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Artigo

O Estado de Conservação do Palmito Juçara (Euterpe edulis Martius), em áreas de Mata Atlântica no Estado de São Paulo


O Estado de Conservação do Palmito Juçara (Euterpe edulis Martius), em áreas de Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

Andréa Christine Oliveira Andrade (Andrea.christine@uol.com.br)

Alexandre Marques (alexxandre_sp@hotmail.com)

José Renato dos Anjos (renatoanjosj@yahoo.com.br)

Tony masser (masseradi@ig.com.br)

Orientador: Profº. Marcelo Eloy Fernandes

Pós graduação Engenharia Ambiental UNINOVE

Resumo

O presente trabalho apresenta a família das palmeiras em especial 3 gêneros: Juçara (Euterpe edulis Mart.), Açaí (Euterpeoleracea Mart.) e Pupunha (Bactrisgasipares Mart). O enfoque foi maior no Juçara, pois é o segundo maior produto não madeirável mais explorado da Mata Atlântica,e está classificado na lista do IBAMA como espécie em perigo de extinção.

Por meio de entrevistas com 150 consumidores, 10 restaurantes e nas 3 Unidades de Conservação tentou-se mostrar o quanto é consumido esse palmito no Município de São Paulo, qual é o critério de compra, que critério é seguido para o consumo, qual o tipo de palmito é mais consumido, se a renda do consumidor induz na hora da escolha do palmito.

Por meio de gráficos avaliamos os resultados das entrevistas, demonstrando que 60% dos entrevistados (consumidores – pessoa física) consomem palmito quando vai ao restaurante, o fator determinante pelo consumo do palmito nos restaurantes se dá pela qualidade (60%), 46% dos consumidores conhecem o Palmito Juçara e 53% conhecem leis de proteção do Palmito Juçara por meio da mídia. Outro gráfico mostra que 94% dos consumidores consomem palmito pelo menos uma vez por mês, possuem renda mensal entre R$ 500,00 a 2.000,00 e 51% na hora da compra usa o critério “qualidade”.

Para tanto, concluiu-se que para melhorar a situação do Palmito Juçara, deve haver um maior investimento por parte do governo nas Unidades de Conservação e/ou Particulares, podendo fazer uma maior divulgação sobre a problemática do Palmito Juçara no Município de São Paulo, pois os 43% dos consumidores do palmito não sabem de leis de proteção ao palmito e o aumento na fiscalização nas indústrias do palmito e nos restaurantes forçando-os a comprar palmito só de Unidades de Conservação. Isto é apenas um início, mas há necessidade de projetos voltados principalmente a educação da população para manutenção dos recursos naturais.

Palavras-chave: Palmito Juçara, Conservação do palmito, Unidades de Conservação.

Abstract

This paper presents the palmetto family in particular three genera: Juçara (Euterpe edulis Mart.) Acai (Euterpe oleracea Mart.) and Peach palm (Bactris gasipares Mart). The focus was more on Juçara because it is the second largest product madeirável not further explored the Florest Atlantic, and is ranked as the IBAMA list of endangered species.

Through interviews with 150 consumers, 10 restaurants and three conservation units attempted to show how this palmetto is consumed in São Paulo, which is the buying criterion, that criterion is followed for consumption, what kind palm is more consumed, the consumer income leads when the choice of the palmetto.

Through charts evaluated the results of the interviews, showing that 60% of respondents (consumers – individual) consume palmetto when going to the restaurant, the determining factor for the consumption of palm in restaurants is by quality (60%), 46% of consumers know the palmetto Juçara and 53% were aware of laws protecting the palmetto Juçara through the media. Another chart shows that 94% of consumers consume palmetto at least once a month, have an income between $ 500.00 to 2000.00 and 51% at time of purchase using the criterion “quality “.

To this end, we concluded that to improve the situation of palmetto Juçara, there should be a greater investment by government in the Conservation Units and / or private and can make more disclosure on the issue of palmetto Juçara  in São Paulo, because 43% of the palm of consumers are unaware of laws protecting the palmetto and increased surveillance in the industries of palm and restaurants forcing them to buy only palm of Conservation. This is only a beginning but no need for projects aimed primarily at educating the population to maintain natural resources.:

 

Keywords: palmetto Juçara, conservationof thepalmetto,conservation units.

1.INTRODUÇÃO

A família Arecaceae (Palmae), é essencialmente tropical na sua distribuição e tem uma enorme importância econômica pela grande variedade de produtos que são utilizados pelo homem na forma de alimentos, ceras, óleos, vinhos, madeira, paisagismo de ruas, praças e residências.

