andre M hamaguchi |
Karl Marcus C S Silva |
Steve Santana Lima |
Cláudio Garcia |
Aroldo F Morais |
Levy Viana Ribeiro |
Tatiane de P Bonilha |
Damiana P Tavares |
Camila Moreira Rosa |
Luiz Rafael T. Braga |
Thays de S Brito |
Douglas G Orlando |
Carlos Alberto Torres |
Marcelo S. Branco |
Vitor E A Teixeira |
Jackeline R L Hatta |
Carlos E Mendes |
Mauricio Cury Vecchi |
Adriano J da Silva |
José Maria P M Jr |
Cassio L Santos Souza |
Reginaldo C. Santos |
Alessandro Alves R |
Marcus V V Noronha |
Eder A De Morais Silva |
Ronaldo de O Marques |
Alessandro B Santana |
Maria V F Oliveira |
Elvis Santana Silva |
Valdeck R dos Santos |
Alex Sandro Alves |
Mariano S Neto |
Evandro N Anjos |
Adenilson F. Pereira |
Anderson S Viana |
Maurício Tallo |
Everton R de Moraes |
Bárbara C Galli |
Bruno Rocha Camellini |
Vagner K de Lima |
Fernando S C Jr |
Carlos E T Guimarães |
Cristiano Zanchetta |
Jessé F Lima |
Gilberto S Fernandes |
Carlos Roberto Santos |
Daniel S Rodrigues |
Roberto Rogério |
Ildefonso S Barros |
Carolina Magina |
Dionele S Silva |
Sergio S Gama |
João Fancisco S Santos |
Caroline C de Jesus |
Douglas M Cabral |
Alessandra R Santos |
Johnny A Bonfim |
Claudio C dos Santos |
Edson L Gimenez |
Ana Paula Woltas |
Leandro M Martins |
Clelia A de Oliveira |
Elzir J Oliveira |
Angela F Souza |
Luciano de O Santos |
Dhalee C R Azzolini |
Emerson Jean da Rocha |
Antonio F Araujo |
Luciano V Ripamonte |
Edemir A Zanatta Jr. |
Fabio Angelo de Pontes |
Arnaldo M de Lima |
Paulo Henrique F Silva |
Eduardo G da Silva |
Fabio P dos Santos |
Bruno C da Silveira |
Rodrigo T M Silva |
Eduardo Mendonça |
Fabio R Francisqueti |
Carlos B Barbosa |
Sergio L Barreto |
Elaine Araújo Silveira |
Fabio S de Melo |
Celio A Fonseca |
Uilian O Pereira |
Elaine C B D Silva |
Fernando Sekiguchi |
Clenilda S Melo |
Valmir B Nascimento |
Eliane da Rosa Navarro |
Gilvan da Mota Santos |
Debora dos Santos |
Vanderlei Cordeiro |
Elvira S Cozachevici |
João José M Filho |
Edianny Alves Santos |
William D Squitino |
Emanuelle Pinheiro |
Décio Jangrossi |
Emerson Pereira Santos |
Willyam M T Dias |
Esmênia D Pinheiro |
João Paulo Furquim |
Fabiana B Cristo |
Adalício M Silva |
Felipe Aguilar Barbosa |
José Marcos dos Santos |
Fabiana D E Silva |
Alexsandro A Costa |
Fernando Poscai Filho |
Josué H da Silva |
Gil F Araujo |
Bruna C Bartmeyer |
Flavio F T Jr. |
Julio C Santana |
Ivan S Gomes |
Camila B Silva |
Gilcélio G dos Santos |
Leandro B Rodrigues |
Jessica B Araujo |
Ed Carlos N Silva |
Ivan Medeiros |
Leandro E Carneiro |
José Renato dos Anjos |
Eder M S Souza |
João Bakk Jr |
Manoel F Neto |
José Rodrigues Calaça |
Edvaldo N Duarte |
Juliana de S Xavier |
Marcelo Gushikem |
Josival Antonio Silva |
Flavia R P Oliveira |
Guilherme R Fernandes |
Jackson M Souza |
Jéssica A F Dias |
Jorge A de Oliveira |
Juliana dos Anjos O |
Katia Regina de Souza |
Liliane L Custódio |
Luciana S Gomes |
Manuela G Ferreira |
Maria Clara Zuppardo |
Mauro R Silva |
Melissa Y Campos |
Nicholas Shigute R O |
Priscila Regina O Lima |
Rodrigo P Inacio |
Rosana C F Galindo |
Thiago Morais da Silva |
Valéria F Rodrigues |
Vinicius R Rodrigues |
Wanderson F Silva |
Washingtown S Santos |
William Cassimiro |
Tabela 2: Graduandos de Engenharia Elétrica, Ambiental e de produção que desenvolveram o projeto.
