Ibama flagra desmate de 1,2 mil ha em Altamira e pode voltar a apreender gado no Pará
O Ibama interrompeu há uma semana (21/06) um grande desmatamento dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará. No local, distante apenas dois km do Parque Nacional da Serra do Pardo, os fiscais encontraram mais de 1,2 mil hectares de florestas já destruídos. Dois envolvidos no desmate foram multados cada um em R$12,3 milhões e conduzidos à Polícia Federal, onde responderão criminalmente pelos danos ao meio ambiente.
Os agentes chegaram à área de helicóptero, depois de identificar o desmatamento por meio de imagens de satélite. “Essa região é importante para a proteger reservas de grande valor ambiental para o país, como a Estação Ecológica da Terra do Meio. Apesar disso, as árvores estavam sendo derrubadas sem autorização ambiental, em rítmo acelerado, com o emprego de cerca de 30 motosserristas”, disse o coordenador da ação do Ibama, o analista ambiental Alessandro Queiroz.
Um dos dez municípios que mais desmatam no Pará, Altamira teve cerca de 900 cabeças de gado apreendidas durante a operação Disparada, deflagrada no final de março deste ano para combater a pecuária em áreas embargadas na Amazônia Legal. Após a primeira investida da operção, quando 1,4 mil animais foram apreendidos só no Pará, o órgão ambiental interrompeu as apreensões e firmou um pacto pelo desmatamento zero. Além de Altamira, municípios da região de Redenção e São Félix do Xingu, também alvos da operação Disparada, firmaram o compromisso com o Ibama.
“Com o surgimento de novos desmates, essas regiões voltam a ser prioritárias para novas apreensões de gado”, avisa o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Maués. No mês de maio de 2011, o Inpe detectou o desmate de 65,5 Km2 de florestas no Pará, o terceiro maior entre os estados da Amazônia, atrás de Mato Grosso (93,7) e Rondônia (67,9). Ainda assim, haverá aumento da fiscalização no Pará, com a chegada de mais fiscais vindos de vários estados do país.
Novos desmates
Os fiscais também flagraram um desmatamento com 101 hectares em Floresta do Araguaia, a 130 km de Redenção, no sudeste do estado. Dois tratores de esteira D60, uma caminhonete F 1000 e uma motosserra foram apreendidos na propriedade. O dono da área está sendo procurado e será multado em cerca de R$ 500 mil. Próximo dali, o Ibama ainda apreendeu outro trator de esteira desmatando cerca de dois hectares de vegetação de transição entre cerrado e floresta amazônica. O proprietário, além de perder a máquina, acabou autuado em R$7,8 mil.
Nelson Feitosa
Ascom/Ibama/PA
foto: Alessandro Queiroz – Ibama
EcoDebate, 01/07/2011
[ O conteúdo do EcoDebate é “Copyleft”, podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta clicar no LINK e preencher o formulário de inscrição. O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.
Ainda estou aguardando o IBAMA e a SEMA efetuar a coleta de amostras do solo que ficou contaminado com a utilizaçao do agrotòxico NUFARM 2,4-D adulterado com talvez o Roundup, ou Paraquat, ou Gramoxone. Esta mixtura foi utilizada para desmate na regiao da Terra do Meio, Municìpios de Altamira e de Sao Félix do Xingu sem ter que cortar as àrvores nas fazendas de José Araujo e Luis Pires. Ainda hà restos dos agrotòxicos e baldes vazios abandonados e, apesar da denùncia e do alerta de contaminaçao desde 2007, ainda ninguém foi retirà-los. E ninguém ainda encaminhou amostras de contaminantes e de solos contaminados para anàlise laboratorial com a finalidade de detectar a presença de DIOXINAS na regiao e nos produtos contaminados. No laboratòrio Mario Negri de Milao encontraram restos de 2,4-D no meu sangue atual, apòs ter sido internado por intoxicaçao em 2008 e submetido a tratamento para recuperar a saude. Serà que o IBAMA e a SEMA nao poderiam recolher amostras a serem encaminhadas para este laboratòrio na Itàlia especializado em detectar DIOXINAS? Padre Angelo Pansa- Delegado ICEF (International Court of the Environment Foundation).