Aspalmeiras são plantas de folhas pinadas ou palmadas com pecíolos longos, estipe geralmente lenhoso, simples ou ocasionalmente ramificado, freqüentemente com espinhos, ás vezes com caule subterrâneo, raramente lianas ou trepadeiras. Inflorescência do tipo espádice composto, subtendido por uma bráctea, cuja função original é proteger a inflorescência ou as flores em desenvolvimento, que são desenvolvidas em forma de quilhas (espata) e são na sua maior parte lenhosas. As flores são geralmente numerosas, pequenas, sésseis, de modo geral unissexuadas, androceu com seis estames e ogineceu apresenta ovário súpero. Fruto seco ou carnoso, indeiscentee geralmente com uma única semente. (SOUZA & LORENZI, 2005; JOLY, 2002).

Praticamente todas as palmeiras possuem potencial ornamental, masalgumassãoutilizadas exclusivamenteparaestefim como as Palmeiras-de-leque, (Livistona spp),as Palmeiras-de-saia (Washingtonia folifera), as Palmeiras-rabo-de-peixe (Caryota spp.), as Palmeiras-Reais ou Imperiais (Roystonea spp.) e as Tamareiras (Phoenix spp.). Da Carnaúba (Copernicia prunifera Mart.), retira-se das folhas a cera, e do Babaçu (Attalea speciosa Mart.), obtêm-se o óleo das sementes, ambos amplamente utilizados na indústria (SOUZA & LORENZI, 2005; JOLY, 2002).

Entre as palmeiras utilizadas na alimentação destaca-se o coqueiro da Bahia (Cocos nucifera), cujo frutoimaturo (coco-verde) obtém-se o endosperma liquido muito utilizado nas cidades litorâneas como bebida refrescante e os frutos maduros (coco-seco) obtém-se o endosperma sólido que, uma vez triturado, são utilizados na culinária especialmente em doces. O Dendê (Elaeis guineensis Mart.), fornece o óleo-de-dendê, ingrediente básico de pratos típicos da região nordeste. O Pupunha (Bactris gasipares Mart.), possui fruto comestível e seu palmito têmumaboa aceitação no mercado (SOUZA & LORENZI, 2005; JOLY, 2002).

O Pupunha é uma espécie cultivada em regiões de solo bem drenado e com elevadas precipitações e tendo como principal característica a formação de estipes por brotamento. É possível cortá-la para extração por volta de dois anos. Quando as pupunheiras são adubadas, este período pode ser reduzido para um ano. Atualmente, essa espécie está se tornando uma fonte alternativa de palmito industrializado, na tentativa de redução da exploração do palmito Juçara (Euterpe edulis Mart) (RODRIGUES & DURIGAM, 2007).

Outra espécie que também pode ser utilizada para a comercialização do palmito é o Açaí (Euterpeoleracea Mart.), extrai-se o vinho-de-açaí e sua polpa é muito utilizada em sucos e sorvetes (RIZZINI & MORS, 2002).

O Açaí é uma planta endêmica da região amazônica. Possui como principal característica são seus estipes que se aglomeram em forma de touceiras, possibilitando uma melhor exploração de palmito e frutos, com possibilidade de aproveitamento para a produção de celulose para a fabricação de papel. (COSTA & SOUSA, 1973).

Outra espécie de destaque é o Juçara (Euterpeedulis Mart.), cujo meristema(palmito) é amplamente utilizado na alimentação. (SOUZA & LORENZI, 2005).

O palmito Juçara ocorre no domínio de Florestas Tropicais (REIS et al., 2000), amplamente distribuídos geograficamente e por habitarem regiões tropicais necessitam de clima quente e úmido e com alta taxa de pluviosidade. Apresentam curto ciclo de vida, estão posicionados no estrato médio da floresta, uma vez que necessitam de sombra para seu desenvolvimento, solo úmido e com extensa camada de matéria orgânica em decomposição, além de uma forte interação com a fauna, uma vez que na época de inverno as outras espécies vegetais estão sobre o estresse hídrico, ou seja, período de seca e não frutificam, ao contrário do Juçara que proporciona as espécies animais como tucanos, tatus, capivaras,sabias, esquilos, antas,periquitos, macacos entre outros, uma fonte de alimento neste período. (CARVALHO, 1993; REIS & GUERRA, 1999; TUZINO, 2005).

Para o cultivo de E. edulis, recomenda-se o plantio em áreas onde já ocorram indivíduos da mesma espécie com o sistema de semeadura direta, consórcio com outras espécies e o remanejamento de mudas formadas em viveiros. Após seu desenvolvimento necessita de sole demora de oito a doze anos para alcançar o tamanho comercial, produz cerca de 100 kg de fruto. O corte é recomendado após a primeira floração, que ocorre durante a primavera. (TUZINO, 2005).

Atualmente o palmito Juçara é um dos produtos mais explorados na Mata Atlântica (REIS & GUERRA, 1999), devido ao valor econômico como alimento e em virtude disto, sofre intenso extrativismo. Essa exploração contribui para a degradação do meio ambiente e tornou-se um fator de preocupação para a preservação da espécie, uma vez que não há rebrota, pois apresenta um único estipe, não formando touceira o que torna incapaz de produzir perfilho acarretando na morte da planta após o corte para extração do palmito. (MORTARA e VALERIANO, 2001).

