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O latir dos cães, artigo de Bira Costa

[Ecodebate] Na cidade onde o ‘Culto aos Cavalos’ está sendo proposto, através da construção de um Complexo “Poliesportivo”, creio que agir em defesa dos pequenos animais, como os cães, aliás, os milhares espalhados pelas ruas do município de Tapes, não seja mero oportunismo, muito pelo contrário, mas a exigência de uma igualdade de tratamento, ao verdadeiro ‘Amigo do Homem’.

Na última semana, assistimos a crueldade para com estes pequenos seres, quando sete cães foram encontrados mortos em uma residência, em Porto Alegre, no bairro Passo D´Areia, zona Norte da capital, por envenenamento, sendo que um deles, uma cadela de nome Pinta, teria deixado sete filhotes de 14 dias, agora órfãos.

Casos como este, sobre estes animais irracionais, mas queridos por nós, reflete na verdade a ‘irracionalidade’ do homem, e, até acrescentaria a covardia do autor deste crime, agora sob investigação da Polícia, sobre os cães mortos envenenados. É certo que na Capital, temos o trabalho de um canil, sobretudo de uma política pública que dê destino e zele sobre casos bizarros como esse.

Mas, não tão longe há 100 km de Porto Alegre, em Tapes/RS, o gesto de pessoas da comunidade do bairro Arroio Teixeira, poderá servir de exemplo a muitos que se sensibilizam com a causa dos inúmeros cães, à mercê da própria sorte, nas ruas da cidade.

O cão Preto é um animal, sem raça definida, com predomínio da raça labrador. Até bem pouco tempo ficava nas portas do Posto de Saúde daquele bairro. É claro que ao mesmo tempo em que sua presença, além de outros, representava um problema de insalubridade, clamava da atenção dos setores responsáveis, diga-se de passagem, a Vigilância Sanitária do município.

Preto contraiu um câncer junto aos órgãos genitais. Curá-lo, virou questão de honra. Como o Poder Público se absteve de solucionar o drama do animal, sugerindo inclusive, seu extermínio, foi dado início há uma campanha de porta em porta, entre amigos, para custear seu tratamento numa clínica da cidade.

Seria fácil com o universo de cães espalhados em Tapes, “exterminar” o problema da super-população canina no Município, via uma injeção letal. Por outro lado seria fácil, constituir políticas públicas que retirassem esse número excessivo, sem registros oficiais, de cães nas ruas de Tapes. Seria mais fácil ainda construir um Canil, assim como querem com um Complexo de caráter idolátrico ao Cavalo, para após tratamento dos pequenos animais, pô-los à adoção.

O Amigo do Homem em Tapes, está sendo maltratado por quem deveria atendê-lo dentro de um conjunto de ações sérias e de bem-estar à saúde pública como um todo. Caso contrário, nós, Humanos é que estaremos agindo irracionalmente, mordendo o próprio rabo.

* Bira Costa é Radialista e Estudante de Jornalismo/Unisinos

** Colaboração do Movimento Ambientalista Os Verdes de Tapes/RS para o EcoDebate, 29/03/2011

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Alexa

One thought on “O latir dos cães, artigo de Bira Costa

  • Monsueto Araujo de Castro

    Cachorrada e lixo em Mogi das Cruzes

    Gosto muito de animais, principalmente de cachorro. No bairro do Mogi Moderno – Mogi das Cruzes -, porém, a população canina está extrapolando, há muito tempo, os limites do aceitável. Há cachorro solto na rua fazendo as necessidades fisiológicas nas calçadas. Cachorro late durante o dia; e uiva, gane e late durante a noite. É um verdadeiro inferno; haja poluição sonora. Coitado de quem precisa estudar, descansar ou dormir em paz. Existe ainda a cachorrada faminta, que rasga sacolas e sacos de lixo, até mesmo aqueles que estão no alto, colocados em suportes. A sujeira espalha-se pelas ruas, pois o caminhão do lixo não tem horário definido para a coleta.

    Vou aproveitar para fazer dois pedidos ao Senhor Prefeito, o primeiro é para instituir campanha para castração dos cães, em postos ou clínicas veterinárias municipais e o segundo pedido é que seja estabelecido horário e cumprimento por parte da empresa responsável pela coleta do lixo doméstico na cidade, diminuindo, assim, o acesso dos cães ao lixo.

    Monsueto Araujo de Castro – RG 4.672.512-X
    monsuetodecastro@uol.com.br
    Rua João de Miranda Melo, 544 – Mogi das Cruzes – SP – CEP 08717-420
    Tel (11)47962551

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