O meteorologista e seu papel na sociedade, artigo de Mauro Banderali
No dia do meteorologista (3 de março), saiba da importância deste profissional para o futuro do planeta e como a tecnologia disponível pode auxiliá-lo
[EcoDebate] Nos últimos anos, as mudanças climáticas têm provocado alterações cada vez mais visíveis no planeta. Algumas de suas consequências já estão sendo vivenciadas por grande parte da população, como verões mais quentes e invernos mais frios, maior número de enchentes, secas e incêndios, derretimento das geleiras e calotas polares, elevação do nível do mar, aquecimento da temperatura e acidificação dos oceanos, risco de extinção de várias espécies de animais e plantas, maior intensidade e frequência de tempestades, furacões e descargas elétricas, entre outros acontecimentos que ameaçam a vida no planeta.
Em razão das alterações no clima, a busca por informações de profissionais que pesquisem os fenômenos climáticos tem crescido consideravelmente. Tenho percebido um maior interesse da população em entender os fenômenos climáticos. Entre estes importantes profissionais que fazem a ligação entre as mudanças do clima e a sociedade está o meteorologista.
Atualmente, o papel do meteorologista vai além da execução de previsões meteorológicas. Além de recolher e analisar dados, o meteorologista pode alertar sobre futuras catástrofes naturais e assim, salvar diversas vidas. Executa também um papel importante na pesquisa de recursos naturais e da atmosfera, na direção e orientação de projetos científicos, na direção de órgãos e serviços públicos e privados e na análise da intensidade e frequência dos fenômenos naturais e suas causas. Setores como agricultura, turismo, lazer e até mesmo o esporte também começam a se interessar por esse profissional.
Infelizmente o Brasil não consegue suprir a demanda de meteorologistas, por diversos motivos. São poucas as universidades que oferecem o curso no país, as que oferecem formam poucos alunos e os salários pagos nos órgãos públicos não são atrativos. Outro problema é a falta de equipamentos de medição e de dados para análises, resultado direto da falta de investimento em tecnologias e formação de profissionais para atuar na área.
Apesar dos problemas enfrentados em nosso país, a tecnologia pode ser considerada uma grande aliada dos meteorologistas. Aparelhos climatológicos como pluviômetros automáticos, utilizados para medição de chuva, estações meteorológicas automáticas, utilizadas para monitoramento instantâneo do ar, do solo e da água e detectores de raios podem auxiliar este profissional a captar os dados necessários para concluir pesquisas, monitorar o clima local e realizar previsões do tempo (previsões de um a dez dias) e previsões climáticas (previsões para os próximos meses). Estes aparelhos e suas mais diversas aplicações já estão disponíveis no Brasil. Investir em tecnologia e pesquisar as mudanças climáticas será cada vez mais necessário.
*Mauro Banderali é especialista em instrumentação meteorológica da Ag Solve, empresa sediada em Indaiatuba (SP)
Colaboração de Larissa Stracci, para o EcoDebate, 05/03/2012
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