Para que o palmito continue a existir e seja fonte renovável de riqueza, devem-se conhecer as orientações legais voltadas á preservação, extração e alternativas de industrialização para a espécie. Torna-se também necessário intensificar a preocupação com a reposição da espécie por meio de replantio e hibridação, uma vez que a preservação do palmito Juçara está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica.

Por lei, a atividade de corte do palmito só e permitida em áreas de manejo sustentável (Anexo 1), uma vez que, a referida espécie vegetal está na lista da Secretária do Estado do Meio Ambiente como vulnerável a extinção. Em decorrência desta vulnerabilidade, instituiu-se o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza regulamentado pelo decreto nº 4.340, de 22-08-20021.

A defesa do meio ambiente, segundo a Constituição Federal, Capitulo VI – Do Meio Ambiente, Artigo 225, depende da ação conjunta do Poder Público e do povo, garantindo assim o direito a uma qualidade de vida sadia para todos e a preservação para as atuais e futuras gerações. A criação destas Unidades de Conservação tem como objetivo diminuir a destruição dos ecossistemas no Brasil, pois são áreas geográficas destinadas a preservação dos recursos naturais.

Além disso,as reservas incentivam apesquisa científica,favorece condições para a educação  e proporcionama recreação com a natureza o qual chamamos EcoTurismo2,tornando-se uma nova fonte de renda das áreas florestadas e desempenhando um papel ecológico fundamental no ecossistema (REIS & GUERRA, 1999), dessa forma, evitar-se o risco de extinção da espécie em seu estado natural (PEREIRA, 2000).

Para tanto, a comercialização do palmito Juçara deve ter procedência de área manejada conforme a legislação vigente especifica para a espécie, e devidamente licenciada pela Agência Ambiental competente.

O Estado de São Paulo foi o primeiro a apresentar uma legislação especifica para o manejo sustentável do palmito, que estabelece os requisitos necessários para plantio e cultivo da espécie, através de uma Resolução da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA), em 1994. Pouco depois os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul criaram leis que garantam a preservação da espécie (TUZINO, 2005).

O presente trabalho teve como objetivo principal, avaliar o grau de conservação do palmito Juçara em diferentes Unidades de Conservação, localizadas em áreas de Mata Atlântica no Estado de São Paulo. Procurou-se também avaliar o grau de consumo deste alimento por restaurantes e pela população, e as formas de controle utilizadas na tentativa de conservação da espécie. Considerando a existência de fontes alternativas de palmito, como o Açaí e o Pupunha avaliaram-se também o grau de aceitação destes alimentos pelos consumidores.

2Material e Método

O presente projeto apresentou as seguintes estratégias:

2.1. Visita ás Unidades de Conservação.

Na lista abaixo é encontrado os endereços das Unidades de Conservação visitadas e/ou informações fornecida via e-mail.

Lista1 – Endereços e responsáveis pelas Unidades de Conservação do Estado de São Paulo.

1 e 2 http://www.ibot.sp.gov.br/legislacao/legislacao.ht

 

Unidade de Conservação

Localização

Função do entrevistado

Aldeia Tenonde Porá (Morro da Saudade)

Estrada João Lang, 153 Barragem – Parelheiros São Paulo

Morador

Chácara Mágica

R. Clementino Afonso, 260 – Granja Viana. São Paulo

Proprietário

Reserva Florestal Morro Grande

Estrada do Morro Grande Km 42,6 – Cotia São Paulo

Encarregado da Reserva e dos Recursos Hídricos.

Reserva Particular do Patrimônio Natural de Tapiraí RPPN

Estrada TPR km 15 – Serra Negra dos Caetanos.

Tapiraí – São Paulo.

Gerente

2.2. Entrevista destinada aos restaurantes:

As entrevistas foram realizadas no período de Junho e Julho de 2008, em 10 restaurantes da cidade, ocorreram desde bairros nobres como: Itaim, Morumbi e Bela vista, até bairros da periferia como: Santo Amaro (Anexo 2).

2.3.Entrevista destinada ao público.

Foram entrevistadas 150 pessoas, no período entre Junho e Julho de 2008, principalmente nas regiões da 25 de Março, Praça da Sé e Mercado da Cantareira, todos localizados no centro da Cidade de São Paulo. Participaram da pesquisa, pessoas com idade igual e/ou superior a 21 anos, ambos os sexos, independente do grau de escolaridade, renda ou classe social, residentes no Estado de São Paulo e que aceitaram a divulgação dos dados, por elas apresentados como parte do projeto aqui citado. Não foi exigido algum tipo de conhecimento do assunto.

A pesquisa não foi computada a partir do momento em que as pessoas abordadas, não aceitaram a divulgação dos seus dados , com idade inferior a 21 anos e que não residiam no Estado de São Paulo (Anexo 3).

