Governo fez reunião para ‘afinar’ o discurso sobre o código florestal
Governo busca consenso interno sobre código florestal – O governo fez reunião ontem (14) para afinar o discurso para mais um debate no Congresso Nacional sobre o código florestal. Coordenada pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, a base aliada traçou estratégias para aprovar o novo código.
Na avaliação do ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, os pontos que podem gerar atrito são “poucos e pequenos”. Para o ministro, a reunião serviu para que o governo se aproximasse de um consenso. “Progredimos e estamos praticamente construindo uma proposta consensual no governo. Os pontos de atrito diminuíram de forma acentuada. Tanto o setor ambiental quanto o dos produtores rurais e da agricultura familiar concordam que vamos chegar a um bom caminho”, disse o ministro ao deixar o encontro.
Luiz Sérgio evitou falar sobre quais as discordâncias dentro da base aliada. “Eu gostaria de não entrar nos pontos porque seria deselegante da minha parte, sem tratar com o próprio relator, com a comissão que está debatendo a matéria”.
O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (PT-PA) também não citou as dissonâncias ainda existentes. “Se o ministro das Relações Institucionais não falou, você imagina se vou dizer. Eu não sou o porta-voz.”, disse o líder que saiu da reunião com a incumbência de reunir a base para tratar do assunto. “O governo fechou uma posição hoje e essa posição será levada aos líderes da Câmara”, disse o deputado.
“Entendemos que estamos vivendo um outro momento nesse debate. O debate estava muito acirrado anteriormente e achávamos que tínhamos que dar um salto. O salto foi aquele de condicionar a nossa posição na votação à posição do governo”, disse Paulo Teixeira.
Para convencer a própria bancada do PT na Câmara dos pontos que o governo que ver aprovados, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já foi presidente da Casa e tem bom trânsito com os demais parlamentares foi escolhido para mediar as conversas.
Reportagem de Yara Aquino e Luciana Lima, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 15/04/2011
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Eu desconfio que no final, o bom caminho culminará com o perdão das multas aplicadas ao longo do tempo pelas Corporações fiscalizadoras. Destarte, segundo o próprio IBAMA apenas 1% delas são pagas. Reflitam sobre os enormes desmatamentos que já foram feitos, onde os responsáveis comercializaram o produto florestal. Desta feita, óbvio, desmatar, assim como insistir na alteração do código florestal será sempre um ótimo investimento.