Fevereiro: levantamento bibliográfico e início da coleta de óleo (comum a todas as Engenharias) |
Março:desenvolvimento do fluxo do processo e moldes (Engenharia de Produção), início do processo de confecção do sabão (Engenharia Ambiental) e Início do Projeto de confecção das esteiras de corte (Engenharia Elétrica). |
Abril: Término do processo de confecção do sabão e análise química de PH.(Engenharia Ambiental). |
Maio: Entrega das matrizes de sabão para a Engenharia Elétrica e início do Processo de corte. Distribuição de amostras para análise de qualidade e satisfação do consumidor (Engenharia de Produção). |
Junho: Exposição na I Semana de Meio Ambiente e Sustentabilidade Estácio e doação das pedras de sabão para a comunidade local. |
Tabela 3: Cronograma contendo as etapas de desenvolvimento do projeto.
Para a confecção do trabalho, a equipe utilizou recursos financeiros próprios e também pudemos contar com o apoio de várias empresas que fizeram doações de componentes para a confecção das esteiras de corte automatizadas.
RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS
Após todo o processo de confecção e corte anteriormente descritos, foram obtidas 2047 pedras de sabão, cujo formato e aspecto físico podem ser vistos na Figura 4.
Figura 4: Pedras de sabão obtidas com a reutilização do óleo vegetal (óleo de cozinha).
Através de análises de PH, feitas pelos graduandos de Engenharia Ambiental, o resultado para tal medida revelou valores entre 6,8 e 7,2, o que indica o caráter neutro do produto.
A pesquisa de qualidade em relação ao tamanho das pedras, conformidade de superfície e densidade, feita pelos graduandos de Engenharia de Produção, revelou que as amostras encontravam-se dentro dos padrões de conformidade e por isso, os lotes foram aprovados e liberados para a pesquisa de satisfação do consumidor.
Para tanto, foram escolhidas, aleatoriamente, 100 membros da comunidade local, que recebiam em suas casas uma ficha cadastral, utilizavam uma amostra do produto por um período de 07 dias e preenchiam uma ficha com a avaliação de satisfação.
Os itens analisados foram: consistência, rendimento, poder desengordurante, aspecto físico, reação alérgica e odor.
A pesquisa de satisfação revelou que o produto obteve conceito entre muito bom e ótimo nos itens consistência, rendimento, poder desengordurante, aspecto físico e odor. Em 2% dos entrevistados houve reação alérgica. Os resultados foram bastantes satisfatórios e incentivadores.
Ao passo que os graduando iam até a casa das pessoas, além da conscientização ambiental, faziam o convite para o morador ir até o campus em um determinado dia, já que todas as pedras seriam doadas para a comunidade na I Semana de Meio Ambiente e Sustentabilidade Estácio.
O projeto causou grande impacto não só na comunidade local, mas também em outros cursos, já que despertou o interesse geral e várias perguntas sobre a forma de confecção do produto.