3 Resultados e Discussão

Com exceção da Reserva Particular do Patrimônio Natural de Tapiraí – RPPN, onde não foi possível o agendamento de uma visita antes do término deste trabalho, e as informações foram gentilmente fornecidas via e-mail. Todas as demais unidades foram visitadas pessoalmente, de acordo com a disponibilidade de datas e atendimento dos entrevistados.

3.1 Unidades de Conservação

O cultivo de palmeira para extração de palmito no Estado de São Paulo, está disseminado por todas as regiões de clima quente, embora faltem informações conclusivas, há projetos importantes nas regiões de Ilha Solteira, Avaré e no Vale do Ribeira, sendo esta a região mais importante em termos de lavouras plantadas e agroindústrias em funcionamento. Predominam largamente as lavouras de Pupunha, mas há lavouras de Palmeira Real, Palmeira hibrida de Juçara e Açaí, porém a tendência é ter o palmito Pupunha como produto principal ou exclusivo (RODRIGUES & DURIGAM 2007).

3.1.1 Parelheiros

De acordo com a prefeitura a Aldeia Guarani Tokoa Tenonde Porá localizada no Morro da Saudade ou Barragem, região de Parelheiros, zona sul de São Paulo, foi criada pelo decreto 942232/1987 e abriga famílias Guaranis do tronco lingüístico Tupi Guarani. Constituída por aproximadamente 160 famílias, com mais de 900 habitantes e média de 5 ou 6 filhos por casal. A aldeia possui duas escolas, casas construídas pelo CDHU, e vivem basicamente do turismo, da venda de artesanatos e doações, além de contar com o apoio de órgãos como a Funasa, serviços médicos e odontológicos devoluntários. Como uma fonte de renda alternativa e também de preservação do palmito, a cerca de dois anos os moradores, criaram viveiros e vêm produzindo mudas de forma simples e artesanal, que serão vendidas para visitantes e em feiras livres. Atualmente podem ser encontrados, cerca de cinco mil pés de palmito Juçara na aldeia, que só após atingirem o tamanho ideal para o corte, serão consumidos ou comercializados.

3.1.2 Granja Viana

A “Chácara Mágica” está localizada perto do km 23 da Raposa Tavares, possui 10.000 km², dois lagos, mais de três nascentes de água, incontáveis tipos de árvores, flores e as palmeiras especialmente a Juçara, Açaí e Pupunha.

A maioria das palmeiras aqui encontrada é a Juçara por ser uma espécie nativa da região e devido aos impactos que a falta desta, pode causar ao meio ambiente, para tanto foram doadas mais de 13.000 mudas dessa espécie e as pessoas que recebem esta doação assinam um termo de responsabilidade se comprometendo a plantar e cuidar da palmeira até ela atingir a fase adulta.

O proprietário não recebe ajuda financeira de nenhum Órgão Governamental ou de qualquer outra Instituição, conta somente com a mão-de-obra de um funcionário que ajuda no cultivo das palmeiras. Ele recebe qualquer pessoa ou entidade que queira saber um pouco mais sobre seu trabalho com as palmeiras ou sobre sua própria experiência de vida, devido ser um grande conhecedor de botânica.

Outro ponto importante a salientar é o sistema de irrigação e método de plantio das mudas que de modo geral, são retangulares e neste são circulares para que as mudas recebam água uniformemente.

Esse sistema de irrigação foi adaptado das lavouras cafeeiras.

3.1.3 Morro Grande

A sede da Sabesp, que fica localizada no Município de Cotia, possui área de 10.600 Km2, uma ramificação da Mata Atlântica que abrange dois mananciais de água, a Reserva Florestal Morro Grande, além de uma estação de tratamento de água, onde diariamente são tratados 1.100 litros de água por segundo que abastece Vargem Grande, Embú das Artes, Embú Guaçu, Itapecerica da Serra, parte de Cotia e Itapevi. A Sabesp juntamente com colégios públicos e particulares desenvolve um trabalho de divulgação do meio ambiente, para sensibilizar os alunos sobre a importância de preservar os recursos naturais. Na Reserva Florestal podem ser encontradas mais de 60 mil mudas, produzidas em estufa no próprio local e mais de 90 espécies diferentes, entre elas destacam-se: Cambuí, Jequitibá, Bambu e palmito Juçara todas nativas da região. Atualmente em algumas áreas é feito um trabalho de dispersão da semente do palmito Juçara, trabalho este que consiste em distribuir sementes em espaços aleatórios como uma “chuva de sementes” e os resultados obtidos até agora são melhores do que os obtidos com o reflorestamento da espécie. Devido ao saque, os palmitos prontos para o corte, só podem ser encontrados em áreas de difícil acesso. Todas as mudas produzidas na reserva são destinadas a trabalhos de compensação do meio ambiente nas próprias unidades da Sabesp.

3.1.4 Reserva Particular do Patrimônio Natural de Tapiraí

  A Fazenda Multiambiental localizada entre os rios Belchior e Verde está situada no Município de Tapiraí (SP), á 135 km de São Paulo. Apresenta grande abundância de nascentes e faz parte da Bacia Hidrográfica do rio Ribeira do Iguape.

