Nota de repúdio do Movimento Xingu Vivo para Sempre: Covardia, irresponsabilidade e sanha ditatorial
O presidente do TRF1, Olindo Menezes, derrubou nesta quinta (3) a liminar da Justiça Federal que suspendeu o licenciamento das obras de Belo Monte. Correu para atender ordens da Advocacia Geral da União, que não demonstra menor pudor ou escrúpulos ao tratorar o Estado de Direito e violar as leis ao sabor dos interesses de seus “coronéis” palacianos.
Mais uma vez, o TRF1 utilizou a Suspensão de Segurança, instrumento criado nos porões da ditadura militar, para derrubar uma decisão judicial a toque de caixa, sem aplicar os preceitos da legislação competente.
Baseado em que o Sr. Olindo Meneses afirma que “não há necessidade dos empreendedores da usina cumprirem todas as condicionantes listadas na licença prévia”? Nós, povos da região, reivindicamos uma justificativa legal que permita uma licença de instalação parcial, como a concedida pelo Ibama às obras de Belo Monte, sem o cumprimento das condicionantes.
Como pode esse governo se autodenominar democrata e popular refugiando-se em subterfúgios cunhados na ditadura? O que acha que acontecerá na região paraense do Xingu, uma das mais conflituosas do país, quanto for invadida por milhares de iludidos em busca de emprego? Os que circulam, empertigados, no gabinete presidencial, nos corredores lustrosos do palácio do Planalto e dos tribunais federais, se responsabilizarão pelos estupros, assassinatos e desmatamentos, pelos doentes, desempregados, famintos, drogados e alcoolizados vitimados por Belo Monte? Têm essas senhoras e esses senhores a menor idéia de como é a região que querem violar com seu monstrengo hidrelétrico?
Refastelados em seus ares condicionados em Brasília, essas pessoas covardemente brutalizam sem escrúpulos aqueles a quem fizeram promessas pomposas de “diálogo”. Vergonha sobre a Presidência da República! Vergonha sobre o Tribunal Regional Federal da 1a Região!
* Nota de repúdio do Movimento Xingu Vivo para Sempre
EcoDebate, 04/03/2011
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Sinceramente? Está na hora de vocês pararem de chorar feito mulherzinhas e partirem para a ação. Ou vocês realmente acham que os “senhores do planalto” se importam, ou ao menos se dignarão a ler esse textículo de vocês?
Vê o que aconteceu no Egito! Olha o que acontece na Líbia!
Ditaduras só cedem o poder com balas sobre as medalhas.
Deixem de frescura!
Os “refastelados” em ar-condicionados de Brasilia não sabem ler os escritos que “refastelados de” São Paulo escrevem sobre o que irá acontecer na Amazônia.
E sim, irá acontecer! Alguém aí duvida?
Aguardando moderação?? Isso é um instrumento da ditadura, não é??
Prezado Astolfo Soares,
A moderação se faz necessária tendo em vista o relevante número diário de spams enviados através do espaço de comentários. Além do mais, os comentários devem observar os critérios e regras para participação [ in http://www.ecodebate.com.br/regras/ ].
A moderação é um instrumento editorial legítimo, amplamente utilizado e em nada se relaciona com censura.
Atenciosamente
Henrique Cortez
coordenador editorial do Portal EcoDebate
Caro Astolfo
Quem disse que a maioria da população brasileira está contra a construção de usinas hidrelétricas. O que o senhor está propondo são atitudes anti-democráticas que num país com liberdade de expressão e imprensa como o Brasil.
Tenho mais medo de pessoas como o senhor que não quer respeitar a democracia do país do que burocratas do estado. Países como Líbia, Egito e outros não tinham participação da oposição no seu governo. Nas últimas eleições tivemos uma candidata do Partido Verde, se ela perdeu as eleições foi porque o povo não votou, pronto é simples.
No lugar de pregar atos insanos simplesmente milite politicamente.
Caro Henrique Cortez
Pelo visto os critérios de moderação deste Blog são extremamente parciais, alguém que fala contra teorias pseudo-científicas e diz que algumas pessoas estão erradas é censurado. Agora quem fala de sedição, de posturas anti-democráticas, de violência contra autoridades legalmente constituídas, em resumo quem conclama a população ao crime, passa. Quer dizer para quem é a favor vale tudo, inclusive o crime, e para quem é contra vale a censura.