No dia da apresentação, foi montado um stand que continha, respectivamente, um organograma com o processo de fabricação detalhadamente explicado em forma de painel (que foi replicado em um informativo e distribuído aos presentes no local), as duas esteiras automatizadas de corte, que faziam o processo em tempo real e também uma mesa contendo as pedras de sabão embaladas e com a receita dentro, para a distribuição. O visitante então, caminhava pelos 03 cursos coletando informações de todo o processo e vendo a linha real de produção que foi montada. Logo após, o mesmo recebia a informação de que, se o produto fosse vendido no mercado, custaria cerca de 60% do valor dos oferecidos e também que este projeto preservou água suficiente para abastecer 1600 pessoas durante 15 dias, já que 1L de óleo descartado indevidamente é responsável pela contaminação de 20L de água.
Com este trabalho, esperamos contribuir para a conscientização ambiental e mostrar a todos que é possível reduzir, reciclar e reutilizar muitos materiais e contribuir para a sustentabilidade de gerações futuras, independentemente da área de atuação dos envolvidos.
RISCOS E DIFICULDADES
As principais dificuldades e riscos enfrentados neste trabalho foram:
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Convencer os alunos a formarem uma equipe com outras turmas e outra unidade, pois eles não se conheciam e tinham receio de que o trabalho não daria certo.
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Conseguir a contribuição com o óleo por parte de bares, empresas e donas de casa, pois muitas pessoas já compram óleo usado.
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Conduzir o trabalho em paralelo e inter unidades, depositando todas as expectativas exclusivamente na competência dos graduandos envolvidos, sendo que a qualquer momento algum curso poderia não acertar algum processo, acarretando no fracasso do projeto.
Porém, todos eles foram superados espetacularmente pela equipe de uma forma geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] MAIMON, D. Passaporte verde: gestão ambiental e competitividade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996.
[2] RIGHETTI, C. C. Et al Estratégias de Gestão Ambiental nas empresas: um estudo de caso sobre o papel reciclado. In: ENAMPAD, 29., 2005, Curitiba. Anais…Brasília:ANPAD, 2005. CD ROOM.
[3] VALLE, C. E. Qualidade Ambiental: O desafio de ser competitivo protegendo o meio ambiente.
São Paulo: Pioneira, 1995.
[4] ALLINGER, N. L. Química Orgânica. Segunda Edição, Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1976.
EcoDebate, 23/03/2012
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Achei curioso que isto tenha sido pesquisa de universítários. É uma prática comum entre as mulheres pobres, fazer sabão em casa. Eu mesma já fiz e tenho ´muitas receitas. O difícil será convencer as pessoas de classe média e pobre a deixar o uso de detergente e passar para sabão em pedra. Na minha casa tem sido difícil. Fazemos o sabão mas as pessoas usam detergente. Só duas usamos o sabão que é feito com esta mesma receita que vocês apresentam.
Na verdade, o maior desafio inicialmente, era simular uma linha de produção envolvendo os diferentes segmentos da Engenharia, pois é o que ocorre nas empresas no dia a dia.
Então pensamos no sabão como sendo um produto a ser fabricado, para poder dar um cunho social e ambiental ao projeto. A atual situação do mundo em relação a catastrofes ambientais causadas pela ação humana já atinge todas as classes sociais. Abs
Achei o projeto MUITO INTERESSANTE e CONSISTENTE. Realmente do ponto de vista superficial, parace bem simples e corriqueiro, porém quando se constrói um projeto aplicando ferramentas de gestão como metodologia KAIZEN (projeto) ou ciclo de PDCA, os resultado passam a ser consistentes, robustos e gestionáveis.
Muito Bacana!!! Parabéns a todos que se dedicaram…
Parabéns Prof Amanda,
por mais este feito..apesar de todas as dificuldades que nós todos enfrentamos o reconhecimento é satisfatorio neste momento.
Beijos
Muito bom projeto. porém fico com o que a carmen disse. O “CONVENCER” se tornou uma tarefa dificil uma vez que a mídia-o maior meio de des-comunicação popular, nunca irá fazer um grande trabalho nesse sentido. Não faço sabão em casa mas aqui em minha familia fazem e usamos todos. Ja em 1998 num inicio de organização de mulheres na cidade de Barbacena,MG fizemos um lindo e muito bom sabão utilizando como matéria prima os sacos de leite. Era um sucesso! Uma festa à noite nas casas.Vai ai uma dica a mais.