Encontra-se na fazenda diversas trilhas, uma represa, uma cachoeira, piscina natural, um mirante de 700 metros de altitude e uma gruta com três salões.

A Multiambiental tem uma grande capacidade de produção de sementes. Possui cerca de 2.600 plantas (Euterpeedulis Mart.) já em fase de corte, além de 50 mil mudas em um só hectare.

A fazenda Multiambiental foi à primeira fazenda particular com vegetação de Mata Atlântica a desenvolver e implantar a técnica de manejo sustentado do palmito Juçara. Depois deste projeto reuniram-se esforços para preservar as regiões intocadas de Mata Atlântica e recuperar os trechos devastados. O maior objetivo é de preservar, para tanto em 1999 foi doado parte de sua área em caráter perpétuo para a União, Criando-se assim Reserva Particular do Patrimônio Natural Multiambiental.

3.2 Restaurantes

O consumo de palmito em geral nos restaurantes entrevistados de grande porte, incide em uma alta taxa de (60%) em grandes quantidades, e nos restaurantes entrevistados de pequeno e médio porte a taxa incide em (40%) em forma moderadas e pequenas quantidades somadas (gráfico 1). Os restaurantes onde o consumo é maior, geralmente utilizam apenas o Palmito Juçara, sendo este uma forma de atrativo em seu cardápio ou a pedido dos clientes. O palmito é garantia de satisfação e mantém a clientela, por ser um produto considerado nobre e de excelente sabor.

A aquisição do produto é feito por meio de fornecedores no caso dos grandes restaurantes, que mostram desconhecerem a procedência do palmito, já os de menor consumo adquirem em mercados e mercearias.

O mercado da cidade de São Paulo é composto por consumidores exigentes e de maior consumo percapita depalmito do país, portanto muito disputado pelos fornecedores. A comercialização do palmito na forma in natura em São Paulo ocorre em alta escala, falta, entretanto resolver grandes problemas como logística, custo de distribuição, embalagem, conservação e escala de fornecimento, etc.(RODRIGUES e DURIGAM, 2007).

gráfico 1

Gráfico 1: O consumo de palmitos em relação ao porte dos restaurantes no Município de São Paulo.

O fator determinante de consumo do palmito nos restaurantes se dá pela qualidade (60%), preço (30%) e pelo cliente (10%) (gráfico 2). Sendo que a clientela é mais exigente, nos restaurantes onde o consumo é feito em grandes quantidades, o cliente sempre preza pelo bom atendimento e pela qualidade. Em 50% dos casos o palmito a ser utilizado é determinado pelo cliente, nos restaurantes onde o consumo é considerado “grande”. De modo geral, 50% dos restaurantes determinam o tipo de palmito que irão consumir, porém nos restaurante que são considerados “pequenos” e “médios”, o fator determinante para o tipo de palmito a ser consumido geralmente é o valor, ou seja, o mais barato, que também é estabelecido pelo restaurante.

gráfico 2

Gráfico 2: Fator que leva ao consumo de palmito em estabelecimentos comerciais no Município de São Paulo.

Os entrevistados relataram conhecer algumas espécies de palmito, entre os entrevistados 46% conhecem o Juçara, 27% Açaí e 27% Pupunha (gráfico 3). Foi avaliado também grau de conhecimento sobre leis de proteção ao palmito, e o resultado apontou que 50% conhecem e 50% desconhecem. Este conhecimento possivelmente se deve por conta da mídia onde 40% dos entrevistados já viram algo relacionado ao palmito, e 60% nunca viram nada ou apenas não lembraram.

gráfico 3

Gráfico 3 : Conhecimento dos principais tipos de palmito pelos restaurantes no Município de São Paulo.

3.3 Consumidores

Conforme pesquisa realizada, 94% dos entrevistados consomem palmito e 6% não consomem. O conhecimento sobre leis de proteção ao palmito não são levadas em consideração na hora da compra. A maior parte dos entrevistados que consomem palmito pelo menos uma vez por mês, possui renda mensal entre R$ 500,00 a 2.000,00 (gráfico 4). Muitos entrevistados relataram que devido ao preço, substituem o palmito por perecíveis mais baratos como: azeitona, aspargo ou cogumelo. De acordo com o aumento do poder aquisitivo e a idade dos entrevistados a qualidade e a marca passam a ser critério de compra e o consumo aumenta de moderado para mais freqüente. Ainda segundo os entrevistados a maior preocupação na hora de consumir o palmito é a intoxicação alimentar causada pelo botulismo, ou outras doenças.

gráfico 4

Gráfico 4: Relação entre o poder aquisitivo e o consumo de palmito pelos entrevistados.

