Ibama embarga carvoarias que agiam ilegalmente em Mato Grosso
O Ibama fiscalizou hoje em Cláudia, norte do Mato Grosso, carvoarias suspeitas de fraudar o sistema DOF (Documento de Origem Florestal). As empresas eram suspeitas de movimentar volumes de carvão muito superiores à sua capacidade de produção e foram multadas em mais de R$ 1,4 milhão. Além disso, as carvoarias foram embargadas e bloqueadas no sistema DOF. De acordo com a capacidade instalada, as carvoarias poderiam produzir cerca de 4 mil metros de carvão (mdc) por mês embora estivessem declarando 8 mil.
Por 11 dias, o Ibama fez uma barreira estratégica na rodovia MT 243, entre Cláudia e Sinop, principal rota por onde passa o carvão produzido na região. A intenção era checar a documentação do produto que por ali passava e observar se o volume das cargas refletia o que as guias florestais (GF) emitidas pelas empresas declaravam. Pela barreira, passaram poucos caminhões carregando carvão. Desses, dois foram apreendidos por estarem completamente irregulares. O baixo volume de carvão trafegado na rodovia aumentou ainda mais as suspeitas do Ibama.
Ao chegarem às empresas, os agentes confirmaram o que já era uma certeza. As carvoarias, todas legalizadas, geravam saldos virtuais de carvão, fraudando GF e notas fiscais na tentativa de legalizar cargas produzidas sem autorização. Com a documentação, o carvão ilegal saia de qualquer lugar.
O Mato Grosso é um dos estados investigados durante a operação Corcel Negro II, que desmontou a cadeia de extração e comercialização de cavão ilegal na Bahia e Minas Gerais. Os créditos florestais fictícios originados em diversos estados eram usados para comercializar cavão extraído da Caatinga e Cerado no oeste da Bahia e norte de Minas Gerais, destinados a siderúrgicas mineiras.
Em outra frente, na mesma região, o Ibama descobriu uma carvoaria clandestina que vendia o produto sem comprovação de origem. Lá, foram apreendidos um caminhão e 750 sacas de carvão e os fornos, destruídos. O veículo foi recolhido ao pátio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) de Sinop, onde estão armazenados todos os bens apreendidos pelas operações coordenadas pela Gerência Executiva do Ibama. A ação de fiscalização contou com o apoio da Polícia Militar Ambiental.
Badaró Ferrari
Ascom/Ibama
fotos: Divulgação Ibama
EcoDebate, 28/07/2011
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Caros Colegas,
Na segunda-feira passada compartilhamos sobre um crime ambiental sendo cometido em Minas Gerais. E hoje também iremos compartilhar este artigo na nossa edição noturna de hoje. Não é de hoje que estamos preocupamos com as empresas de mineração, metalurgia, carvoaria, etc… em Minas Gerais. Em 14 de Julho de 2008 (há 3 anos atrás) iniciamos uma pequena Série sobre Crimes Ambientais praticadas no sertão de Minas Gerais: Veredas, pelas mesmas razões atuais. Abraços,
Adilson