Democrático este Blog!
Sr. Rogério Maestri,
Em primeiro lugar, as regras são claras [http://www.ecodebate.com.br/regras/ ] e a moderação segue o que definimos como exigências. Em segundo, o EcoDebate não é um blog, é um Portal.
De seus inúmeros comentários, persistentemente negativos em relação a este Portal e seus autores, até hoje, apenas não publicamos um deles, em razão do desrespeito ao direito de opinião do autor. Em razão disto, mais uma vez, seu “comentário” é equivocado e injusto.
Henrique Cortez
coordenador editorial do EcoDebate
Quer dizer, ser contra as opiniões deste portal (impropriamente por mim denominado de Blog, que por isto peço desculpas), não pode. Agora conclamação ao crime de desobediência civil e de sedição armada contra órgãos democraticamente eleitos, pode.
O conceito de democracia de vocês é completamente elástico.
Caro Senhor Henrique Cortez.
Vou colocar alguns pontos que talvez esclareçam a minha insistente participação no Portal EcoDebate. Primeiro leio sistematicamente este portal devido a boa qualidade das informações que ele transmite, estou de acordo com a grande parte dessas informações, mas quando acho que não faria sentido enviar algum comentário simplesmente para adular os responsáveis por este portal, simplesmente me calo.
Se há uma preocupação da parte de vocês sobre a minha participação como alguém que trabalharia sistematicamente contra o equilíbrio do meio ambiente posso esclarecer que não é a minha intensão.
Acho inclusive que este portal de forma diferente dos demais portais que trabalham a favor do meio ambiente, vocês são dos poucos que permitem o contraditório, ficam aborrecidos, praticam algumas vezes uma censura política fora da política de moderação que está escrita no portal, mas na maior parte das vezes aceitam democraticamente o contraditório.
Me causa espécie duas coisas, primeiro o desconforto claramente demonstrado quando recebem uma crítica maior a algum artigo, coisa que não deveria existir a medida que o Portal é denominado EcoDebate, para esclarecer o meu ponto de vista copiei da própria internet um definição de debate, que tomei a liberdade de colocar a seguir:
“Debate é uma discussão amigável entre duas ou mais pessoas que queiram apenas colocar suas idéias em questão ou discordar das demais, sempre tentando prevalecer a sua própria opinião ou sendo convencido pelas opiniões opostas.”
Como fica claro na definição se algo tem no seu nome Debate ele deve aceitar a discordância de idéias e a tentativa de mudar as opiniões através da discussão amigável.
A segunda discordância, esta sim mais substantiva que levarei adiante a minha posição, é que enquanto sou admoestado por manifestar democraticamente e de forma amigável opiniões diversas do portal, pessoas como o senhor “Astolfo Soares” conclamam a população ao crime e o moderador não se manifesta. Discordar cientificamente de algo que é posto também de forma científica, me parece bem menos grave do que conclamar a minoria da população a sedição contra os poderes constituídos quando as decisões judiciais não os são favoráveis.
Acho que o moderador deste portal está sendo bem mais do que imparcial está julgando dois atos de civilidade com critérios diferentes, para quem é contra nem o discurso amigável é possível, para quem é a favor a conclamação ao crime é possível.
Sr. Rogério Maestri,
Neste Portal, o contraditório e a crítica são bem vindos e invariavelmente publicados. O Sr. já se manifestou em mais de 50 cometários e, até agora, apenas um não foi publicado exatamente porque desrespeitou as regras expressas para comentários.
O Sr. tem todo o direito de se expressar, de manifestar sua opinião e suas críticas, mas, em geral, insiste em desqualificar os textos e os autores. No seu blog, ao contrário do que aqui pratica, o Sr. diz… “Por favor, sejam gentis nos questionamentos. Não digo que sejam subservientes, nem que concordem com o que escrevo, simplesmente sejam gentis” …
Resumindo, se permitimos que o Sr. se expresse e opine; se os seus comentários são publicados normalmente, então qual é o problema? Onde estão os dois pesos e as duas medidas? Ou, na sua definição,em que momento fomos eco-fascistas?
O Sr., mais uma vez, foi incorreto na análise e injusto na avaliação de nosso compromisso editorial.
Henrique Cortez
coordenador editorial do Portal EcoDebate