Quando abordados sobre os critérios utilizados para a compra do palmito, os entrevistados relataram que adquirem pela qualidade (51%) que consiste na cor da água, embalagem, validade, aparência dos toletes, preço (36%) e marca (13%) (gráfico 5). Os entrevistados considerados os maiores consumidores de palmito estão na faixa etária de 26 a 50 anos e o poder aquisitivo entre R$ 500,00 a 2.000,00/mês, sendo no quesito marca o poder aquisitivo fica entre R$ 1.001,00 a 2.000,00/mês. Outro fator avaliado foi a regionalidade (Centro, Zona Sul, Leste, Oeste e Norte), da cidade de São Paulo. Para os residentes da Zona Sul, Oeste e Centro, o principal fator apontado para o consumo foi à qualidade, seguido pelo preço e a marca, já na Zona Leste o preço foi o mais relevante, seguido da qualidade e da marca. Provavelmente este acontecimento se deve ao baixo poder aquisitivo dos entrevistados residentes na região. A Zona Norte houve praticamente um empate entre qualidade e preço, neste caso o poder aquisitivo não teve relevância e sim a preferência dos entrevistados.

As principais formas de consumo do palmito estão, entre saladas (46%), tortas (24%), pastéis (14%) e outros (16%).

gráfico 5

Gráfico 5: Fatores levados em consideração para o consumo do palmito pelos entrevistados.

O palmito Juçara teve um índice maior de consumo, seguido dos palmitos obtidos a partir da Pupunha, Açaí e da Palmeira Real em menor escala (gráfico 6). De modo geral, os entrevistados têm noção da existência de alguma espécie de palmito. Sendo o Juçara o mais conhecido, por ser o pioneiro no consumo, o restante dos entrevistados não lembram ou apenas associam marca com tipo de palmito que consomem.

O conhecimento de outras espécies de palmito é promovido pela indústria do palmito que coloca a disposição em suas revendas outras espécies para consumo. Contudo devem seguir a legislação vigente sobre extração do palmito em grande escala, buscando novas alternativas sem afetar a qualidade e produtividade. Além da indústria, a escolaridade do entrevistado é levada em consideração, quanto maior o nível escolar, maior as oportunidades e acesso as informações. Cerca de 53% dos entrevistados conhecem leis de proteção ao palmito, 47% desconhecem qualquer legislação, possivelmente este conhecimento de dê pela mídia televisiva e escrita em forma de documentários sobre botulismo e desmatamento, sendo a mídia televisiva um veículo de grande impacto sobre a população. Apenas 37% dos entrevistados afirmam ter visto algum comentário sobre o assunto, enquanto que 63% desconhecem qualquer assunto veiculado sobre o tema.

gráfico 6

Gráfico 6: Conhecimento dos principais tipos de palmitos por parte dos entrevistados.

4 Conclusão

Os resultados obtidos através de pesquisas realizadas nas Unidades de Conservação demonstraram que o palmito Juçara foi utilizado de formas diferentes, seja para recuperação ambiental ou como uma fonte de renda sustentável. De maneira geral, faltam mais recursos para incentivo de projetos que desenvolvam atividades voltadas á divulgação para preservação de espécies ameaçadas de extinção nesses locais.

A existência de leis que estabeleçam normas de exploração ao palmito Juçara, não impede a ilegalidade que ainda é grande, devido aquele que vive da extração clandestina que possivelmente é a sua maior fonte de renda. A criação de fontes de renda alternativa ou programas de governo com planos de incentivo a pequenos produtores e para essas pessoas, pode diminuir a exploração sem um manejo sustentado do palmito Juçara. O conhecimento de outras espécies de palmito é promovido pela indústria, pela mídia que por sua vez possui um grande impacto na sociedade, principalmente as de menor poder aquisitivo, sendo um dos principais meios para propagação em massa do conhecimento, poderiam ser abordados assuntos que possam ajudar na preservação dos recursos naturais.

Uma maior fiscalização no palmito industrializado que abastece os comércios da cidade também seria uma das possíveis soluções para diminuir a comercialização continua e ilegal da espécie (Palmito Juçara), bem como a recusa da população em adquirir o palmito na forma in natura como acontece hoje nas feiras livres, e o questionamento sobre a procedência do palmito que ela consome nos estabelecimentos comerciais que freqüenta. A preferência inicial do consumidor é pelo Palmito Juçara que nem sempre é consumido por causa do preço. A possível origem ilegal do produto não incomoda os compradores que visam quase sempre apenas à qualidade e o consumo.

As pupunheiras são consideradas uma boa alternativa em resposta a exploração do Juçara, já que é possível cortá-las para extração por volta de dois anos e ter uma nova rebrota, o seu palmito é considerado de excelente qualidade, assim como o plantio do palmito Juçara consorciado com outras espécies como o Açaí por exemplo .

As Unidades de Conservação tentam proteger como podem, pois a falta de incentivos, leis mais rígidas e recursos dificultam este trabalho, proporcionando uma abertura para a extração ilegal. No entanto o consumo continua ocorrendo, seja por falta de desconhecimento ou por busca de qualidade, tanto por parte dos restaurantes como por parte dos consumidores.

Anexo 1

Resolução SMA Nº 16 DE 16 DE MAIO DE 1994

Estabelece normas para exploração da palmeira Juçara (Euterpe edulis) no Estado de São Paulo.

O Secretário do Meio Ambiente, considerando a necessidade ser regulamentado o manejo sustentado da palmeira Juçara (Euterpe edulis) no Estado de São Paulo, e com fundamento no Art.225, inciso 1, da Constituição Federal; no art. 14, alínea “a”, da Lei Federal nº 4.771/65 (Código Florestal); alterado pela Lei Federal nº 7.803/89; e no art. 2º do Decreto Federal nº 750/93, resolve:

Art. 1º. A exploração da palmeira da espécie Euterpe edulis, nativa ou implantada, está acondicionada à previa autorização do Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN.

Art. 2º. O Plano de Manejo Sustentado constitui instrumento indispensável para a exploração da palmeira Juçara em áreas cobertas por vegetação primária nos estágios médios e avançado de regeneração no Estado de São Paulo.

Parágrafo único. Nas áreas citadas neste artigo, não é permitido o desenvolvimento de atividades que visem a supressão de vegetação nativa de qualquer porte, tais como roçadas e bosqueamentos.

Art. 3º. O Plano de Manejo Sustentado da Palmeira Juçara deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

I. Planta planialtimétrica do imóvel em escala não inferior a 1:10:000, onde estejam descritas pelo menos a rede hidrográfica, principais estradas e acessos, benfeitorias, confrontantes, fisionomia vegetal predominante e localização das parcelas amostrais permanentes.

II. Estimativa do número de palmeiras com altura superior a 1,3 m., distribuídas em classes de DAP de 2 cm.

III. Estimativa do número de palmeiras com altura inferior a 1,3 m., distribuídas nas seguintes de altura: 0 _ 10 cm, >10 _ 50 cm e >50 _ 130 cm.

IV. Fenologia dos indivíduos adultos, informando principalmente tratar-se ou não de matrizes.

V. Planilha de dados de campo.

VI. Lay-out das parcelas amostrais permanentes, situando os indivíduos adultos levantados, inclusive matrizes.

VII. Data da coleta de dados.

1. A estimativa de que trata o inciso II deverá ser obtida em parcelas permanentes, com dimensão mínima de 20 x 30m., perfeita e visivelmente demarcadas em campo, em número suficiente para caracterizar a população de palmeiras, devidamente comprovado através do cálculo da intensidade amostral.

2. A estimativa de que trata a o inciso III deverá ser obtida em sub-parcelas permanentes. A imensão das sub-parcelas deverá representar no mínimo 7% da parcela permanente.

3. As estimativas de que tratam os incisos II e III poderão admitir erro máximo de 20% com probabilidade de 95% de confiança.

Art. 4º. O Plano de manejo Sustentado deverá prever:

I. Manutenção de, no mínimo, 50 palmeiras por hectare, em fase de frutificação (matrizes), perfeitamente identificadas e distribuídas o mais homogeneamente possível na área sob manejo.

II. Substituição progressiva das matrizes a uma taxa de 0,2 a 1% ao ano.

III. Plano de corte do estoque viável em um ciclo mínimo de 5 anos contemplando corte de, no máximo, 20% da área/ano ou 50há, o que for maior.

IV. Plano de enriquecimento da população, caso a estimativa total dos indivíduos com altura menor que 1,3 m., não atinja a 5.000 plântulas/há.

Art. 5º. Não será autorizado o corte de palmeiras com DAP < 9 cm, exceto em projetos que apresentarem diâmetro mínimo de corte próprio, gerado através do cálculo do Incremento Médio Anual – IMA e Incremento Corrente Anual – ICA.

Art. 6º. No caso de imóveis com área a 50 hectares para a exploração do palmito em áreas cobertas por vegetação nativa de porte arbóreo, as estimativas poderão ser feitas pelo próprio interessado, sob orientação, controle e fiscalização do órgão licenciado.

Art. 7º. A exploração de palmito cultivado em áreas desprovidas de vegetação nativa de porte arbóreo não depende do Plano de Manejo Sustentado previsto nos artigos anteriores, devendo, no entanto, ser comunicado ao DEPRN, por escrito, o local, a quantidade e a época de plantio.

Art. 8º. Em todas as situações de exploração de palmito, o interessado deve apresentar relatório anual ao DEPRN informando, no mínimo, a quantidade de palmito explorado e a previsão de estoque para corte no próximo ano.

Art. 9º. Todo transporte e armazenamento de palmito depende de licença concedida pelo DEPRN.

Art. 10. O cumprimento desta resolução será fiscalizado pelo DEPRN e pela Polícia Florestal e de

Mananciais.

Art. 11. O Não Cumprimento das disposições estabelecidas nesta resolução sujeita o infrator às penalidades previstas em lei.

Art. 12. Esta resolução entrará em vigor a partir da data de sua publicação, revogadas a Portaria DEPRN nº 9 de 29 de novembro de 1989, Resolução SMA nº l2 de 13 de abril de 1992 e demais disposições em contrário.

Anexo 2

Questionário que foi submetido aos restaurantes.

 Autorizo a publicação dos dados aqui relatados.

( ) SIM ( ) NÃO

01 – Neste estabelecimento a quantidade consumida de palmito é:

( ) pequena

( ) moderada

( ) grande

Outros: _____________________

02 – De que forma este produto é adquirido?

( ) marcado

( ) fornecedor

Outros: _____________________

03 – Você conhece quantos tipos de palmito? E quais são eles?


04 – Dos palmitos que você conhece, qual a sua preferência para compra e por quê?

( ) preço

( ) pedido de cliente

( ) qualidade

Outros: _____________________

05 – No seu estabelecimento o cliente determina que tipo de palmito ele quer consumir?

( ) SIM

( ) NÃO

06 – Você sabia que existe palmito protegido por lei?

07 – Você já viu algum (uns) comentário (s), propaganda e outros enunciados sobre o palmito na mídia.

Anexo3

Questionário destinado ao consumidor:

 Autorizo a publicação dos dados aqui relatados.

( ) SIM ( ) NÃO

01 – Faixa etária

( ) de 21 a 25 anos

( ) de 25 a 35 anos

( ) de 36 a 50 anos

( ) mais de 50 anos

02 – Sexo

( ) masculino

( ) feminino

03 – Grau de escolaridade

( ) 1º grau incompleto

( ) 1º grau completo

( ) 2º grau incompleto

( ) 2º grau completo

( ) superior incompleto

( ) superior completo

( ) outros

04 – Estado que nasceu?

05 – Naturalidade?

06 – Renda

( ) de 500,00 – 1.000,00 reais/mês

( ) 1.001,00 – 2.000,00 reais /mês

( ) 2.001,00 – 3.000,00 reais/mês

( ) acima de 3.001,00 reais/mês

07 – Indique sua freqüência de consumo de palmito:

( ) consumo muito (mais de 4 vezes ao mês)

( ) consumo moderadamente (até 4 vezes ao mês)

( ) consumo ocasionalmente (1 vez ao mês)

08 – Qual é a região que você mora?

09 – Comente sobre o modo como é consumido este produto.

10 – Qual seu critério para a compra do palmito?

11 – Você conhece quantos tipos de palmito? Quais são eles?

12 – Você sabia que existe palmito protegido por lei?

( ) SIM ( ) NÃO

13- Você já viu algum (uns) comentário (s), propaganda e outros enunciados sobre o palmito na mídia?

5 Referencias Bibliográficas

CARVALHO, P.E.R. Silvicultura de espécies nativas do Brasil. Curitiba: EMBRAPA, 1993. p. 106.

COSTA, A.C.A.; SOUSA, C. B. DE.; BASTOS, L.M.P.; FERREIRA, R.M.; DIAS, S.F. Projeto: palmito de açaí LTDA. Belém, n.02, 1973. p. 25 a 27.

JOLY, A. B., “Botânica: Introdução á taxonomia vegetal”. 13. ed. São Paulo: companhia editora nacional, 2002. p.705 a 710.

MONTARA, M.O.; VALERIANO, D.M. Modelagem da distribuição potencial do palmito (euterpe edulis, martius) a partir de topografias. Anais x SBSR, foz do Iguaçu, 21-26 Abril 2001, INPE, p. 459-471, sessão técnica oral.

PEREIRA, L.B. A econômica do palmiteiro (Euterpe edulis) sob manejo em regime de rendimento sustentado. Sellowia, 2000, n.39-59 p. 49.

REIS, M.S.; GUERRA, M.P. (Euterpe edulis, Martius Palmito).Projeto “Inventário dos Recursos florestais da Mata Atlântica”. Florianópolis: 1999. disponível: http://www.unicamp.br/nipe/rbma/palmito.htm acesso em: 04/08/2008.

REIS, M.S. et al. 2000. Manejo sustentável do palmiteiro. In: Euterpe edulis Martius – (Palmiteiro): biologia, conservação e manejo. ed. M.S., Itajaí: HBR, 2000.

RIZZINI, C. T.; MORS, W. B.; “ Botânica Econômica Brasileira”. 2. ed. São Paulo: editora âmbito,2002, p. 217.

RODRIGUES, A.S.; DURIGAN, M.E.; O Agronegócio do Palmito no Brasil – Londrina: 2007, p. 78 a 83.

SOUZA, V. C.; LORENZI, H.” Botânica Sistemática ” guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. São Paulo: Instituto Plantarum, 2005 p.146 a 154.

TUZINO, L.J. Jorge Tuzino e o Palmito no Vale do Ribeira. V.U. São Paulo: RR Donnelley Moorre, 2005. p. 51 a 68.

Site: Normas para exploração da palmeira Juçara (Euterpe edulis) no Estado de São Paulo. http://silis.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/legislacao/estadual/resolucoes/1994_Res_SMA_16.p

EcoDebate, 14/03/2012

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